A Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, não está nas recomendações da Empiricus.
O analista Henrique Florentino tirou a empresa da carteira Ações Exponenciais em abril de 2020.
Florentino apontava que as ações tinham ficado caras em comparação com os resultados da empresa.
“Desde a entrada em nosso portfólio, em 13/06/2019, as ações apresentaram alta de 48,6%, enquanto a bolsa recua 18,3% no mesmo período. Uma diferença considerável”, escreveu ele em abril.
No período, a ação se tornou querida de muitos investidores pessoas física. Florentino não acredita que a empresa vá se tornar uma draga de dinheiro nem rumar para o caos, pelo contrário, mas acha que a euforia levou o preço do papel para além do razoável.
“Embora tenhamos visto muitas preocupações do mercado com a liquidez da empresa, acreditamos que ela conseguirá navegar por esta crise sem um estresse relevante em seu balanço, porém, nos preços atuais, acreditamos que as ações já reflitam esse nosso pensamento”. Ou seja, a ideia de que a empresa vai se sair bem já está no preço.
A empresa vinha melhorando a sua operação desde 2019, quando a família Klein retomou o controle. O problema é que o negócio ainda é muito pouco digital: a receita das lojas físicas representa 80% do total. No Magazine Luiza, esse valor é de 50%. Com a aceleração da adoção do digital catapultada pela pandemia, isso é grave.
Além disso, o Magazine Luiza tem margens melhores, porque tem menores despesas operacionais. Em 2018, a diferença de margem ebitda chegou a ser de mais de seis pontos percentuais: Via Varejo com 2,5%, Magalu com 8%. Isso é um oceano entre uma empresa e outra, uma vastidão de diferença de eficiência. Claro que Via Varejo pode reverter isso e chegar lá, mas é um trabalho difícil. Até porque, além do Magazine Luiza, o crescimento da operação da Amazon no Brasil também traz desafios, especialmente no que se refere à necessidade de entrar em uma guerra meio suicida de descontos.
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