O fundador e estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, viu como uma “boa notícia” o aumento de capital aprovado pela Sequoia Logística (SEQL3) na noite de ontem (24).
A oferta tem piso de R$ 50 milhões (33.333.334 ações) e teto de R$ 100 milhões (66.666.667 papéis) e visa resolver os problemas de liquidez da companhia.
O piso do aumento de capital já está garantido por alguns acionistas de referência e membros do conselho, o que “reduz bastante o risco”, aponta Felipe.
O preço da emissão será de R$ 1,50, 16% abaixo da cotação de tela ao final do pregão da última segunda-feira (24), quando a ação bateu R$ 1,78.
Ação apresenta forte queda após anúncio de aumento de capital
Desde o anúncio, a perspectiva de diluição dos acionistas minoritários pesa sobre a ação, que sofre um ajuste para baixo no pregão desta terça-feira, sendo negociada a R$1,56 por volta das 16h30 da tarde – queda de aproximadamente 12%.
“Tudo tem consequências, e a consequência é um ajuste para baixo no curto prazo no preço da ação. Não espero uma reação positiva a um aumento de capital com desconto importante já em níveis tão depreciados”, explica o analista.
Por outro lado, Felipe vê o aumento de capital como uma alternativa para a companhia “atravessar essa fase, endereçar sua estrutura de capital e eventualmente preparar a companhia para um M&A futuro”.
No último mês, a Bloomberg noticiou que a companhia trabalha com o Itaú BBA depois de ter sido procurada por mais de um potencial comprador.
SEQL3: hora de comprar a ação?
Apesar de ter enxergado com bons olhos o anúncio da Sequoia, Felipe afirma que prefere ficar fora do papel nos níveis atuais.
No entanto, caso o preço da ação caia para R$ 1,50 (ou menos), o analista vê oportunidade de compra para aproveitar o aumento de capital.
“Neste patamar [de R$ 1,50] vale a pena olhar com mais carinho, o aumento de capital dá uma ponte para a companhia atravessar o momento de crise e a coloca como um ativo estratégico para eventualmente ser comprada”, finaliza.