Esta semana começou com um tom marginalmente negativo para os mercados globais após a agência de rating Moody´s ter revisado a perspectiva dos EUA de estável para negativa.
A agência mencionou a queda na qualidade de crédito do país na ausência de polícias fiscais que visam reduzir os gastos ou aumentar as receitas do governo. No Documento, a Moodys ainda mencionou o fardo dos juros mais altos no estoque de dívida americana.
O indicador mais esperado da semana foi divulgado nessa manhã. O índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA ficou estável em relação ao mês anterior, abaixo das estimativas de alta de 0,1% m/m. A medida de núcleo também ficou abaixo das expectativas dos analistas (0,2% versus 0,3% m/m estimado). Na comparação anual, o núcleo arrefeceu para 4%, 10 pontos-base abaixo da última leitura.
Após a publicação do dado, os juros americanos de 10 anos passaram de 4,61% para 4,46% e o de 2 anos caíram de 5,02% para 4,84%. O dado também movimentou o mercado de moedas, intensificando a queda do índice DXY e acelerando os ganhos das moedas emergentes.
Em relação aos próximos passos do banco central americano, o CPI divulgado há pouco traz conforto às autoridades para manterem os juros (Fed Funds) inalterados na última reunião do ano. Contudo, o Comitê de Política Monetária deve manter o tom cauteloso na reunião de dezembro sem descartar completamente novas altas nas taxas.
No início desta tarde (14), o mercado precifica um corte de 50 pontos-base na reunião de julho e cerca de 30% de chance de um corte no primeiro trimestre de 2024. Esse cenário ainda está longe de ser consenso, mas vem ganhando força nos últimos dias.
No Brasil, o IBGE divulgou na última sexta-feira (10) o IPCA de outubro. O índice de preços mostrou uma variação de 0,24% m/m, abaixo das estimativas dos economistas, que era de 0,29% m/m.
Além do número cheio, a composição continua benigna, mostrando a continuação da tendência de queda do grupo de serviços e das medidas de núcleo. Entre os destaques, a queda da contribuição dos preços administrados como gasolina e energia elétrica compensaram um aumento na margem de preços de alimentos in natura.
Vale ainda destacar que o aumento da contribuição de itens semiduráveis como roupas e calçados sofre efeitos sazonais importantes e devem mostrar um arrefecimento no IPCA de novembro devido às promoções de Black Friday.
Outro fator importante para a inflação doméstica é um possível corte de preços da gasolina devido a recente queda dos preços da commodity no cenário internacional. Essa possível revisão deve gerar novas quedas das estimativas de IPCA neste ano.
Ademais, desde o primeiro corte na Selic, o real entregou um retorno total de cerca de 2,2%. Esse comportamento positivo da moeda brasileira também corrobora um cenário benéfico de inflação de itens comercializáveis e amplia o espaço para o Banco Central (BC) perseguir uma Selic de um dígito ao final do ciclo.
Como temos falado aqui, o orçamento de corte de juros do BC é amplamente condicionado ao movimento das taxas de juros nos EUA. Se o mercado continuar caminhando para um cenário de corte no Fed Funds no primeiro trimestre de 2024, voltaremos a discutir uma aceleração no ritmo de queda da Selic. Por isso, ainda gostamos de títulos prefixados de curto prazo.
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Veja o cardápio de títulos de renda fixa recomendados nesta semana
Características da LCA prefixada do BTG Pactual | |
Classificação de risco da instituição | Standard and Poor’s: AAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Empiricus Investimentos |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | Até o final do estoque |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 14/11/2024 (366 dias corridos) |
Rentabilidade anual | 9,9% |
Tributação | Isento |
Pagamento de juros | No vencimento |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h |
A taxa líquida da LCA do Banco BTG Pactual é equivalente a uma taxa bruta de 12,1% ao ano.
Características da LCI prefixada Banco ABC | |
Classificação de risco da instituição | Fitch: brAAA |
Público-alvo | Investidores em geral |
Onde encontrar | Banco ABC do Brasil |
Aplicação mínima | R$ 1 mil |
Aplicação máxima | – |
Liquidação | D+0 |
Vencimento (prazo) | 25/11/2024 (377 dias corridos) |
Rentabilidade anual | 9,9% |
Tributação | Isento |
Pagamento de juros | No vencimento |
Resgate | No vencimento |
Garantias | Fundo Garantidor de Créditos (FGC) |
Horário limite de aplicação | 17h |
A taxa líquida da LCI do Banco ABC do Brasil é equivalente a uma taxa bruta de 12,1% ao ano.
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