Investir em criptomoedas deixou de ser uma aposta para se tornar mais uma opção de diversificação para o portfólio de muitos clientes do mercado financeiro.
Assim, é comum surgirem dúvidas sobre a melhor forma de investir nessa modalidade, uma vez que se difere do mercado tradicional. Como outros investimentos, o setor cripto também exige conhecimento avançado e alta tolerância ao risco.
Passo a passo para investir em cripto
O investimento em criptomoedas tem atraído cada vez mais entusiastas à medida que a tecnologia por trás dos ativos descentralizados conquista empresas e órgãos de governo mundo afora. Com o Bitcoin e o Ethereum despontando como carros-chefe desse segmento, outras milhares de criptos foram criadas ao longo dos últimos anos.
O mercado cripto é volátil, recente e desregulamentado, portanto é de suma importância entender como funcionam as criptomoedas e qual a melhor forma de negociá-las. Confira o passo a passo para fazer boas escolhas e se proteger de golpes e outros percalços na hora de investir em criptomoedas.
1. Estudando as criptomoedas
O “boom” do Bitcoin – ocorrido em 2013 e 2017 – fez com que muitos investidores passassem a enxergar a compra dessa cripto como uma opção de investimento. Mas por se tratar de um ativo descentralizado e que existe apenas em formato digital, há particularidades que não podem ser ignoradas.
Se você não sabe como investir em criptomoedas, o primeiro passo é estudar a origem desses projetos e a forma como se desenvolveram ao longo dos anos. Atualmente, existem mais de 20 mil criptos em circulação no mercado,com projetos, históricos e funções diferentes. Em comum, elas apresentam alta volatilidade e um futuro incerto.
Diante desse cenário, a dica principal para quem está começando é focar em projetos já consolidados – como o Bitcoin e o Ethereum –, que já têm certa regularidade e respaldo de especialistas. Além disso, é essencial avaliar os seguintes pontos:
- Entenda como funciona a valorização de cada criptoativo;
- Avalie o histórico de preços e a variação no curto e longo prazo;
- Descubra a curva de crescimento do projeto;
- Estude as diferenças entre cada ativo (criptomoedas, tokens, stablecoins, NFTs etc.);
- Informe-se sobre o criptomercado por meio de especialistas e fóruns do ramo.
2. Escolhendo a corretora
O segundo passo para ingressar no mundo das criptomoedas com segurança e propriedade é escolher um bom intermediário. Assim como no mercado de ações, o de criptos também tem suas corretoras especializadas de negociação – há ainda a opção de negociação direta entre usuários (peer-to-peer).
As exchanges de criptomoedas são plataformas intuitivas e práticas, que facilitam as transações de compra e venda e o armazenamento dos ativos. Essas corretoras fazem a “ponte” para a negociação sem a necessidade de conhecimento avançado em blockchain (como ocorre nas negociações diretas em redes descentralizadas).
Como há muitas corretoras disponíveis, é importante que você avalie a reputação da empresa, o número de negociações diárias, as taxas adicionais e a agilidade da plataforma em si. Em geral, as exchanges cobram tanto a taxa de comissão como adicionais de saque e transferência bancária.
3. Abrindo sua conta
Depois de escolhida a exchange mais confiável para negociar, é chegada a hora de abrir a conta na plataforma. Via de regra, o processo é simples e leva alguns minutos: o primeiro passo que você deve ter em mente é o preenchimento de todos os dados pessoais e financeiros.
Após a etapa inicial, é comum às corretoras a exigência de documentos adicionais de validação e dados sólidos de login e senha. Além disso, a exchange pode exigir o uso de tokens que aumentam a segurança das operações.
Apesar de as corretoras de criptomoedas não serem regulamentadas por um órgão centralizador, as mais confiáveis desse mercado passam por auditorias constantes e fornecem sistemas reforçados de segurança.
- Não quer criar conta em exchanges e nem ficar acompanhando o sobe-e-desce do mercado cripto? Veja aqui 5 opções para investir em criptomoedas de forma descomplicada, sem precisar sair da bolsa brasileira.
4. Escolhendo a criptomoeda
Quem é investidor sabe da importância de diversificar os investimentos, e com as criptomoedas isso não poderia ser diferente. Além do Bitcoin, o mercado oferece mais de 20 mil opções de criptomoedas das mais variadas espécies.
O site CoinMarketCap é a principal fonte de informação sobre a capitalização de cada um desses ativos. Nele, você pode conferir quais são as criptomoedas mais valorizadas do momento, bem como seu histórico completo.
Ainda que a valorização das chamadas altcoins não seja tão estável como a do Bitcoin, é possível encontrar tokens atrelados a tecnologias mais modernas e expandidas que a principal cripto em circulação. Ao diversificar a carteira, você protege o seu patrimônio das constantes oscilações e pode “compensar” a perda de uma moeda com a alta de outra.
Lembre-se de avaliar o projeto, os criadores por trás de cada ativo e o histórico de performance. Em meio a tantas opções, é preciso também se atentar às shitcoins, moedas sem fundamentos claros que costumam ser lançadas como iscas por golpistas e hackers de fóruns virtuais.
5. Enviando dinheiro para sua conta
O primeiro passo para comprar criptomoedas é transferir dinheiro da sua conta de origem para a corretora, uma vez que você pagará em reais. As exchanges oferecem transferência via DOC, TED e Pix. O processo leva poucos minutos e tende a ser concluído de forma instantânea e sem grandes burocracias.
- Acesse o aplicativo da sua exchange e faça login na conta;
- Procure a aba “Deposite BRL” para realizar a transação;
- Escolha a moeda e o tipo de transferência;
- Defina o valor do depósito;
- Utilize as informações de pagamento no seu internet banking.
- Aguarde a confirmação da transação.
Antes de enviar dinheiro para a corretora, é importante avaliar o seu orçamento e o perfil de investidor envolvido na transação. Especialistas em criptomercado recomendam que o investimento nesses ativos limite-se entre 1% e 5% do seu patrimônio total.
6. Comprando a criptomoeda
Se você já tem saldo na conta e está logado na plataforma, basta procurar pela criptomoeda de preferência e realizar a compra.
A forma mais prática de realizar essa transação é pelo método de conversão do montante em conta. Ou seja, o valor que você deposita em reais é trocado por Bitcoin ou outra criptomoeda. Esse método costuma ter taxas extras para além das já praticadas pelas corretoras.
Outra maneira de comprar criptomoedas é personalizar a ordem e o montante de acordo com a sua preferência – como ocorre no home broker de uma corretora de ações, por exemplo. Você escolhe quanto do seu saldo será utilizado e qual será a oferta praticada. Assim, basta avaliar a cotação do momento e realizar o pedido de ordem.
Quando a ordem for totalmente executada, o montante será disponibilizado na sua conta de maneira instantânea. A partir disso, você pode optar por mantê-lo na corretora ou transferi-lo para uma carteira terceirizada.
7. Guardando a criptomoeda
Uma das etapas mais importantes do investimento em criptomoedas é o processo de armazenamento, já que esses ativos existem apenas em formato digital. Da mesma forma que o dinheiro físico deve ser armazenado em uma carteira, o mesmo vale para os ativos digitais.
Porém, diferente das opções tradicionais, as carteiras de criptomoedas (wallets) têm tecnologia de criptografia e devem ser acessadas com um par de chaves públicas e privadas. Além de servirem como fonte de armazenamento, as carteiras cripto oferecem transações entre usuários, consulta de valores e outras funcionalidades.
O controle da carteira cripto é feito pelo próprio usuário, que pode optar por uma hot wallet ou uma cold wallet. Confira as principais diferenças entre elas:
- Hot wallet: as carteiras quentes são conectadas à internet e dependem de uma chave privada para acesso (algo parecido com uma conta corrente tradicional);
- Cold wallet: as carteiras frias funcionam de maneira offline, seja no computador, seja em um dispositivo físico (chamadas de hardware wallet) – consideradas as opções mais seguras contra roubos de dados na internet.
O que fazer após comprar sua primeira criptomoeda?
Depois de seguir todos os passos apresentados anteriormente, é importante que você avalie o tipo de acompanhamento que será feito após a compra das criptomoedas. Afinal, trata-se de um investimento e, por isso, deve ser feito com base em informações sólidas e com segurança.
É preciso ter em mente que o investimento em criptomoeda é considerado de alto risco, por isso você deve priorizar fazer aportes estratégicos sem comprometer todo seu orçamento. Além disso, há uma série de golpes e fraudes envolvendo criptomoedas em curso no mercado.
A ajuda de uma empresa especializada pode ser a melhor opção para quem está começando a explorar o setor. Por fim, lembre-se de acompanhar notícias e análises de mercado para definir suas estratégias futuras de acordo com o seu perfil de investidor.
Investir em criptomoedas é uma opção viável tanto para traders como para quem deseja armazená-los no longo prazo. Mas é preciso cautela e uma boa dose de conhecimento para se aproveitar das melhores oportunidades.