Quem investiu em fundos imobiliários em maio teve muitos motivos para sorrir de orelha a orelha. O Ifix, índice de FIIs, da B3 subiu vigorosamente e registrou alta de 5,43% em maio. Esse resultado marca a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho percentual desde agosto de 2022. Dentre os FIIs que mais valorizaram em maio, estão principalmente os de papel.
Além disso, em abril o índice também atingiu os 3 mil pontos, o que não acontecia desde outubro do ano passado. E ainda manteve esse nível por oito pregões seguidos até o fim de maio – maior patamar desde fevereiro de 2020.
Fundos de papel brilharam em maio
Todos os segmentos de FIIs entregaram retorno positivo em maio, mas a excelente performance da classe de ativos se deu muito por conta da disparada de 8% dos fundos de papel (ou crédito) no mês.
Para Caio Araujo, analista da Empiricus Research, o arrefecimento da curva de juros tem sido favorável para esse segmento, dado que a marcação a mercado dos CRIs promoveria uma valorização das carteiras dos fundos de crédito, que hoje têm altas taxas contratadas.
O segundo melhor segmento foi o de fundos híbridos, com alta de 7,7%.
Em seguida, vem os Fundos de fundos (FoFs), com 6,7%; os de logística, com 5,4%; e os de shoppings, com 5,1%.
Renda urbana e outros tipos foram os que tiveram resultados mais contidos, de +4,1% e +3,0%, respectivamente, como mostra a tabela abaixo.
Segmentos | Variação |
---|---|
Crédito (papel) | 8,0% |
Híbrido | 7,7% |
Fundos de fundos (FoF) | 6,7% |
Logística | 5,4% |
Shoppings | 5,1% |
Lajes corporativas | 4,6% |
Renda urbana | 4,1% |
Outros | 3,0% |
Fundos High Yield também foram ‘fora da curva’
Um movimento incomum observado no período foi a performance dos fundos High Yield, mais especificamente aqueles que sofreram com inadimplências nos meses anteriores. A cesta de quatro fundos subiu em média 27,1% em maio.
Segundo Caio Araujo, analista da Empiricus Research, isso deve a uma ligeira melhora nas perspectivas de crédito e, consequentemente, na distribuição de proventos.
Ainda assim, o especialista reforça a não recomendação desse tipo de segmento: “Da nossa parte, por mais que esses fundos ainda apresentem quedas consideráveis no acumulado do ano (cerca de -33%), permanecemos distantes de qualquer sugestão de investimento. É importante deixar claro que as condições de crédito permanecem desafiadoras no Brasil”, afirma.
“Mesmo que o cenário de queda da taxa de juros esteja mais próxima, o desempenho econômico de algumas classes continua em trajetória preocupante. Os índices de inadimplência, por exemplo, cresceram em abril”.
Quais os 5 fundos imobiliários que mais valorizaram em maio?
Como não poderia deixar de ser, a maior parte dos cinco FIIs com melhor desempenho em maio é de crédito.
O FII com maior retorno no mês foi o Devant Recebíveis (DEVA11), que saltou quase 40%. Já o Hectare CE (HCTR11) ficou em segundo lugar, com 30,63% de alta.
Além deles, os fundos Versalhes Recebíveis (VSLH11), Banestes Recebíveis (BCRI11) e Tordesilhas EI (TORD11) ficaram entre as máximas de maio.
Fundo | Ticker | Variação |
Devant Recebíveis | DEVA11 | 39,0% |
Hectare CE | HCTR11 | 30,6% |
Versalhes Recebíveis | VSLH11 | 22,9% |
Banestes Recebíveis | BCRI11 | 18,2% |
Tordesilhas EI | TORD11 | 16,0% |
A Empiricus Research recomenda outros 5 FIIs com maior potencial de valorização para investir agora
Nenhum desses fundos do Ifix que ‘explodiram’ em maio está nas carteiras do Renda Imobiliária, já que Caio Araujo acredita muito mais no potencial de valorização de outros FIIs, como o BTG Pactual Logística (BTLG11), o VBI Prime Properties (PVBI11) e o CSHG Logística (HGLG11).
No caso do BTLG11, Caio explica que o FII apresentou uma ampliação importante em seu portfólio e segue com sua ocupação bem estabilizada no patamar de 98%, além de registrar um patamar crescente do aluguel médio.
Além disso, ele destaca a estratégia de reciclagem de portfólio apresentada pela gestão, que, em sua opinião, deve continuar proporcionando ganhos de capital para os cotistas.
O analista também acredita que o PVBI11, FII de lajes corporativas, também tem estado bem posicionado em seu segmento e o preço atual de suas cotas oferece uma boa oportunidade de entrada, mesmo com algum risco de reduzir o nível de rentabilidade no curto prazo, devido à nova emissão de cotas feita em maio.
“Em relação ao HGLG11, ele é o maior FII de tijolo da indústria, e é bem conhecido pela sua estratégia agressiva de giro de portfólio, gerando ganhos de capital recorrentes para seus cotistas”, explica.
O fundo está realizando a sua 9ª emissão de cotas com foco em captar R$ 1,5 bilhão, montante que será direcionado principalmente para a incorporação do portfólio do GTLG11, composto por ativos A+. Além disso, o CSHG Logística tem perspectivas de elevação da ocupação nos próximos meses.
“A combinação desses eventos deve contribuir para o incremento do resultado recorrente de locação do FII, gerando uma oportunidade interessante de entrada“, defende o analista.
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