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“A independência da Empiricus continua. O que temos de mais valioso é a confiança dos nossos clientes”, diz Felipe Miranda sobre a compra pelo BTG Pactual

Em live excepcional no Instagram, o CIO e estrategista-chefe da Empiricus esclareceu diversos pontos sobre a aquisição da Universa pelo BTG Pactual

Por Daniela Rocha

01 jun 2021, 14:11

Bastante animado, Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, fez uma live nesta segunda-feira (31/05) para responder uma série de perguntas e esclarecer as principais dúvidas sobre a compra do grupo Universa – que engloba a casa de análise, a Vitreo, os portais Seu Dinheiro e Money Times, além do aplicativo Real Valor – pelo BTG Pactual. 

O banco divulgou fato relevante ao mercado sobre a transação, que também foi destacada por inúmeros veículos de comunicação do país. 

No Instagram dele (ofelipe_miranda), a conversa com clientes e seguidores foi direta e descontraída. 

A independência é o ativo mais valioso

O principal questionamento feito foi se a Empiricus irá manter a independência em suas análises e recomendações a partir desse deal. Algumas pessoas manifestaram na rede social receio em relação a uma possível mudança de rumo. E a resposta do Felipe foi enfática: “A independência da Empiricus continua. O que temos de mais valioso é a confiança dos nossos clientes. Esse é o nosso maior ativo e não será jogado fora. Eu não vou dar um tiro no pé.”

Ele ressaltou que o contrato firmado prevê a manutenção das operações da Universa integralmente separadas do banco. “Está preservada a independência editorial, de precificação e de lançamentos de produtos. Tudo isso está registrado em contrato, assim como nas conversas olhos nos olhos e no aperto de mão que tive com André Esteves (um dos fundadores e senior partner do BTG)”, afirmou. 

Em relação à Vitreo, a DTVM prosseguirá com corretagem zero, fundos com os mesmos rebates, dentro do modelo que visa total transparência, garantindo a ausência de conflito de interesses. 

Momento de construir a melhor plataforma de investimentos 

 Seguindo essa linha de total independência, ele disse que o objetivo a partir de agora é construir a melhor plataforma de investimentos do Brasil, com múltiplos serviços para as pessoas físicas. 

Vamos explorar sinergias. Por exemplo, se o BTG lançar uma debênture, poderemos oferecer uma parcela na Vitreo para o varejo com um preço interessante. Teremos a tecnologia do BTG à nossa disposição, assim como poderemos usar o relacionamento institucional de peso do banco para lançar soluções legais”, comentou.

O Felipe acredita que existe uma avenida gigantesca de oportunidades a serem exploradas em conjunto como banking as a service, cartões, seguros e previdência. “Imagine só, acho que vou pedir para o André Esteves um cartão white label da Empiricus”, disse em tom super bem-humorado na live.

Outra dúvida dos seguidores que surgiu na live foi sobre possíveis alterações na gestão da Universa. Segundo o estrategista-chefe da Empiricus, em relação a isso não há o que se preocupar porque todos os sócios continuarão e a estrutura de management será preservada. Também foi estabelecido um compromisso formal em contrato de que os principais gestores, em especial, ele e os demais sócios-fundadores Rodolfo Amstalden e Caio Mesquita, continuarão tocando os negócios, pelo menos, nos próximos cinco anos. “Sinceramente, eu sou o Felipe Miranda da Empiricus, eu não conseguiria me divorciar nem se eu quisesse, nem da minha esposa…Rs, nem desse sobrenome que é a comunhão universal de bens com a Empiricus. Para sempre, eu vou levar isso comigo. Eu não tenho plano de sair daqui nem daqui cinco anos”, disse. 

E como ficam as recomendações de BPAC11?

Felipe Miranda ainda não tem ainda a resposta para essa questão. Ele vem recomendando ações do BTG desde que estavam cotadas a R$ 30 e já houve multiplicação por quatro desse valor. “Agora que virei sócio, devo continuar recomendando ou tenho que ficar restrito? Honestamente, eu não tenho a resposta. Gostaria que vocês me ajudassem com isso”.

Ele insistiu pela opinião dos seguidores, sendo que diversos deles apontaram que um dos caminhos que podem ser adotados é continuar cobrindo e recomendando as ações do banco, mas com disclosure, com transparência sobre a relação. 

Entretanto, Felipe já sabe que de todo modo as críticas vão surgir. “Se eu recomendar, vão falar que é porque eu sou sócio. Se eu não recomendar, vão criticar por eu não ter falado sobre a oportunidade.” Enfim, esse é um assunto que ainda será estudado. 

A primeira visita de André Esteves após a assinatura

Um dos seguidores também perguntou ao CIO da Empiricus sobre o outro lado – o que o BTG ganha com a aquisição da Universa.  “O BTG virou sócio de uma empresa que está crescendo, de um negócio que ele acredita. Ele terá o modelo 3.0 de investimentos, diferente dos agentes autônomos, e orientado pelo research”, explicou Felipe.

De acordo com ele, hoje a Empiricus tem 425 mil assinantes que estão migrando para a Vitreo, que já possui mais de R$ 11 bilhões sob custódia

Nesta segunda-feira, André Esteves visitou o escritório da Universa e participou de uma videoconferência com todos os colaboradores destacando o potencial da parceria. 

Felipe Miranda disse que já convidou Esteves para participar de uma live e comentar sobre o setor de investimentos e as expectativas dele em relação ao negócio. “Acredito que dentro de cerca de 15 dias, ele poderá participar desse bate-papo”, concluiu. 

Acompanhe outros comentários do Felipe Miranda desta live especial completa, clique aqui.

Essa live foi extraordinária. Mas normalmente o Felipe tem um encontro marcado com você no Instagram dele (ofelipe_miranda) todos os domingos às 18h30. Ele fala sobre temas quentes do mercado e ideias de investimentos.  Anote na sua agenda.

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Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.