Uma das etapas mais importantes do investimento em cripto é o armazenamento dos ativos em um local seguro. Nesse ponto, as carteiras digitais despontam como a melhor opção para proteger as chaves públicas e privadas das criptomoedas.
A MetaMask é uma das ferramentas mais completas desse mercado, já que funciona não só como carteira, mas também um integrador de diversas aplicações descentralizadas.
O que é MetaMask?
A MetaMask é uma plataforma, normalmente utilizada como carteira, que otimiza o armazenamento de ativos digitais e conecta aplicativos e tokens da rede Ethereum. Ou seja, mais do que uma simples wallet, ela engloba diversas funcionalidades em uma única extensão – todas atreladas a aplicativos descentralizados (dApps).
A carteira é muito utilizada por usuários que têm tokens criados no padrão ERC-20 ou ERC-721 sob custódia. Nesse campo, destacam-se ativos como Polygon (MATIC), Uniswap (UNI), Decentraland (MANA) e também os famosos NFTs (tokens não fungíveis).
Considerada uma extensão que conecta o usuário aos aplicativos, a MetaMask funciona tanto em dispositivos mobile como desktop, possibilitando maior escalabilidade em jogos online e exchanges descentralizadas.
A MetaMask é gratuita e pode ser baixada em qualquer computador, entretanto o usuário precisa ter uma quantia mínima de Ethereum (ETH) para usufruí-la.
Como a MetaMask foi criada?
A MetaMask foi desenvolvida por Aaron Davis e Dan Finlay, em 2016. A ideia por trás do projeto era facilitar o acesso e uso de aplicativos em blockchain por parte dos usuários, uma vez que esse tipo de operação exige conhecimento avançado em programação e código aberto.
Assim, a extensão passou a ficar disponível para Chrome em julho de 2016, e mais tarde chegou a outros navegadores e dispositivos. Desde então, a MetaMask contribuiu para o crescimento na busca por dApps e outras aplicações descentralizadas, permitindo que investidores e usuários usufruam desses serviços de maneira prática e segura.
Como funciona o MetaMask?
Como dito anteriormente, a MetaMask vai muito além da função de armazenar criptomoedas: essa extensão cria uma “ponte” entre os usuários e os aplicativos descentralizados, permitindo a interação entre a tecnologia blockchain e os serviços distribuídos nessas redes de maneira descomplicada.
Isso é possível graças a um canal de comunicação entre a carteira e o dApp integrado à rede Ethereum. Quando o aplicativo reconhece a MetaMask, passa a centralizar todas as funcionalidades em um só lugar, de maneira intuitiva e padronizada, otimizando a relação entre usuário e web3.
A partir do momento que o dApp é habilitado, o usuário passa a ter acesso à compra e venda de ativos, além de recursos exclusivos e concentração de todos os seus tokens em carteiras personalizadas.
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Como utilizar a MetaMask?
Ficou interessado em utilizar os serviços da MetaMask para facilitar o uso de aplicativos descentralizados e tokens Ethereum? A instalação da carteira é bastante simples e pode ser feita em computadores e celulares. Confira o passo a passo para configurar a aplicação:
1. Acesse o site oficial da Metamask
Acesse o site oficial da MetaMask e baixe o aplicativo de acordo com o seu navegador e/ou sistema operacional. A extensão é gratuita e fácil de manusear, além de estar disponível para os seguintes navegadores e sistemas operacionais:
- Chrome;
- Firefox;
- Mozilla;
- Brave;
- Opera;
- iOS;
- Android.
Clique na aba “Install MetaMask for xxxxx” e certifique-se de ser o navegador correto da sua preferência. A partir disso, é possível configurar a aplicação de acordo com o seu montante de criptos ou objetivos.
2. Instale a MetaMask no seu dispositivo
Independentemente do tipo de navegador ou dispositivo que você utilizar, o processo de instalação será parecido. No Chrome, porém, não é necessário fazer o download de nenhum software ou programa. Você só precisa habilitá-lo na aba de “extensões” do navegador.
Ao escolher pela opção, o usuário é redirecionado para a loja online do Chrome, que permite a instalação de diferentes tipos de extensões de forma direta. Então, basta clicar em “Usar no Chrome” e esperar pela ativação.
3. Crie uma carteira personalizada
Depois de instalada em seu dispositivo, é chegada a hora de configurar a carteira para integrar os ativos e as aplicações desejadas. Você pode importar uma wallet já existente de outra exchange – por meio de um backup – ou ainda criar uma do zero.
Para criar uma carteira MetaMask, escolha a opção entre as disponíveis e comece o processo de cadastro. O primeiro passo será escolher suas senhas de acesso: uma para acessar a extensão e outra para acessar a carteira.
A primeira chave deve conter oito caracteres e serve para desbloquear o aplicativo. Já a segunda trata-se de uma chave privada. Por fim, a MetaMask gerará algumas palavras secretas para você utilizar sempre que necessário. Lembrando que essa última etapa é essencial para a proteção da sua carteira, visto que a perda ou roubo desses dados impossibilita o seu acesso aos tokens.
Depois de criar e configurar a carteira, você terá opções de compra, venda, envio e recebimento de ativos, bem como funções de “swap” (conversão de um ativo para outro). Por ser uma carteira da rede Ethereum, você só poderá adicionar tokens desse universo – os de padrão ERC-20 (moedas) e ERC-721 (NFTs).
4. Deposite os fundos em ETH
Antes de negociar de fato pela MetaMask, você precisa adicionar fundos que sejam compatíveis com a aplicação – neste caso, o Ether (cripto nativa da rede Ethereum).
A carteira MetaMask oferece duas opções de conversão da moeda fiduciária em ETH: por meio do processador de pagamentos Wyre ou por meio de transferência usando um endereço blockchain.
Como a primeira opção é incomum, uma vez que muitos investidores compram ativos pelas exchanges, você pode transferi-las diretamente da corretora de origem. Para transferir a sua carteira para a MetaMask, acompanhe os seguintes passos:
- Copie o endereço de recebimento da carteira MetaMask;
- Cole o endereço na caixa de texto de envio de sua exchange;
- Execute a transferência de ETH da sua exchange para a carteira MetaMask.
Onde posso usar o MetaMask?
A carteira da MetaMask concentra inúmeras aplicações compatíveis com a rede Ethereum, desde criptomoedas e tokens até dApps, aplicações DeFis e smart contracts. Há uma série de recursos que oferecem suporte à interação por meio dessa extensão.
Mas apesar de ser majoritariamente utilizada para aplicações e tokens da rede Ethereum, a MetaMask ainda pode ser integrada a outras redes blockchain – como a Binance Smart Chain. Neste caso, basta adicionar uma nova rede à carteira.
A carteira ainda é aceita em marketplaces de NFTs e tokens digitais, como como o OpenSea, além de plataformas de landing, liquidity pools, protocolos descentralizados e vários dApps. Por meio da MetaMask, é possível centralizar os seguintes recursos:
- Armazenar criptomoedas;
- Comprar e vender tokens do metaverso;
- Negociar NFTs diretamente com outros usuários;
- Transferir a custódia de um ativo;
- Converter uma moeda digital em outra;
- Gerenciar chaves referente a sua conta.
Vale a pena usar a MetaMask?
Como é possível observar, a maior vantagem da MetaMask é a sua capacidade de integração, uma vez que ela comporta diferentes mecanismos das redes descentralizadas. A partir disso, o usuário ganha tempo e praticidade na hora de guardar ou investir em criptomoedas e ativos digitais, bem como para explorar todas as funcionalidades do universo cripto.
Além de ser uma das carteiras de criptomoedas mais seguras do mercado, a MetaMask interage com dApps e tem uma interface intuitiva e descomplicada, além de ser oferecida em mais de 18 idiomas.
Ainda assim, é importante ter alguns cuidados antes de utilizá-la: como outros aplicativos cripto, este também exige reforço na segurança de acesso. Por isso, é importante que você crie chaves bem estruturadas e evite o compartilhamento de informações em dispositivos terceiros. A ativação de dois fatores também é um recurso essencial para se proteger de ataques hackers relacionados ao roubo de dados das carteiras digitais.
Além disso, a wallet não é recomendada para fins de reserva de fundos, uma vez que a aplicação é conectada à internet. Especialistas apontam as carteiras offline (chamadas de cold wallets) como opções mais seguras para guardar os ativos, já que o armazenamento é feito sem conexão com a internet.
Em 2021, a MetaMask registrou um aumento de 1.800% na busca pelos usuários, tornando-se a maior carteira de criptomoedas do mundo. O Brasil é o 8º país com maior número de cadastros na plataforma.