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Resultado de BR Partners (BRBI11) vem pouco acima da expectativa, sustentado por importante recuperação do Investiment Banking

Um pouco mais de dois anos após seu IPO, BR Partners vai se consolidando como uma tese “quality”, com bom nível de rentabilidade.

Por Larissa Quaresma, CFA

12 nov 2023, 22:31 - atualizado em 12 nov 2023, 22:31

BR Partners BRBI11
Imagem: Divulgação/ BR Partners

O resultado do BR Partners (BRBI11) veio marginalmente acima da expectativa, apoiado por uma importante recuperação na vertical de Investment Banking.

Lucro cresceu 21% anualmente e ROE ficou em 20,3%

O lucro líquido foi de R$ 40 milhões, expansão trimestral de 4% e 21% anualmente, com um ganho sequencial de 0,9 p.p. no ROE, para 20,3%, um bom patamar.

A receita foi impulsionada pelas verticais de clientes, que no agregado cresceram 8%, em contraste à receita de remuneração do capital (-7%), composta pelos retornos do capital próprio investido em CDI e nos títulos de renda fixa que a companhia “encarteira” durante o processo de assessoria. Com isso, a receita total foi de R$ 107 milhões, expansão sequencial de 4%.

Dentre as verticais de clientes, o Investment Banking+CM, que agora inclui M&A, reestruturação de dívida e emissões de renda fixa, foi o destaque positivo de BR Partners: alta de 14%. Aqui, o mix continua migrando dos M&As em direção às reestruturações de dívida, e dos títulos de infraestrutura para aqueles relacionados ao mercado imobiliário. Por outro lado, o Treasury Sales & Structuring teve um desempenho mais fraco (-12%), em razão do adiamento de emissões de mercado de capitais, diminuindo a demanda pelos swaps oferecidos pela companhia.

O índice de eficiência de BR Partners, que relaciona as despesas operacionais com a receita total, ficou em 44,1%, uma leve piora em relação ao trimestre anterior. Por sua vez, o índice de remuneração, que relaciona despesas de pessoal com as receitas, ficou em 26%, deterioração trimestral de 1 ponto percentual. Durante a teleconferência de resultados, os executivos sinalizaram que o comportamento desses indicadores é natural diante da natureza do negócio de Wealth Management, a nova vertical lançada pela companhia e que é mais intensiva em capital humano. Diante da expansão planejada para a linha de negócio, o índice de remuneração deve subir, mas ficar abaixo de 30%.

Por fim, a companhia declarou o pagamento de dividendos de R$ 0,66/unit, o que representa um yield de 5,2%, considerando o preço de fechamento anterior ao anúncio.

Como avaliamos o resultado de BR Partners (BRBI11)?

Um pouco mais de dois anos após seu IPO, BR Partners vai se consolidando como uma tese “quality”, com bom nível de rentabilidade e ainda com avenidas de crescimento promissoras. Negociando a 7,7x seu lucro estimado para 2024, BR Partners (BRBI11) está presente em diversas carteiras recomendadas da Empiricus Research.

Sobre o autor

Larissa Quaresma, CFA

Analista de Ações focada em Bancos e Instituições Financeiras, integra a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Mais de 5 anos de experiência em análise de empresas, com passagens pela Núcleo Capital e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, com certificações CFA, CNPI e CGA.