A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (21) pode ser a ‘catálise para os estrangeiros se animarem de fato’, na visão do fundador e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda.
A expectativa não se refere a uma alteração na taxa Selic, que deve continuar em 13,75% ao ano, mas à mudança de discurso das autoridades monetárias.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pode finalmente acenar com a queda da taxa básica de juros em um futuro próximo após um longo período de aumento.
Isso, claro, é ótima notícia para os ativos de risco brasileiros. Como mostra o gráfico abaixo, existe uma relação inversa entre a Selic e o Ibovespa: isto é, quando a taxa básica de juros cai a Bolsa sobe, e vice-versa.
Além disso, o Brasil está em estágio avançado no quesito juros quando comparado aos países desenvolvidos. “O Brasil começou antes a subir, e vai começar antes a cortar”, explica Felipe Miranda.
O presidente do Fed (banco central norte-americano), Jerome Powell, inclusive falou hoje sobre a possibilidade de subir ainda mais a taxa de juro da maior economia do mundo até o final do ano.
“Por outro lado, o Brasil tem uma regra fiscal e um juro caindo com uma inflação surpreendendo pra baixo sistematicamente”, afirmou Felipe Miranda.
Por isso, na visão do estrategista-chefe da Empiricus, o discurso das autoridades monetárias após a reunião de hoje pode ser a faísca que faltava para os investidores estrangeiros que ainda estão com o ‘pé atrás’ entrarem na B3.
Desde que atingiu a mínima do ano, em 23 de março, o Ibovespa acumula alta de 23% e, pelo que tudo indica, não deve parar por aí.
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