Para quem investe em renda variável, uma boa rentabilidade passará, muitas vezes, por uma carteira de ativos bem montada. Para selecionar quais empresas ou não devem entrar na carteira, é imprescindível contar com uma boa análise e ações.
A compra de ações é baseada no perfil do investidor. Por isso, é importante destacar, na análise de ações o controle de risco de investimento, a possibilidade de participar da propriedade de uma empresa, liquidez e a oportunidade de receber dividendos mensalmente.
O que é análise de ações?
O método de análise de ações é usado para avaliar as ações negociadas na bolsa de valores, com o objetivo de selecionar aquelas que oferecem melhores oportunidades para determinada carteira ou perfil de investidor.
As ações são ativos que podem ser adquiridos para o curto, médio e longo prazo, a depender do perfil de cada investidor. Isso significa que investidores de médio e longo prazo estão interessados em comprar e manter ações, recebendo dividendos ou Juros sobre Capital Próprio.
Já no caso dos investidores de curto prazo, o interesse está baseado na volatilidade do mercado, que é usada para obter maiores retornos em um período mais curto, aproveitando o potencial de liquidez do ativo.
De modo geral, a análise de ações está ancorada na avaliação de oportunidades e riscos, o que irá determinar a compra e o momento ideal para a venda desse título de renda variável. A operação de compra/venda tem o potencial de proporcionar lucro ou controlar danos, por exemplo.
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Como funciona a análise de ações?
A análise das ações considera as oportunidades e os riscos tanto do mercado quanto dos ativos em si, Por isso, ela é usada para definir se o ativo está ou não alinhado com a estratégia de investimento do cliente.a
Muito mais do que uma ferramenta para auxiliar na decisão de investir, análise precisa ser feita também durante e depois da compra das ações, para auxiliar nas vendas dos ativos. Para isso, o analista deve levar em consideração elementos como:
- Perspectivas da empresa emissora;
- Setor de atuação;
- Indicadores financeiros e socioeconômicos.
Assim, existem dois tipos de análises de ações: a análise fundamentalista e a análise técnica. A análise fundamentalista é focada nos fundamentos da empresa, com a avaliação de balanços, demonstrativos e perspectivas de crescimento. Já a análise técnica é focada na análise de gráficos e indicadores passados para identificar tendências e padrões de preço.
Além disso, essas duas ferramentas podem ser combinadas para uma visão mais abrangente, o que exigirá conhecimento e habilidades de interpretação de dados por parte do avaliador.
Como fazer análise de ações?
Para adentrar o mundo das análises de ações, é fundamental entender como ocorrem as análises fundamentalista e técnica.
Análise fundamentalista
Muito conhecida no mercado, a análise fundamentalista de ações se concentra nas bases da empresa, incluindo seus resultados e perspectivas para o futuro. Nesse sentido, além das questões financeiras, ela é fundamental para entender a gestão e projeção da empresa no seu setor de atuação.
É por meio da análise fundamentalista que o investidor irá comparar as oportunidades em ações e considerar aquelas que melhor se adequam a sua carteira, comparando entre empresas do mesmo segmento para uma melhor projeção.
Podendo ser usada em demais ativos, como na compra e venda de fundos imobiliários, por exemplo. A análise fundamentalista é feita com a coleta de dados e qualitativos da emissora.
Principais indicadores da análise fundamentalista
Os principais indicadores desta modalidade são:
- Demonstrativos financeiros: incluem documentos contábeis e de gestão, detalhando a realidade financeira do empreendimento, garantindo a saúde financeira, riscos e oportunidades do negócio;
- Valor intrínseco: refere-se ao quanto a empresa realmente vale e não apenas ao preço das ações. Ao determinar o valuation, considerando indicadores financeiros e modelo de negócio, o investidor poderá ver se a ação está subvalorizada, supervalorizada ou com preço justo;
- Dividend yield (DY): fundamental para aqueles que querem receber proventos de forma passiva, esse indicador mostra a relação entre os dividendos distribuídos e o preço da ação. Nesse momento, é preciso ficar atento a discrepâncias e a cotações muito baixas;
- Return on equity (ROE): responsável por medir a capacidade da empresa de produzir resultados a partir do seu patrimônio líquido, o ROE é calculado levando em consideração a porcentagem de lucro líquido em relação ao patrimônio líquido. Isso ajuda a projetar a eficácia e desenvolvimento futuros do negócio;
- EBITDA (Lajida): esse indicador olha para os lucros antes que taxas como juros, impostos, amortização e depreciação ocorram. Dessa forma, ele consegue mostrar se a empresa é capaz de gerar lucro apesar de seus custos operacionais.
Análise técnica
Responsável por complementar a fundamentalista, a análise técnica é comumente feita por traders que procuram oportunidades nas variações de curto prazo do mercado.
Nesta abordagem, os fundamentos da empresa não são o foco para a compra de ações, mas sim a oferta e demanda apresentadas nos gráficos, que definem quando assumir ou encerrar posições.
Isso significa que o investidor irá realizar um estudo técnico, observando padrões, gráficos e indicadores estatísticos, incluindo tendências, valor da ação, volatilidade e força dos movimentos dos gráficos.
No caso dos traders, seu foco está em posicionar-se a favor das probabilidades, a partir de leituras técnicas. Eles não preveem o futuro do mercado, mas aproveitam as oportunidades que surgem a partir dos parâmetros avaliados.
Principais indicadores da análise técnica
Nesta modalidade, os principais indicadores são:
- Médias móveis: capazes de “suavizar” o movimento dos preços do ativo, podem ser usados como regiões de suporte ou resistência. Os tipos mais comuns as famosas médias móveis simples e médias móveis exponenciais;
- MACD (Moving Average Convergence Divergence): é utilizado para identificar tendências e medir sua força. Os sinais de compra e venda são gerados por cruzamentos de linhas e divergências, e podem calcular a diferença entre duas médias móveis e adicionar a média dessa diferença;
- Bandas de Bollinger: é um indicador que fornece percepção da volatilidade do mercado, o que permite identificar se ele está mais ou menos volátil. Além disso, pode ser usado para operações de curto prazo, como swing trade e day trade;
- Índice de força relativa (IFR): responsável por acompanhar a relação entre as forças compradoras e vendedoras de um ativo. Possui métrica que varia de 0 a 100 e ajuda a identificar a intensidade das forças e possíveis reversões de tendência;
- Volume: um acompanhamento da quantidade de ordens de compra e venda emitidas para um ativo. O volume é importante para confirmar a qualidade da tendência e identificar reversões. Assim, um baixo volume indica maior suscetibilidade à reversão do movimento, por exemplo;
- Hi-lo activator: o indicador utiliza as mínimas e máximas do preço do ativo para projetar seu futuro. Similar às médias móveis, ele considera a tendência atual e usa as últimas máximas (no caso de tendência de alta) para projetar o preço futuro.
Por que fazer análise de ações?
Realizar a análise das ações é fundamental para fazer bons investimentos, diversificar a carteira e conquistar seus objetivos financeiros. Além disso, ao analisar estes ativos, é possível encontrar ótimas oportunidades, como papéis sendo negociados abaixo de seu valor intrínseco e com potencial de crescimento em curto, médio e longo prazo.
Ademais, é fundamental saber analisar ações para entender quando chegou o momento de vender os ativos, e conquistar maior potencial de lucros, reduzindo as perdas futuras, o que torna este tipo de investimento um pouco mais seguro.
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Qual o melhor método para analisar ações?
Com a análise fundamentalista, o investidor tem a vantagem de avaliar a saúde financeira da empresa e descobrir a sua capacidade de gerar valor ao longo do tempo, o que é muito útil para aqueles que desejam investir no longo prazo. Além disso, é possível definir a valoração das ações e compreender se as mesmas estão superestimadas ou subvalorizadas.
Já com a análise técnica, os benefícios são a identificação de tendências e padrões, o que é ótimo para a tomada de decisão no curto prazo, aproveitando as oscilações do mercado. Outro benefício é o timing da compra e venda, que pode ser definido usando os gráficos e indicadores capazes de proporcionar uma análise mais objetiva.
Dito isso, o melhor método para análise de ações é aquele que se adeque melhor aos objetivos e características do investidor, levando em conta a sua tolerância de risco, seus objetivos financeiros e seu conhecimento sobre o mercado. Nesse sentido, é fundamental que o investidor busque conhecimento sobre essas análises, realizando cursos e se aprimorando.
Para uma análise eficiente, é preciso avaliar os fundamentos da empresa, os dados financeiros, as perspectivas do setor e realizar uma avaliação gráfica a partir de indicadores técnicos.
A análise técnica é uma abordagem que se concentra na avaliação de padrões gráficos, indicadores e tendências de preço passado, com o objetivo de prever o movimento futuro do preço das ações.
Alguns dos principais indicadores usados para analisar uma ação são: médias móveis, MACD, Bandas de Bollinger e Índice de Força Relativa (IFR).
Para determinar se uma ação está cara ou barata, é necessário realizar uma avaliação cuidadosa dos fundamentos da empresa e da comparação do preço atual da ação com seu valor intrínseco.
Prever o movimento futuro das ações é uma tarefa desafiadora e incerta. Para isso, a análise técnica e a análise fundamentalista podem fornecer informações úteis, mas não garantem certeza sobre o movimento futuro dos preços das ações.