Para quem deseja investir no desenvolvimento do Brasil, uma opção interessante do mercado são os fundos de infraestrutura, que ganharam força com a chegada do Marco Legal do Saneamento Básico.
Dessa forma, ao investir em cotas de fundos de infraestrutura, o investidor passa a colaborar com o desenvolvimento do país. Além disso, essa aplicação possui uma rentabilidade acima da oferecida pela renda fixa, ainda que assumindo o risco da operação.
O que são Fundos de Infraestrutura?
Os Fundos de Infraestrutura, também conhecidos como FI-Intra, são alternativas para investidores que desejam aplicar em dívidas de empresas nos setores de concessões, operando como uma espécie de condomínio fechado.
Portanto, esse tipo de investimento é muito parecido com outros tipos de fundos, onde o investidor adquire cotas e, embora não possa resgatá-las a qualquer momento, é possível negociá-las no mercado secundário da B3.
Essa é uma modalidade que começou a ser negociada em 2020, após a aprovação da sua legislação por meio da instrução CVM 606.
Como funcionam os Fundos de Infraestrutura?
Os Fundos de Investimento de Infraestrutura investem no setor de concessões, tendo como objetivo aplicar em títulos de dívidas de empresas privadas que atuam nesse segmento. Assim como os demais títulos, eles possuem uma gestão passiva.
Isso quer dizer que há um gestor responsável pela escolha dos títulos que vão compor o seu portfólio buscando “replicar” a performance de um índice de referência. Ou seja, a ideia é que a rentabilidade do fundo acompanhe a variação de determinado benchmark.
Por se tratar de uma alternativa de investimento nova, ainda existem poucas opções no mercado, mas os principais ativos que compõem o FI-Intra listado na B3 são Certificados de Recebíveis, debêntures incentivadas e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).
Quais as vantagens dos Fundos de Infraestrutura?
Existem muitas vantagens em investir em Fundos de Infraestrutura, sendo a principal delas a isenção no Imposto de Renda. Portanto, o investidor que optar por esse investimento é isento do pagamento do IR sobre os rendimentos.
Outra vantagem é a liquidez, dado que o fundo pode ser negociado na Bolsa de Valores diariamente, diferente de uma debênture incentivada que depende de uma oferta de mercado de balcão.
Além disso, ele possui uma gestão profissional, visto que quem escolhe os ativos que farão parte do fundo são os gestores e não o investidor que, desse modo, não precisa se preocupar em se aprofundar em análises fundamentalistas.
Outro aspecto positivo é que o investidor passa a ter uma maior diversificação do capital mesmo tendo pouco dinheiro para investir, pois, adquirindo uma única cota ele já obtém um grande portfólio referente ao fundo.
Quais são os riscos de investir em Fundos de Infraestrutura?
Por se tratar de um fundo que não é renda fixa, existe o risco de crédito, que é quando existe uma reestruturação de dívidas no portfólio do fundo. Quando isso ocorre, há uma redução do fluxo de caixa dos ativos subjacentes e isso pode deteriorar o retorno ao investidor.
Outro risco é em relação à liquidez, que é quando o investidor tenta vender sua cota, mas não encontra um comprador naquele momento. Também há o risco de mercado, que é a necessidade de vender o ativo a um preço mais baixo do que foi pago.
Todavia, assim como há riscos na operação, também há a probabilidade de se obter um retorno mais significativo do que o investimento em ativos de renda fixa.
Como investir em Fundos de Infraestrutura?
Por se tratar de um segmento novo, ainda há poucas opções de investimentos no mercado. No entanto, para se adquirir uma cota do fundo, é simples: basta que o investidor tenha uma conta em uma corretora de valores.
Posteriormente, é só procurar as opções listadas na B3. Algumas gestoras, como a Bocaina Capital, possuem alternativas como o BODB11 que tem um risco mais controlado.
Todos os Fundos de Infraestrutura na Bolsa de Valores possuem o final 11. Alguns, porém, são restritos a investidores qualificados, ou seja, aqueles que possuem ao menos R$ 1 milhão investidos.
Assim como outras opções de FIIs, ele paga uma renda recorrente aos investidores e, por essa razão, apesar das oscilações na cotação, é uma boa oportunidade para quem quer construir renda passiva.
Vale a pena investir em Fundos de Infraestrutura?
Por se tratar de um fundo de renda variável, é necessário que o investidor considere o risco relacionado ao investimento. Nesse sentido, essa não é a alternativa mais indicada para quem possui um perfil conservador.
Porém, para investidores com perfil mais moderado, e até mesmo agressivo, essa é uma opção atraente uma vez que possibilita o investimento em um setor com possibilidades de crescimento.
Ademais, é uma maneira de investir de forma diversificada mesmo tendo pouco capital, visto que cada cota carrega uma grande variedade de ativos.
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Os fundos de infraestrutura são uma opção para investidores que querem investir no setor de concessões. Esses fundos foram lançados em 2020 e, por conta do Marco Legal do Saneamento Básico, se tornaram uma alternativa atraente para investidores com perfil moderado e arrojado.
Há diversos fundos de infraestrutura listados na Bolsa de Valores, sendo que os principais deles são o ORAMA INFRA com ticker OGIN11, FIC FI RB ES com ticker RBIF11, Sparta CDII com ticker CDII11 e o Sparta Infra com ticker JURO11.
O desempenho dos fundos de investimento em infraestrutura costuma variar de acordo com os anos por serem uma opção de renda variável, por isso não há opções melhores que as outras. No entanto, os que se destacaram nos últimos anos foram BODB11, BIDB11, KDIF11, e XPID11.
O fundo de infraestrutura funciona como qualquer outro tipo de fundo de investimento imobiliário, ou seja, o investidor adquire uma cota do fundo e quem escolhe os ativos que vão compor a carteira é o gestor responsável por ele.
Investir em infraestrutura é interessante, pois possibilita ao investidor aplicar recursos em uma área que vai gerar empregos, crescimento econômico, aumento da competitividade do país no mercado internacional e melhorar a qualidade dos serviços públicos.