Os fundos imobiliários (FIIs) têm aproveitado o bom momento dos ativos de risco brasileiros para emitirem novas cotas. Mais recentemente, os fundos VBI Prime Properties (PVBI11) e XP Malls (XPML11) anunciaram novas ofertas.
Com o principal índice de fundos imobiliários, IFIX, perto da máxima histórica e em uma sequência de 13 semanas de alta, as gestoras têm visto o ambiente como propício para captar recursos e melhorar a liquidez.
Para se ter uma ideia da melhora de perspectiva, até o final de abril foram registrados cerca de R$ 5 bilhões em volume de emissões de oferta, segundo dados da B3.
A partir de maio, com o maior otimismo, o número quase dobrou: cerca de R$ 4,5 bilhões no período.
O que olhar antes de participar das ofertas dos fundos imobiliários?
De acordo com o especialista em fundos imobiliários da Empiricus Research, Caio Araújo, os fundos que negociam com prêmio têm largado na frente na emissão de cotas.
Por isso, nem sempre vale a pena participar das ofertas se existem outras opções na Bolsa que negociam com desconto. Segundo ele, alguns fatores devem ser levados em consideração pelo investidor antes de embarcar nas novas emissões.
Um deles, é a destinação dos recursos, que deve ser bem detalhada na oferta. “Deve ter uma remuneração bem definida, com viabilidade factível para o cenário que temos para os próximos anos”, avalia.
Além disso, a estrutura e os custos da oferta devem ser bem avaliados. “O investidor não deve estar disposto a pagar caro para entrar em emissões”.
Por outro lado, a liquidez é um ponto positivo na hora de se analisar uma oferta.
“Por ter uma ausência de liquidez no mercado e o custo de captação ainda ser elevado, quem tem liquidez consegue se dar bem em algumas operações e encontrar cap rates maiores”, avalia.
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XPML11 e PVBI11: vale a pena participar das ofertas de emissão?
Neste contexto, o analista vê com bons olhos a participação na oferta dos FIIs XPML11 e PVBI11.
“No caso do XP Malls, é uma oferta pública destinada a todos os investidores, com um pipeline bem definido”, avalia.
Já a oferta do PVBI11 é destinada a investidores institucionais e atuais cotistas. Embora seja para um público mais limitado, Caio vê atratividade nas cotas do FII.
“É uma gestão que está buscando agregar valor e qualidade ao seu portfólio, que já tem alguns dos ativos de maior qualidade do mercado no setor de lajes corporativas”, finaliza.
O relatório completo com a análise das ofertas do XPML11 e PVBI11 está disponível para assinantes da série Renda Imobiliária. Os dois fundos são uma recomendação da Empiricus Research.
Confira a entrevista completa de Caio Araújo no Giro do Mercado: