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Renda fixa: ‘o grande vencedor histórico no Brasil é o juro real’, aponta Felipe Miranda; veja 4 títulos para ‘surfar’ a alta da curva de juros e buscar até IPCA + 10%

Enquanto muitos investidores aguardam a retomada da Bolsa, esta categoria de títulos premium está oferecendo retornos praticamente “imunes” à inflação

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

05 out 2023, 14:00

Imagem de vários cubos de madeira com o símbolo de porcentagem estampados. Eles estão formando uma escada. A imagem é em alusão ao investimentos de renda fixa ipca juros inflação
Reprodução: Getty Images

Com o início do ciclo de corte na taxa básica e juro brasileira, Selic, seria natural esperar uma disparada da Bolsa. No entanto, além de uma aversão a risco ainda presente entre os investidores, o que se viu foi a volta da alta na curva de juros no Brasil.

Para os ativos de risco, esta não é uma boa notícia, pois indica que os mercados já projetam a possibilidade de que os juros voltem a subir por aqui. 

Segundo Felipe Miranda, CEO da Empiricus Research, existem alguns fatores responsáveis por esse sentimento do mercado e, consequentemente, pelo comportamento da bolsa diante destas circunstâncias. 

  • Alta dos yields dos treasuries americanos, que podem dificultar a flexibilização monetária no Brasil; 
  • Descrença do mercado com a capacidade do governo em cumprir a meta de déficit zero.

Por outro lado, o analista aponta que este é um bom momento para buscar retornos acima da inflação com o que ele considera “o grande vencedor histórico no Brasil”: o juro real

Acontece que, com a alta da curva de juros, os títulos públicos indexados à inflação voltaram a oferecer prêmios de IPCA + 5,98% na NTN-B com vencimento em 2045. Na prática, isso representa um juro real de quase 6% ao ano

Para Miranda, “isso [a alta da curva de juros] é uma grande oportunidade para você garantir um juro real para sua aposentadoria, para o seu filho. Uma daquelas raras oportunidades”, afirmou o analista em sua rede social.

Essas oportunidades já começaram a aparecer, e existe uma classe de ativos da renda fixa que está oferecendo títulos premium com uma taxa bruta de IPCA + 10% ao ano

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Os investimentos de renda fixa sempre ganham; por que?

No mundo dos investimentos existe uma máxima que diz que quanto maior for o risco, maior é a chance de retorno

Entretanto, o Brasil parece ser uma exceção à regra. Por aqui, ativos de renda fixa, atrelados aos juros e à inflação costumam ter uma rentabilidade real superior ao Ibovespa, no longo prazo. 

Isso acontece porque temos um histórico de inflação alta. Assim, em alguns períodos, o Banco Central optou por subir os juros para tentar controlar a inflação. 

No geral, esse cenário de inflação e juros altos costuma ser positivo para renda fixa, pois esses títulos têm remuneração atrelada à Selic, CDI ou IPCA mais uma taxa de juros

Ou seja, quanto mais a inflação sobe, maior é a rentabilidade dos títulos atrelados ao IPCA. A regra é basicamente a mesma para os investimentos que remuneram de acordo com a Selic e CDI — que segue de perto a taxa básica de juros. 

Já para os ativos de risco, essa dinâmica é bastante negativa. Tanto a inflação quanto a alta dos juros tendem a fazer com que as ações caiam. Não só isso, o retorno real desses ativos pode chegar a ser negativo

Duvida? Veja só o que aconteceu na última década:

  • Entre janeiro de 2013 e fevereiro de 2023, o IPCA subiu 82,18%;
  • No mesmo período, o Ibovespa teve um retorno de 71,31%

À primeira vista, não parece um rendimento ruim das ações. Mas, se você considerar que a inflação corrói o valor do dinheiro, vai perceber que, no final das contas, a rentabilidade real do índice foi de -6%

Ou seja, no acumulado de 10 anos, a Bolsa perdeu para a inflação. Por outro lado, os ativos com remuneração de 100% CDI, tiveram um retorno bruto de 135%

Descontando a inflação do período, a rentabilidade real desses títulos de renda fixa foi de 29%.

Ficou surpreso? Pois saiba que o retorno dos títulos atrelados à Selic e ao CDI podem ser pequenos comparados à rentabilidade dos ativos IPCA + juros

Essa categoria de títulos oferece aos investidores uma taxa pré-fixada, corrigida pela inflação. Assim, imagine que, ao longo da última década, você tivesse investido em um ativo cuja remuneração era de IPCA + 4% ao ano

Considerando que no período a inflação foi de 82,14%, temos um IPCA de 6,18% ao ano. Dessa forma, o retorno anual do título seria de 10,4%

Entretanto, levando em conta que esses ativos rendem a juros compostos, nos últimos 10 anos, esse título IPCA + 4% teria apresentado uma rentabilidade real de 47%.  

É claro que esse é apenas um exercício para você entender o potencial de retorno que um título atrelado à inflação pode gerar. 

Além disso, retornos passados não são garantia de retornos futuros. Contudo, o cenário de alta dos juros americanos e incertezas fiscais internas levaram a uma nova alta na curva de juros futuros.

E, com isso, ativos atrelados à inflação voltaram a oferecer prêmios bastante atrativos.

IPCA + 10%: veja como investir em títulos premium

Como você viu, no longo prazo, os ativos atrelados à inflação costumam ter um retorno real superior ao do Ibovespa

E se um ativo com retorno IPCA + 4% pode gerar uma rentabilidade real de 47%, imagine um título com duração de 3 anos e meio que paga IPCA + 10%

Trata-se de um ativo premium que, no longo prazo, deve continuar pagando prêmios superiores ao Ibovespa. Em geral, esses títulos não estão disponíveis para o investidor comum. 

Contudo, o Grupo Empiricus resolveu facilitar o acesso do investidor pessoa física a estes títulos premium.

Além de poder investir nestes ativos por meio da Empiricus Investimentos, você também recebe o relatório com a recomendação de mais 3 títulos premium de forma gratuita

Para acessar é muito simples, basta clicar neste link e seguir as instruções. Além disso, uma vez que você fizer esse passo a passo, poderá receber mensalmente as atualizações dessa carteira, sem nenhum custo. 

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Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.