Os mercados amanheceram com um tom levemente negativo nesta terça-feira (17).
O grande tema global continua sendo as atrocidades cometidas pelo grupo terrorista Hamas contra Israel, apesar dos impactos do conflito nos mercados continuarem limitados até agora.
Na quinta-feira (12), o índice de preços ao consumidor nos EUA veio levemente acima do esperado (0,4% versus 0,3%). O destaque negativo foi o núcleo de serviços que apresentou um crescimento de preços acima das expectativas.
Nesta manhã, o indicador de vendas do varejo mostrou o dobro da variação esperada para o mês de setembro (0,7% m/m versus 0,3% esperado), além de revisões para cima de leituras anteriores. O grupo de controle, tido como uma medida mais precisa do consumo americano, ficou em 0,6% m/m, muito acima do 0,1% m/m esperado pelos economistas.
O indicador adicionou um viés ainda mais otimista para a atividade americana no terceiro trimestre deste ano, e impulsiona as discussões sobre uma possível mudança estrutural de nível de produtividade nos EUA. Após a divulgação do dado, o mercado voltou a atribuir uma pequena probabilidade de alta de juros na reunião do dia 1º de novembro. O cenário base, contudo, continua sendo de que o Fed já tenha terminado este ciclo de alta de juros.
No Brasil, o IPCA de setembro, divulgado na semana passada, veio abaixo das estimativas de mercado. A mediana das projeções apontava para uma alta de 0,33% m/m, enquanto o IBGE divulgou um crescimento de 0,26% m/m. A comparação anual continua sendo impactada pelo efeito base em decorrência do corte de impostos dos combustíveis no ano passado.
Do lado mais positivo, tivemos redução da contribuição dos grupos de não duráveis, com deflação de alimentos, e semiduráveis. O índice de difusão também caiu para um dos menores patamares históricos, o que indica uma redução generalizada dos preços da cesta do indicador.
O grupo de serviços também recuou e a média móvel de três meses dessazonalizada continua mostrando tendência de queda do índice de inflação brasileira.
Seguimos preferindo títulos prefixados de curto prazo e títulos indexados à inflação para o longo prazo
Como temos argumentado aqui há algum tempo, a dinâmica de inflação doméstica continua mostrando espaço para que o Banco Central prossiga com reduções de 50 pontos-base na Selic nas próximas reuniões. A grande restrição deste ciclo de queda de juros é o comportamento da taxa de juros de 10 anos dos EUA que, nesta manhã, ultrapassou o nível de 4,8% ao ano.
A decisão de comprar títulos de renda fixa prefixados, portanto, implica necessariamente em acreditar que estamos no final do movimento de alta das taxas globais. Não é óbvio, mas quando for, os preços certamente serão outros.
Continuamos gostando dos prefixados de curto prazo e buscando oportunidades em títulos indexados à inflação de longo prazo isentos de imposto de renda.
Antes de terminarmos, uma breve lembrança: hoje é o último dia para participar da 3ª emissão do BDIF11. Para aqueles investidores que ainda não tem uma posição no fundo ou que precisam rebalancear a parcela de juros reais do seu portfólio, recomendamos a entrada na emissão. O relatório completo sobre a oferta pode ser visto neste link.
Cardápio de renda fixa da semana
Características do CDB prefixado do Banco Pan | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 17/04/2025 (731 dias corridos) |
Rentabilidade bruta anual | 11,05% |
Tributação | 15% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 15h |
Características do CDB prefixado do Banco Sofisa | |
Classificação de risco da instituição | Fitch: brAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Sofisa |
Aplicação mínima | R$ 1 |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 17/10/2024 (366 dias corridos) |
Rentabilidade líquida | 11,8% |
Tributação | 17,5% |
Pagamento de juros | Não |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 22h |
Para a sua reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar no curtíssimo prazo, recomendamos o Tesouro Selic, disponível na plataforma do Tesouro Direto, ou fundos DI taxa zero.