O Ibovespa conseguiu marcar o segundo ano seguido de alta em 2023, mas engana-se quem acha que a trajetória foi fácil.
Na verdade, desde 2021, quando o Banco Central (BC) começou a aumentar a Selic, grande parte das ações brasileiras entraram em uma espiral negativa. Na verdade, não fossem pelas commodities que ajudaram Petrobras, Vale e as siderúrgicas, o Ibovespa teria caído em 2022.
Naturalmente, a liquidez secou, o dinheiro começou a migrar para a renda fixa, os M&As minguaram e os IPO’s viraram sonho distante.
BR Partners teve que mostrar capacidade de adaptação ao cenário adverso
Isso foi um problema para o BR Partners (BRBI11), que tinha praticamente toda a sua receita ligada ao Investment Banking (IPO’s, assessoria em M&As, etc), o que levou a companhia a procurar alternativas para enfrentar esse período de “vacas magras”.
A capacidade de adaptação é fundamental para atravessar esses momentos e, com essa característica aflorada, o banco enxergou na migração do mercado para produtos de renda fixa e estruturação de dívida uma oportunidade, e implementou essa divisão em sua operação.
Esse foi um fator decisivo para a companhia conseguir minimizar o impacto da queda relevante da receita de Investment Banking, que representava grande parte do total.
Ciclo que se inicia deve ser favorável para o BR Partners
Mas depois de alguns anos difíceis, ao que tudo indica as coisas devem voltar a ficar mais “fáceis”.
Com um processo de afrouxamento monetário global liderado pelo Banco Central brasileiro, a melhora do ânimo dos investidores já começa a ser notada. O rally no fim de 2023 e maior apetite pela renda variável são provas desse momento.
Se antes o dinheiro rendia mais nos CDBs, LCA/LCIs, e títulos do tesouro, agora os investidores tendem a aportar um pouco mais nas classes com maior risco para tentar uma rentabilidade polpuda.
Essa transferência tem acontecido gradualmente e o processo deve ganhar força conforme a melhora macro se confirme.
Depois de alguns anos com pouquíssimos M&As e nenhum IPO, devemos começar a ver uma retomada dessas atividades, por conta do cenário favorável desenhado pelos cortes na Selic e indícios de redução dos juros também nos Estados Unidos, o que além de contaminar o humor positivo ao redor do mundo, também ajuda a distribuir parte do capital estrangeiro investido em renda fixa lá fora para os países emergentes.
Aliás, essa é uma pauta que tem ganhado destaque nos veículos jornalísticos e parece já estar causando algum fluxo positivo para as ações do BR Partners neste começo de ano, que deve ser uma das companhias mais beneficiadas desse processo.
Com perspectivas positivas para a retomada das atividades em sua principal linha de negócios e um ótimo posicionamento no mercado, o BR Partners (BRBI11) segue recomendado pela Empiricus Research.
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