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Ethereum 2.0: entenda tudo sobre o criptoativo que vai mudar e você tem a chance de lucrar

O processo de atualização, dividido em quatro etapas, começou em dezembro de 2020. Saiba o motivo dessa mudança, como ela é feita e de que jeito você pode ganhar com isso.

Por Leonardo Cavalcanti

21 maio 2021, 13:10

Criado em 2014, o Ethereum é uma plataforma de computação global que viabiliza contratos inteligentes, o desenvolvimento de inúmeros aplicativos e as finanças descentralizadas (DeFi). Essa plataforma é dotada da tecnologia blockchain, que faz o registro de informações e transações – conhecido como protocolo de confiança. 

O ether (ETH) é o ativo digital da plataforma Ethereum e há muitos anos ocupa a segunda posição no mundo em valor de mercado, atrás do bitcoin (BTC). Mas, no dia a dia, o nome da plataforma costuma ser usado para se referir a sua própria moeda digital.  

A plataforma Ethereum é uma rede democrática, livre e que não depende de intermediários centrais, que tem crescido de forma acelerada. 

DeFI – uma nova fronteira

Hoje, há muitas aplicações, pesquisas em andamento e novos projetos rumo a uma economia cada vez mais descentralizada

A possibilidade de realizar operações financeiras por meio de acordos imutáveis e protegidos por meio de criptografia abre um campo promissor quando se trata de finanças. Além da enorme facilidade, pois cada transação só acontece caso ambas as partes se submetam a um acordo pré-programado. Isso é válido para investimentos, empréstimos, seguros, câmbio e muito mais – sem precisar de um agente centralizador.

Para você ter uma ideia, é possível programar a venda de uma ação no momento que ela atingir um preço pré-estabelecido ou quando a cotação dela superar X% de determinado benchmark. 

Essa é uma das principais áreas que têm turbinado o Ethereum. 

Ethereum 2,0 – para crescer, atualização é fundamental

No ano passado, a rede Ethereum enfrentou um forte congestionamento e o setor de finanças descentralizadas foi o grande responsável, segundo o analista André Franco, que lidera as séries Crypto Legacy e Exponential Coins da Empiricus. 

De acordo com ele, como existem inúmeras oportunidades de arbitrar preços de ativos, houve criação de bots para atuar na plataforma. Assim, houve um aumento expressivo das taxas de validação no Ethereum, inviabilizando economicamente inúmeros projetos construídos sobre a rede. Veja abaixo:

Gráfico, Gráfico de linhasDescrição gerada automaticamente

Esse boom de DeFi foi o segundo momento crítico enfrentado. Em 2017, a febre das ofertas iniciais de moedas – ICOs (Initial Coin Offering), que captam recursos para projetos diversos com a tecnologia blockchain, havia feito a plataforma atingir o seu pico de capacidade. A situação veio a se normalizar quando os “ICOs caíram nas garras do Bear Market”, como disse André.

“A ambição de se tornar um computador mundial empurrou a rede até o seu limite. A capacidade atual de 15 transações por segundo se mostrou incapaz de servir como uma infraestrutura escalável. Por isso, foi definido um grande projeto de mudanças”, explica. 

A atualização para Ethereum 2.0 busca assegurar a sua escalabilidade e aumentar a segurança e a eficiência energética

O processo de atualização é dividido em quatro etapas, começou em dezembro de 2020. A segunda fase será iniciada em julho deste ano. A conclusão está prevista para 2023. 

No que consiste a atualização do Ethereum?

Hoje, a validação das transações é feita através do chamado Proof-of-Work (PoW), em que, por meio de poder computacional, um problema criptográfico é solucionado. “Os validadores são as pessoas ou empresas que empenham seus poderosos computadores resolver esses problemas criptográficos e manter a rede ativa. Em troca disso, são remunerados“, explica André Franco. Esse tipo de validação representa elevado consumo de energia. 

Mas, o que vai mudar na versão 2.0? A atualização irá substituir o PoW pelo Proof of Stake (PoS).

Na explicação de André: “Stake é o ato de ceder ativos para ficarem retidos na rede por um período. Isso vai permitir que qualquer pessoa se torne um validador ao fazer stake de 32 ETH e não haverá necessidade de equipamentos robustos”. 

Em outras palavras, o depósito de 32 ETH ficará como uma garantia para assegurar a honestidade do validador. Ao executar o trabalho corretamente, ele receberá sua recompensa. Já aquele que não atuar de forma adequada será penalizado e cortado. Essa mudança, aumentará a segurança e a eficiência do processo de validação. 

Investir no Ethereum vale a pena? 

Ethereum está nas carteiras de criptomoedas lideradas pelo André Franco, com pesos significativos. 

Apesar dos problemas enfrentados de congestionamento na plataforma e da complexidade envolvendo sua atualização, André Franco enxerga um alto potencial para ETH. 

Ele avalia que o time e as entidades por trás da rede estão à altura do desafio, ainda que alguns atrasos possam ocorrer nesse processo de mudanças. 

Logicamente nesse segmento as mudanças são constantes, porém o analista destaca que o Ethereum está em outro patamar em relação a seus concorrentes.

“Uma de nossas principais apostas continua sendo na rede Ethereum, onde residem os principais protocolos (aplicações) e, principalmente onde tem surgido a maioria das inovações”, conclui André. Na versão 2.0, a plataforma terá condições de ganhar escala com qualidade. 

Considerando somente DeFi, finanças descentralizadas, que buscam ser alternativas ao que existe no mercado financeiro tradicional, o avanço será gigantesco. 

Então, vale a pena o investimento em ETH.

Caso queira saber mais sobre o mundo dos criptoativos, convido você a conhecer as séries Crypto Legacy e Exponential Coins do analista da Empiricus André Franco clicando aqui. Você terá acesso ao canal de notícias quentes do telegram, relatórios e cursos sobre o assunto. No momento, você pode até receber um bônus de R$ 100 para investir em criptomoedas, um uma parceria que a Empiricus tem com o Mercado Bitcoin.

Sobre o autor

Leonardo Cavalcanti

Jornalista em formação pela Universidade Prebisteriana Mackenzie, e atleta da equipe "Pacto Mackenzie" de rugby. Redator da Empiricus, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu".