Empresário há quase duas décadas, posso afirmar: empresas têm alma.
Minha afirmação não parte de qualquer crença metafísica, mas sim da constatação de que existe algo na gênese da sua formação que define a essência de uma empresa.
Depois de um tempo, e se as coisas caminham bem, colocamos em palavras a missão e os valores que norteiam o esforço empresarial.
No começo, porém, há uma ideia do que os fundadores se propõem a realizar. As empresas têm êxito quando combinam esta chama inicial, que aqui estou chamando de alma, com uma execução competente.
Ao fundar a Empiricus em 2009, juntamente com o Felipe e o Rodolfo, estávamos convictos de que somente o modelo independente de análise de investimentos, livre de conflitos de interesse, poderia produzir recomendações que realmente ajudassem o investidor a melhor tomar suas decisões.
Aparentemente, éramos os únicos no Brasil a pensar assim. À época, somente bancos e corretoras produziam relatórios de investimentos, disponibilizados “gratuitamente” aos clientes. Só havia uma maneira de cobrar por algo até então oferecido de graça. Ser muito melhor que os outros. Onze anos e 400 mil assinantes depois, creio que alguns se convenceram de nossa qualidade.
Naturalmente, o sucesso da nossa proposta produziu cópias. Por conta da Empiricus, em nenhum outro país do mundo há tantas iniciativas em análise independente com foco em investidores individuais, o chamado B2C.
Na busca por replicar nosso modelo, uma revista de economia e negócios também lançou o seu próprio “research”, e até a maior corretora do país resolveu lançar a sua própria casa de análise independente, um contrassenso óbvio. Outras corretoras e bancos também começaram a cobrar por seus relatórios como se isso por si só fosse prova de valor e de independência.
Voltando à Empiricus, afirmo que nossa alma está justamente na análise independente. Desde a nossa criação, evoluímos tremendamente como empresa, como organização, mas a essência continua sendo rigorosamente a mesma.
Investimos em pessoas, processos e tecnologia. Tudo isso embala e entrega uma melhor experiência do usuário (UX) ao nosso assinante. Contudo, o que segue nos conectando com o propósito inicial e permanente segue sendo rigorosamente o mesmo, trazer as melhores ideias independentes de investimento a você.
Nossas recomendações não são um meio, um apêndice, mas a nossa verdadeira razão de investir. Comemoramos cada acerto com a sensação preenchedora do dever cumprido. E sofremos com cada erro, com cada oportunidade perdida.
Temos também uma segunda camada na definição da alma da Empiricus.
Peço licença aos nossos especialistas nas demais classes de ativos, que fazem um trabalho excepcional cobrindo fundos, renda fixa e criptomoedas, mas são as ações que fazem parte da nossa alma.
Vibramos com as trajetórias empresariais de sucesso.
Confiamos na visão dos empreendedores e na implementação dos executivos.
Apostamos na assimetria dos retornos.
Destrinchamos balanços, visitamos empresas, falamos com gestores.
Ao final, traduzimos nossas convicções em recomendações e assim cumprimos o chamado da nossa alma.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço,
Caio
P.S.: Neste momento de retomada da economia, nossos analistas de ações estão particularmente animados com as oportunidades, especialmente em empresas emergentes, com alto potencial de crescimento, as microcaps.
Nesta categoria, deposito total confiança nas opiniões do Max Bohm, a maior autoridade do tema no Brasil. Não deixe de conferir o que ele tem a dizer.