O caminho tem ficado cada vez mais claro para o banco central (BC). Desde o último IPCA-15, as notícias econômicas continuam numa toada positiva.
Indicadores antecedentes sugerem que a segunda quinzena de maio sustentou a tendência de queda de preços dos primeiros 15 dias e deve se refletir em uma leitura positiva do IPCA do mês de maio que será divulgado amanhã (7).
Nesta manhã (6), o IGP-DI mostrou uma variação mensal de -2.33%, puxado por uma forte deflação do índice de preços ao produtor amplo (IPA) do setor agrícola, que acumula queda de mais de 8,5% no ano.
O setor de transportes do índice de preços ao consumidor também entrou para o território negativo em maio, em linha com a queda do preço dos combustíveis, evidenciado nas coletas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além disso, o preço dos alimentos, que ficou levemente acima das expectativas no IPCA-15, também desacelerou.
Vale ainda mencionar que, a surpresa positiva que foi vista no PIB do primeiro trimestre deste ano foi ancorada no setor agrícola e mostrou fragilidade no consumo. Essa composição corrobora as apostas de que a queda da Selic pode estar mais próxima.
O gráfico abaixo mostra a inflação implícita de um ano em relação ao centro da meta do BC.
Nessa manhã (6), o mercado atribuiu mais de 80% de chance de um corte de 25 pbs na reunião de 3 de agosto. O gráfico abaixo mostra a variação da Selic nas próximas reuniões do comitê monetário, em relação a expectativa no final do dia 24 de maio (antes da divulgação do IPCA-15 de maio).
Banco Central pode iniciar ciclo de corte em agosto
Como podemos ver, a expectativa de queda tem se acentuado desde o último dado de inflação. Se o dado de IPCA do mês de maio fechado – que será divulgado amanhã (7) – confirmar a nossa visão positiva para a dinâmica de preços, esperamos uma mudança de postura do banco central na reunião do dia 21 deste mês, indicando que na reunião de agosto teremos o tão esperado início do ciclo de corte de juros.
De maneira geral, o cenário é mais positivo para ativos de risco em geral. Em relação a estratégias de renda fixa, ainda sugerimos estratégias prefixadas de até dois anos. Ainda vemos os níveis de juros reais longos interessantes para o investidor pessoa física.
- Tenha acesso aos melhores títulos de renda fixa direto no seu WhatsApp: entre para este grupo VIP e receba, diariamente, ofertas tão boas que acabam em poucas horas. Clique aqui para participar gratuitamente.
Confira as recomendações de renda fixa da semana
Todas as recomendações abaixo são títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, contudo, o investidor precisa se certificar de que não ultrapassou o limite de R$ 250 mil por instituição, incluindo os juros a receber do investimento.