Existem muitos investimentos, principalmente no mercado imobiliário, que estão disponíveis no Brasil, sendo um dos mais atrativos a Cédula de Crédito Imobiliário.
Ainda que investir na Cédula de Crédito Imobiliário seja uma boa opção, essa é uma estratégia acessível para uma pequena parte da população, uma vez que necessita de uma grande quantia de capital.
O que é a Cédula de Crédito Imobiliário?
A Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), é um título de crédito que representa um investimento no setor imobiliário. Ela é emitida com base em uma dívida imobiliária, significando um direito a crédito.
Esse título pode ser comprado por investidores diretamente na B3 e, ao fazer isso, eles adquirem o direito de receber as prestações e juros relacionados a essa dívida, que seriam pagos ao credor original.
Vale dizer que a CCI é diferente da LCI, que não é negociada na B3, mas sim emitida por uma instituição financeira, e que tem como garantia o FGC.
Assim sendo, a principal finalidade do CCI é facilitar e simplificar a cessão de crédito imobiliário. Isso significa que ela permite a transferência do direito de receber pagamentos de uma dívida imobiliária de um credor para outro.
Este processo pode ser com ou sem garantia, dependendo das condições específicas da cédula emitida. Como um tipo de título de renda fixa, a CCI representa uma opção de investimento no mercado financeiro.
Também é importante não confundi-la com os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e nem Fundos Imobiliários (FIIs), que apesar de serem negociados na B3, representam outro tipo de investimento.
Como funciona a Cédula de Crédito Imobiliário?
Por ser considerada um título de renda fixa, a CCI integra a categoria de ativos financeiros da B3, portanto é pela Bolsa de Valores que ela é comercializada. Dessa forma, há um registro da CCI para que ela seja negociada.
De modo simples, um investidor adquire a dívida, paga o valor no ato por ela e depois a recebe fracionadamente acrescida de uma taxa de juros. Isso quer dizer que o credor vai receber juros por antecipar o dinheiro.
Uma das características desse investimento é que a emissão da dívida pode ser fracionada a vários compradores, ou então, ser comercializada integralmente pelo credor, podendo se referir somente a uma parte do crédito ou ao valor total.
A partir de 2020, a B3 passou a permitir que as CCIs pudessem ser emitidas digitalmente, o que eliminou o uso do papel e deixou o processo mais rápido e menos burocrático.
Assim sendo, o processo de registro atualmente é feito em meio eletrônico, sendo que todo o trâmite, incluindo emissão do título e sua entrada no cartório de imóveis, seja feita no prazo de apenas 1 dia.
Vantagens de investir em Cédula de Crédito Imobiliário
A principal vantagem desse tipo de investimento é que o investidor passa a ter o recebimento de uma renda durante um determinado período, acompanhada de uma taxa de juros que muitas vezes é bastante atrativa.
Além disso, ele está disponível para pessoas físicas, não sendo necessário ter uma empresa para fazer o investimento.
A taxa de juros paga para quem faz a antecipação pode ser realizada de forma pré ou pós-fixada. No caso da taxa prefixada, o investidor já sabe o quanto receberá no momento da compra do título.
Já quando a taxa é pós-fixada ela acompanha algum indicador econômico que comumente pode ser a taxa Selic ou o CDI, e a remuneração fica condicionada à variação desses indicadores.
CCI prefixada o pós-fixada?
Por se tratar de um investimento de longo prazo, para definir entre uma ou outra opção é necessário avaliar a expectativa da taxa básica de juros da economia.
Quando houver a expectativa de queda na taxa selic é mais indicado o investimento prefixado. Por outro lado, quando a expectativa for de alta na taxa selic ao longo do tempo, o investimento pós-fixado pode ser mais atraente.
Porém, apesar de ser considerado um título de renda fixa, não há proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), mas isso não significa que o investimento seja de risco.
Vale destacar que para o devedor a rotina de pagamentos não se altera, uma vez que ele continua com a obrigação de pagar as parcelas em dia durante o tempo de contrato. A única mudança é que o valor recebido vai para quem adquiriu a CCI.
Importância da Cédula de Crédito Imobiliário para o mercado
A Cédula de Crédito Imobiliário possibilita que o mercado de imóveis se fortaleça, uma vez que os bancos podem ampliar a oferta de crédito, pois não trabalham somente com recursos próprios.
Ainda que não tenha a garantia do FGC, esse é um investimento considerado de baixo risco, visto que se o devedor não pagar o valor devido, o imóvel vai a leilão e o dinheiro é usado para o pagamento do credor.
No entanto, apesar de ser um investimento atraente, ele ainda não está disponível para grande parte dos investidores, uma vez que exige um grande volume de capital.
Foi possível entender o que é a Cédula de Crédito Imobiliário? Então deixe o seu comentário, sua sugestão e compartilhe essa matéria com seus amigos nas suas redes sociais!
A emissão da CCI é geralmente feita por instituições financeiras, como bancos que oferecem financiamentos imobiliários. Pode ser emitida de forma escritural ou cartorial, e pode ser fracionada a vários compradores ou comercializada integralmente pelos bancos.
A CCI é emitida pelo credor do crédito imobiliário, que na maioria dos casos são instituições financeiras. A emissão pode ser integral (representando a totalidade do crédito cedido) ou fracionária (parte do crédito cedido).
A função principal do CCI é facilitar e simplificar a cessão de crédito imobiliário. Ela permite a transferência do direito de receber pagamentos de uma dívida imobiliária de um credor para outro.
Para descobrir o CCI de um imóvel, é necessário verificar o Registro do imóvel. A emissão da CCI será averbada na respectiva matrícula do imóvel, onde constarão o número, a série e a instituição custodiante da CCI.
O CCI de um imóvel é um título de crédito emitido a partir de uma dívida imobiliária, que concede ao comprador o direito de receber as prestações e juros do crédito imobiliário originalmente devidos ao credor.