Nesta quarta-feira (31), a Porto (PSSA3) anunciou, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a contratação de um novo CEO, o “ex-Gol” Paulo Sérgio Kakinoff. A partir de 2 de janeiro de 2024, Kakinoff substituirá Roberto Santos, que ocupa o cargo desde 2018.
Antes de atuar por 10 anos no comando da companhia aérea, o futuro CEO da Porto passou 18 anos na indústria automobilística, incluindo empresas como a Audi Brasil.
Relembrando as linhas de negócio da Porto
Embora seja mais conhecida pela divisão de seguros, hoje a Porto atua em mais vertentes, como saúde e serviços financeiros.
Segundo conta Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, no Giro do Mercado de hoje o produto de destaque da companhia é o Seguro Auto. O serviço voltado para veículos é responsável por 50% do faturamento da companhia. Além disso, em torno de 12% é composto pelo segmento de saúde, com forte investimento em novas iniciativas, como planos de saúde para cachorros”.
Ferrer também comenta sobre a “tempestade perfeita” pela qual essa linha de negócio da Porto passou no ano passado, assim como outros cases desse setor, a exemplo de Hapvida (HAPV3): “O índice de sinistralidade da Porto chegou a 90% em 2022, o que é um indicador ruim, mas a empresa conseguiu recuperar bem no primeiro trimestre de 2023 e se aproxima de índices melhores, caminhando para o que vimos no pré-pandemia”.
Lembrando que a sinistralidade é uma das métricas mais importantes para uma empresa de seguros, já que representa a diferença entre o custo dos sinistros e o prêmio repassado às operadoras de plano de saúde. Quando esse percentual é alto, é sinal de que os custos estão “encostando” na rentabilidade.
Além disso, no programa, Ferrer comenta se o corte de impostos de carros populares poderia afetar Porto de alguma maneira: “Por um lado, se o carro fica mais barato, o preço do seguro também barateia, mas, por outro, o fato de ter mais automóvel na rua aumentaria a demanda pela contratação de seguro, o que é bom para a companhia”. Mas o analista reforça que ainda é preciso saber por quanto tempo essa medida se manterá válida, para entender a fundo os benefícios e desvantagens para a empresa.
Afinal, a Empiricus Research ainda gosta das ações de Porto (PSSA3)?
No geral, o especialista diz que a companhia tem todos os requisitos que a casa de análise procura em uma empresa. “A Porto tem boa governança, tem controladores sólidos, como o Itaú, e tem boas oportunidades de crescimento à frente”.
Além disso, aos preços atuais, Ferrer recomenda a compra das ações de Porto (PSSA3), que negociam a 8 vezes preço/lucro, o que historicamente é barato.
Para conferir a análise completa, assista ao Giro do Mercado de hoje. E se quiser ficar por dentro das próximas recomendações de investimentos em primeiro mão, clique aqui e cadastre-se para receber relatórios gratuitos.