Criptomoedas

Ripple (XRP): Vale a pena investir? Como funciona essa plataforma de transações?

O Ripple é um protocolo de transações cripto Conheça as particularidades desse tipo de tecnologia e saiba como funciona o Ripple e o seu token XRP.

Por Equipe Empiricus

10 nov 2022, 20:26 - atualizado em 31 jul 2023, 10:17

Imagem representando o Ripple, mostrando moedas Ripple e um gráfico financeiro ao fundo.

O projeto Ripple vai muito além de uma criptomoeda: trata-se de uma plataforma global de pagamentos que possibilita transações interbancárias rápidas e de baixo custo.

Seu token nativo (XRP) é hoje um dos mais valiosos do mercado, permitindo à Ripple expandir suas funcionalidades e trabalhar em conjunto com o sistema monetário tradicional.

O que é o Ripple?

O protocolo de pagamentos Ripple consiste em uma rede descentralizada de transações financeiras que auxilia a transferência de dinheiro entre países. Diferente de outros mecanismos de transferência bancária, este se utiliza da tecnologia blockchain como base para o seu desenvolvimento e expansão.

Gerenciado pela empresa Ripple Labs, o Ripple foi criado em 2004 (e atualizado em 2012) com o objetivo de desburocratizar o sistema financeiro tradicional por meio de uma solução rápida e prática. Assim, oferece compatibilidade entre o mundo cripto e os bancos, a fim de facilitar a transação entre os dois universos e permitir maior adesão às empresas do setor.

Ao contrário do Bitcoin, uma moeda digital utilizada como meio de pagamento e reserva de valor, o Ripple (e seu token nativo XRP) formam a base de uma ferramenta de liquidação e troca de moeda.

Características da plataforma Ripple

Por ser desenvolvido no universo da blockchain, permite transações ultra rápidas – que podem ser confirmadas em até 4 segundos –, e desburocratiza a troca de câmbio. Esse fluxo de trabalho modernizado permite a redução de taxas e uma maior adesão global por parte de empresas financeiras.

Há quem diga que o Ripple é uma espécie de “contradição” no mundo cripto, uma vez que é gerido por uma empresa privada e não funciona de maneira totalmente descentralizada. Ainda assim, tem chamado a atenção dos bancos que desejam se utilizar de todas as vantagens da tecnologia blockchain por trás das criptomoedas.

Esses são alguns dos benefícios oferecidos pelo Ripple ao sistema financeiro tradicional:

  • Custo de transação mais barato do mercado;
  • Integração de sistemas financeiros;
  • Transações instantâneas e ágeis;
  • Liquidação de pagamento ultra rápida.

Como o Ripple foi criado?

O Ripple foi desenvolvido pelo programador Jed McCaleb e o executivo Chris Larsen, além de Ryan Fugger. Porém, sua história começa antes mesmo do “boom” do mercado cripto, já que é um projeto que foi se adequando ao longo das últimas décadas.

Fugger já trabalhava com uma ideia de sistema monetário descentralizado desde 2004, enquanto McCaleb desenvolvia um consenso de mineração em 2011. Agora chamada apenas de Ripple, a empresa por trás do projeto é responsável pela criação da criptomoeda XRP e da rede RippleNet.

O objetivo por trás do projeto é permitir que os grandes bancos – e outras empresas do setor financeiro – se adequem ao universo cripto. Isso é possível graças à tecnologia blockchain, que permite transações de baixo custo e menos burocracias para o setor. Ela foi utilizada como base para o desenvolvimento de um mecanismo parecido no projeto XRP.

Desde o início das operações, a Ripple Labs, empresa responsável pelo projeto, criou 100 bilhões de moedas XRP a fim de validar as operações e compensar o trabalho dos protocolos integrados.

Em dezembro de 2014, a companhia fechou parceria com o serviço de pagamentos global Earthport, presente em mais de 60 países. Atualmente, existem cerca de 43 bilhões de XRPs em circulação – a liberação de novos ativos segue um calendário predefinido pela empresa.

Como funciona o token XRP?

A rede Ripple tem um token nativo para chamar de seu: o XRP foi criado com a finalidade de financiar as taxas de transação entre instituições financeiras e funciona como uma moeda-ponte. Ou seja: caso um banco não aceite determinada moeda, pode convertê-la para XRP e depois para o ativo monetário de origem.

Por não ser totalmente dependente da blockchain, o Ripple não emite XRPs por meio de Prova de Trabalho ou Prova de Participação (como ocorre com outras criptomoedas). As validações são feitas por soluções matemáticas que buscam padrões e conformidade, mas de maneira própria ao sistema.

Como o Ripple está sendo usado no sistema financeiro?

Há um consenso entre os utilizadores do sistema tradicional e os entusiastas do universo cripto: é preciso remodelar a forma como são feitas as transações entre bancos e usuários. Além de ser muito fragmentado, os meios de pagamento internacionais tendem a ser lentos e escassos.

Uma simples operação de transferência bancária entre países diferentes, por exemplo, pode gerar taxas altíssimas de câmbio, bem como uma longa espera de validação. Pensando nisso, a Ripple Labs criou um protocolo que remodela os sistemas tradicionais sem a necessidade de substituí-los.

O Ripple surgiu para equiparar o sistema financeiro tradicional ao mundo cripto, permitindo às empresas tradicionais se adequar aos novos tempos e otimizar suas operações.  Além de permitir a integração de diferentes meios, oferece transações ultra rápidas, maior segurança e conexão simples entre diferentes tipos de sistemas – tudo isso por meio de sua rede de código aberto.

O grande diferencial da Ripple é funcionar de maneira autônoma a outras criptomoedas, uma vez que ela não depende totalmente do blockchain – apesar de se utilizar da mesma lógica de tecnologia.

O sistema RippleNet pode aguentar até 50 mil transações por segundo por meio de um mecanismo de provedores de liquidação e validação, denominado XRP Ledger. Dessa forma, instituições de todo o mundo podem fazer pagamentos em qualquer moeda (incluindo Bitcoin) e gerar comissões internas.

Atualmente, mais de 300 empresas de todo o mundo se beneficiam dos mecanismos por trás dessa tecnologia para oferecer serviços mais ágeis e baratos. Instituições financeiras como o Bank of America, American Express, RBC e Santander são alguns dos conglomerados que fazem parte do conselho executivo do Ripple.

Até por isso, o XRP é negociado em grandes corretoras e figura entre os ativos de maior valor de mercado. Os desenvolvedores acreditam que o protocolo deve continuar crescendo à medida que mais empresas e órgãos de governo passem a adotá-lo em massa nos próximos anos.

Como negociar o token XRP?

Como é possível observar, o XRP está ganhando espaço no mercado por ser uma integração do sistema financeiro tradicional e o universo de criptoativos. Por isso, ele desponta como uma opção interessante de investimento para aqueles que buscam diversificação e boas oportunidades de rentabilidade no futuro.

O XRP é o sexto criptoativo mais valioso do mercado em 2022, de acordo com o ranking da CoinMarketCap. Antes de investir, entretanto, é importante que você defina o seu perfil de investidor. Assim como outras criptomoedas, a nativa do Ripple também tem desempenho volátil e de alto risco.

Confira o passo a passo para investir em XRP:

Abra uma conta na sua corretora de preferência

O primeiro passo que você deve ter em mente para negociar Ripple é a abertura de conta em uma exchange especializada. As corretoras de criptomoedas são a melhor forma de negociar ativos do criptomercado de maneira descomplicada e prática.

Mercado Bitcoin, BitcoinTrade, Coinext e Binance são algumas das corretoras mais conhecidas do mercado brasileiro. Ao preencher o cadastro, lembre-se de informar os dados pessoais com precisão e criar uma senha fortalecida. 

Transfira o saldo necessário para a carteira

Depois de validada a conta, você deve preencher o saldo da carteira para começar a negociar cripto. Para isso, basta transferir o valor em reais do seu banco de preferência e aguardar a validação. A partir disso, é possível converter o montante em cripto ou negociar a quantia que preferir.

O valor mínimo de depósito depende da política de cada empresa, mas via de regra é possível comprar e vender criptomoedas com saldo entre R$ 20 e R$ 50. Lembre-se ainda de considerar as taxas inclusas em cada transação.

Busque por XRP na lista de criptos

Com o saldo em conta, basta procurar pelo token nativo da Ripple na lista de ativos da plataforma e negociar. Acesse a aba “ordem de compra” da corretora de sua preferência e escolha a quantidade de XRPs que deseja comprar.

Você pode ainda configurar alguns detalhes para a compra, como o limite de variação de preço e a hora exata da execução. Após confirmar a operação, os tokens de Ripple são armazenados em uma carteira da própria corretora – mas você pode ainda transferi-las para outros dispositivos.

Sobre o autor

Equipe Empiricus

A maior equipe de análise de investimentos do Brasil, 100% dedicada a te ajudar a encontrar as melhores oportunidades de investimento.