Janeiro começou com certa correção nos mercados, após um final de 2023 com recorde histórico da Bolsa e 22% de alta no ano. No entanto, mesmo que o Ibovespa e as Bolsas americanas tenham sofrido neste início de 2024, a perspectiva para a renda variável e para novos IPOs (oferta pública inicial) é positiva neste ano, na visão da analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research.
Ela associa esse otimismo ao controle cada vez maior da inflação, tanto lá fora quanto no Brasil, o que permitiria dar continuidade ao corte de juros. “Esse prognóstico tende a favorecer bastante o apetite para risco ao longo do ano”, nas palavras de Quaresma.
“Se isso se confirmar, é um ambiente muito propício não só para IPOs, mas para follow-ons [ofertas adicionais de ações] também”, avalia.
A analista também lembra que antes da janela de ofertas públicas iniciais, o mercado começa colocando “o pé na água” para testar. “Primeiro vêm os follow-ons de empresas que já estão há muito tempo no mercado, muito conhecidas pelo investidores. E aí se os bancos tiverem sucesso nessas OPAs, pode abrir espaço para abertura de capital daquelas companhias que estavam na ‘fila’ há muito tempo”.
Reforça, ainda, que a entrada de capital estrangeiro na B3 pode se intensificar bastante também com o possível corte de juros no horizonte dos EUA. “O interesse tende a crescer não só pelo Brasil, mas por mercados emergentes em geral. Nesse caso, Brasil e México devem ter destaques por terem mais estabilidade política, democracias mais sólidas”.
Para Quaresma, nem todas as empresas interessadas em serem listadas na Bolsa brasileira são boas o suficiente para isso, mas cita três nas quais enxerga um bom potencial: O Boticário, Compass (da Cosan) e Farmácias Araújo.
Para conferir a entrevista completa com a analista sobre IPOs, clique neste vídeo: