Nos EUA, o índice de preços ao consumidor de junho (CPI), divulgado na semana passada, revelou um número mais fraco do que o esperado (0,2% versus 0,3% m/m). No comparativo anual, o índice cheio caiu para 3%, uma variação de 1 ponto percentual para baixo em relação ao mês anterior. Ainda mais relevante,o núcleo do indicador recuou de 5,3% a/a para 4,8%, também abaixo das estimativas dos analistas de mercado.
Ainda entre os principais destaques, a queda nas passagens aéreas e na hospedagem fora do domicílio surpreenderam significativamente para baixo, impactando positivamente as medidas de núcleo. A inflação de aluguéis, que tem se apresentado em patamares muito mais elevados do que outros componentes do indicador, também tem mostrado arrefecimento, em linha com os indicadores antecedentes do setor.
Apesar do ritmo de queda da inflação ter se provado mais lento do que o esperado durante praticamente todo o processo deflacionário americano, o CPI de junho adiciona mais um pilar de sustentação da narrativa do “pouso suave” e no sentimento positivo em relação aos ativos de risco.
Olhando para frente, a resiliência do mercado de trabalho deve continuar sustentando a demanda por bens e serviços e, consequentemente, os índices de inflação acima da meta do banco central. Por isso, o mercado precifica mais uma alta de 25 pontos-base nos juros americanos na reunião da semana que vem, em 26 de julho, elevando o intervalo de referência para 5,25%-5,50% ao ano.
No Brasil, o destaque econômico nos jornais tem sido o dado mais fraco de produção industrial de maio, medido pelo indicador IBC-Br do Banco Central (BC). O indicador caiu 2% na comparação mensal, frente a -0,1% das estimativas. Dessa vez, o setor agropecuário foi o responsável pela surpresa negativa, devido ao fim da safra (recorde) de soja que vinha impulsionando o indicador. No geral, o IBC-Br, que vinha indicando um PIB mais forte do que os demais indicadores de atividade, passa a ter mais aderência às pesquisas conjunturais do IBGE e deve retirar o fôlego das revisões para cima do PIB brasileiro no ano.
Ainda ontem (17), o Índice Geral de Preços de julho (IGP-10) mostrou queda de -1,1% em relação ao mês anterior. Apesar do número ter sido acima da leitura anterior (-2.2% em maio), vale destacar um dos menores níveis de difusão do indicador antecedente de inflação. Além disso, o custo de construção mostrou uma desaceleração relevante no mês devido à queda de materiais e serviços. Talvez mais importante, a média móvel anualizada de três meses dos núcleos mostra deflação de cerca de 5%.
Ainda que as quedas dos preços do atacado tenham sido menores do que as leituras anteriores, há indícios suficientes para acreditar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve continuar desacelerando no segundo semestre deste ano.
Dessa forma, devemos ver a continuação da queda das projeções de IPCA no relatório do Focus do BC para este ano e a manutenção da atratividade dos títulos prefixados de curto prazo.
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Confira o cardápio de títulos recomendados para este cenário
Todas as recomendações abaixo são títulos que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, contudo, o investidor precisa se certificar de que não ultrapassou o limite de R$ 250 mil por instituição, incluindo os juros a receber do investimento.
Nesta matéria aqui, explicamos melhor como funciona o CDB.
Características do CDB prefixado do Banco Pan | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 10 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque (R$ 2 milhões) |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 18/07/2024 (366 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 12,15% ao ano |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do CDB prefixado do Banco Daycoval | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | R$ 500 mil |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 15/07/2024 (363 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 13,75% ao ano |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do CDB prefixado do Banco ABC do Brasil | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: brAAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Banco ABC do Brasil |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 08/01/2025 (540 dias corridos) |
Rentabilidade líquida anual | 11,29% ao ano |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h |
Por fim, é importante lembrar que, para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo e que precisa estar disponível imediatamente, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.