O fundo de debêntures incentivadas listado da Sparta, JURO11, lançado em dezembro de 2021, está promovendo a sua 5ª emissão no valor de R$ 500 milhões. Caso a oferta seja absorvida em sua totalidade, o fundo deve chegar a um patrimônio líquido de R$ 982 milhões.
O JURO11 é um fundo com características bastante diferentes dos seus pares. Por isso, antes de falarmos dos principais pontos da oferta, vamos relembrar brevemente alguns aspectos importantes e observar a performance do fundo até aqui.
O JURO11 é um fundo de debêntures incentivadas da Sparta, listado em bolsa, destinado a investidores em geral e com objetivo de retorno de 1,5% a 2,5% acima do IMAB5. O fundo cobra uma taxa de administração de 1% ao ano sobre o patrimônio líquido e não possui taxa de performance.
Veja os ativos do JURO11
Além disso, o JURO11 tem hoje 49 ativos de 38 emissores no portfólio. O carrego do fundo é de IPCA+ 7,6%, a duration de crédito de 5,6 anos e um rating médio AA+. Na tabela abaixo podemos ver todos os ativos na carteira de setembro deste ano.
Diferentemente de seus pares, além de uma gestão bastante ativa de compra e venda das debêntures do portfólio, o JURO11 pode ter 100% da sua carteira em CDI através de uma operação de swap. A medida troca a exposição do investidor ao índice de inflação (IPCA) para um portfólio pós-fixado.
Esse potencial de troca de indexador busca gerar retorno ao cotista e potencialmente reduzir a volatilidade em momentos, por exemplo, em que a variação do IPCA venha a ser negativa e haja uma força vendedora no mercado ocasionada pela expectativa de queda de rentabilidade do fundo.
Foi o que ocorreu no terceiro trimestre de 2022 quando a inflação foi negativa devido ao corte de impostos nos combustíveis. Nesse período, o rendimento mensal dos pares do JURO11 foi impactado negativamente pela queda do IPCA, enquanto o fundo da Sparta manteve as distribuições relativamente estáveis nessa época.
Por outro lado, o fundo condiciona o pagamento de rendimentos ao nível da cota patrimonial superior a R$100,00. Devido ao stress nos mercados ocasionados pela quebra de bancos americanos, em março deste ano, não houve pagamento de proventos aos cotistas.
Histórico de proventos
Abaixo é possível ver o histórico de distribuições e o rendimento (dividend yield) anualizado dos últimos 12 meses do fundo.
No gráfico a seguir, é notório que a gestão ativa (marcação crédito) contribuiu substancialmente para o retorno entregue ao cotista.
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Vale a pena participar da oferta do JURO11?
Pois bem, agora vamos aos detalhes da oferta em campo do JURO11.
A atual oferta tem como objetivo adicionar um pipeline robusto de títulos com uma ótima relação de risco e retorno, além de aproveitar o bom momento de mercado para aumentar a liquidez do fundo. Na tabela a seguir, podemos ver o pipeline indicativo da oferta.
Segundo o gestor, a média de expectativa de retorno dos títulos entrantes é de IPCA+8% e um spread de 2,1% (considerando os preços de mercado da terceira semana de outubro).
Dado o perfil ativo do fundo, os títulos que entrarão na carteira são quase todos negociados no mercado secundário. Por isso, a expectativa do gestor é de que todo o dinheiro levantado na emissão seja alocado pouco tempo depois do fim da oferta, ainda no mês de dezembro.
A oferta também garante ao gestor a flexibilidade de alocar até um terço do fundo em debêntures não incentivadas durante os primeiros seis meses. Sendo assim, alguns dos papéis entrantes são títulos não-isentos que se apresentam como ótimos preços de compra.
Por fim, a gestora assumiu os custos de coordenação da oferta, por isso, o valor da emissão será de R$ 104,98, já considerando a taxa de distribuição. Levando em conta o preço da cota de mercado de R$ 105,90, recomendamos a entrada na emissão.
Como mostra o cronograma indicativo abaixo, o investidor terá até o dia 3 de novembro para exercer o seu direito de preferência.