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3R Petroleum (RRRP3) tem expectativas positivas para o 3T22 e, apesar de percalços, se mantém como principal aposta no setor do petróleo, segundo analistas

Divulgação dos dados de produção revelaram incremento mensal 1,3 % abaixo do esperado pelos analistas, mas volume de produção da empresa deve crescer 30% no próximo trimestre

Por Mara Mendes

21 out 2022, 16:50 - atualizado em 20 dez 2022, 17:28

Funcionárias da petroleira 3R Petroleum
Imagem: 3R Petroleum/Divulgação

Vivendo os dias de glória, mas também os de luta, a companhia petroleira 3R Petroleum (RRRP3) que vinha mantendo bons resultados, enfrentou algumas dificuldades no último mês. 

O resultado foi um um incremento mensal de produção 1,3% abaixo do esperado pelos analistas da série Palavra do Estrategista, baseados nos dados referentes ao mês de setembro divulgados na última semana. 

Mas, calma. Não foi por displicência da companhia. Em conversa com a empresa, o fundador e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, entendeu que os causadores disso foram externos à ela. A visão do analista sobre o futuro promissor de RRRP3 segue a mesma. 

Afinal, o que rolou com a petroleira? 

A quebra de expectativa se deu devido a uma diminuição na produção de dois pólos de petróleo explorados pela 3R. 

No caso do Polo Recôncavo, foram os projetos de infraestrutura para expandir os sistemas de processamento, estocagem e escoamento do polo, que ocasionaram a baixa neste mês de setembro. 

O outro pólo, Peroá, também reduziu em 11,5% o volume de óleo e gás produzido em agosto para se adaptar à menor demanda da Petrobras, sua principal compradora. Apesar disso, a 3R aumentou sua participação no pólo para 85%, aumentando o volume de produção referente à sua fatia na concessão.

Próximo trimestre guarda boas expectativas

Os analistas Felipe Miranda e Matheus Spiess também aproveitaram a conversa com a 3Rpara se inteirar sobre o que esperar das ações da companhia. 

Em conclusão, os analistas seguem confiantes de que a 3R será capaz de manter um bom ritmo de crescimento na extração de óleo e gás (O&G) dos seus campos. Apesar dos dados um pouco abaixo do esperado, a perspectiva de médio-longo prazo não mudou. 

As estimativas apontam ainda para um crescimento de cerca de 30% em volume no 3T22, em comparação ao segundo trimestre. A queda de 20% no preço do petróleo proporcionará, espera-se, um impacto no faturamento em menor medida. 

No que diz respeito às margens da 3R, a entrada dos dois novos ativos no trimestre (Polos Peroá e Belém) deverá aumentar o custo de extração consolidado da empresa. Belém, por exemplo, exige mais investimentos para extração, pela maior densidade do óleo presente em seus campos, além da maior necessidade de reinjeção de gás. 

Neste caso, o resultado não será dos melhores. Considerando que os demais ativos mantenham uma estabilidade em seu custo de extração, a incorporação de Peroá e Belém deverá piorar a margem bruta agregada do trimestre.

Os executivos da petroleira mantêm a confiança em conseguir os recursos necessários para a compra do Polo Potiguar. Para os analistas, a transação provavalmente acontecerá. 

Negociando com desconto relevante frente aos pares, a 3R permanece com um crescimento potencial relevante e compondo a carteira Oportunidades de Uma Vida

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Sobre o autor

Mara Mendes

Jornalista em formação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Já passou pelo Jornal da USP, Rádio USP FM, Jornalismo Júnior, LabCidade FAUUSP, Veja São Paulo e escreve, atualmente, para o Money Times e Seu Dinheiro.