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Redução das expectativas de inflação deve favorecer posições prefixadas; confira lista de títulos recomendados

O cardápio da semana de recomendações em renda fixa contém LCI, LCA e CDB prefixados para se aproveitar da tendência de queda inflacionária

Por Equipe Empiricus

09 maio 2023, 13:54 - atualizado em 09 maio 2023, 16:42

títulos de renda fixa LCI LCA CDB
Imagem: Pixabay

A semana passada foi marcada por decisões de bancos centrais incluindo Europa, EUA e Brasil.

Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) anunciou uma alta de 25 pontos-base (pbs) nos juros, em linha com as expectativas de mercado. O destaque do comunicado foi a retirada do trecho em que o comitê antecipava a necessidade de novas altas nas próximas reuniões. Na prática, apesar de não ter fechado completamente a porta para um novo aumento, é muito pouco provável que o Fed eleve as taxas novamente na reunião de 14 de junho. Da mesma forma, também vemos como pouco provável uma queda nos próximos meses, por isso, novos dados positivos de atividade e emprego devem ser traduzidos em redução da precificação de corte na curva americana daqui para frente.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) reduziu o ritmo de alta dos juros para 25 pbs, elevando a taxa de depósito para 3,25% ao ano. A autoridade monetária também anunciou que espera o encerramento do reinvestimento do montante principal do Programa de Compra de Ativos (Asset Purchase Programme) em julho, o que deve enxugar liquidez passivamente.

Após a decisão, a Presidente Christine Lagarde reforçou o compromisso da autoridade monetária com a conversão da inflação para a meta no médio prazo e afirmou que ainda há “um caminho a ser percorrido” até que o nível de preços atinja um patamar satisfatório. Apesar da retórica mais dura, o mercado reduziu a expectativa de juros terminal no velho continente. A Euribor com vencimento em dezembro deste ano caiu 10 pbs para 3,5% ao ano. Nossa percepção, contudo, continua apontando para uma taxa de 4% por lá.

No Brasil, o Copom manteve a Selic em 13,75% ao ano na última quarta-feira (3), conforme esperado. O tom do comunicado foi neutro e as mudanças no documento foram uma espécie de aceno ao governo com o intuito de reduzir o excesso de ruído entre as autoridades monetária e fiscal. Contudo, não houve sinalização de início de queda de juros na próxima reunião, ao contrário, a escolha pelo ajuste do texto de forma tênue corrobora o cenário de que o processo de queda de juros deve ser gradual. Consequentemente, o mercado tem aumentado as apostas da queda de juros a partir de setembro.

Nessa manhã (9), o banco central (BC) divulgou a ata reunião da semana passada. O documento não trouxe grandes novidades em relação ao comunicado divulgado após a decisão.

Em relação a atividade econômica, o comitê não destacou nenhuma mudança significativa em relação à última reunião. A percepção também continua de um mercado de trabalho forte e, apesar da redução da probabilidade de um cenário de crédito disruptivo, esse mercado ainda inspira cautela.

Além disso, o Copom repetiu à exaustão que “não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a aprovação do arcabouço fiscal” e, por fim, enfatizou que, apesar de menos provável, não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o comportamento da inflação não siga o caminho esperado.

No tocante à inflação, o comitê destacou que o processo de desinflação segue uma trajetória mais lenta dado o hiato do produto brasileiro e às expectativas de inflação futura desancoradas. Contudo, é esperado uma queda relevante da inflação no segundo trimestre deste ano devido aos efeitos base deste período no ano anterior.

Corrobora um cenário mais benéfico de inflação também os dados recentes de preços no atacado, com destaque para alimentos e bens industriais. A transmissão contratada da queda dos preços do atacado para o índice de varejo sugere uma onda de revisões para baixo das estimativas dos analistas nas próximas semanas. Essa redução das expectativas de inflação deve favorecer as posições prefixadas em detrimento principalmente de títulos indexados à inflação (IPCA+) de curto prazo.

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Veja o cardápio de títulos recomendados da semana

Todas as recomendações abaixo são títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, contudo, o investidor precisa se certificar de que não ultrapassou o limite de R$ 250 mil por instituição, incluindo os juros a receber do investimento.

Características da LCA prefixada do Banco BTG Pactual
Classificação de risco da instituiçãoStandard & Poor’s:  brAAA
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarEmpiricus Investimentos
Aplicação mínimaR$ 5 mil
Aplicação máximaA depender do estoque
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)11/05/2026 (1098 dias corridos)
Rentabilidade líquida anual10,3% ao ano
TributaçãoIsento de IR
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação15h

O investimento na taxa líquida indicada da LCA prefixada do Banco BTG Pactual equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 11,93% ao ano.

Características da LCI prefixada do Banco ABC Brasil
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: brAAA
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco ABC Brasil
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaR$ 10 milhões
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)28/04/2025 (720 dias corridos)
Rentabilidade líquida anual11,34% ao ano
TributaçãoIsento de IR
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h

O investimento na taxa líquida indicada da LCI prefixada do Banco ABC Brasil equivale a uma aplicação com taxa bruta aproximada de 13,6% ao ano.

Características do CDB prefixado do Banco Daycoval
Classificação de risco da instituiçãoStandard and Poor’s: brAA+
Público-alvoInvestidores em geral
Onde encontrarBanco Daycoval
Aplicação mínimaR$ 1 mil
Aplicação máximaR$ 10 milhões
LiquidaçãoD+0
Vencimento (prazo)06/05/2024 (366 dias corridos)
Rentabilidade líquida anual13,70% ao ano
Tributação17,5%
Pagamento de jurosNão
ResgateNo vencimento
GarantiasFundo Garantidor de Créditos (FGC)
Horário limite de aplicação17h

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