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Depois da tempestade, cenário volta a ser favorável para o BR Partners (BRBI11); entenda

Depois de mostrar capacidade de adaptação ao cenário adverso, BR Partners deve ter ciclo favorável à frente para capturar.

Por Richard Carboni Camargo

18 jan 2024, 13:14 - atualizado em 22 jan 2024, 15:29

BR Partners (BRBI11)
Imagem: Divulgação/BR Partners

O Ibovespa conseguiu marcar o segundo ano seguido de alta em 2023, mas engana-se quem acha que a trajetória foi fácil

Na verdade, desde 2021, quando o Banco Central (BC) começou a aumentar a Selic, grande parte das ações brasileiras entraram em uma espiral negativa. Na verdade, não fossem pelas commodities que ajudaram Petrobras, Vale e as siderúrgicas, o Ibovespa teria caído em 2022

Fonte: Banco Central do Brasil.

Naturalmente, a liquidez secou, o dinheiro começou a migrar para a renda fixa, os M&As minguaram e os IPO’s viraram sonho distante.

BR Partners teve que mostrar capacidade de adaptação ao cenário adverso

Isso foi um problema para o BR Partners (BRBI11), que tinha praticamente toda a sua receita ligada ao Investment Banking (IPO’s, assessoria em M&As, etc), o que levou a companhia a procurar alternativas para enfrentar esse período de “vacas magras”. 

A capacidade de adaptação é fundamental para atravessar esses momentos e, com essa característica aflorada, o banco enxergou na migração do mercado para produtos de renda fixa e estruturação de dívida uma oportunidade, e implementou essa divisão em sua operação. 

Esse foi um fator decisivo para a companhia conseguir minimizar o impacto da queda relevante da receita de Investment Banking, que representava grande parte do total.

Ciclo que se inicia deve ser favorável para o BR Partners

Mas depois de alguns anos difíceis, ao que tudo indica as coisas devem voltar a ficar mais “fáceis”

Com um processo de afrouxamento monetário global liderado pelo Banco Central brasileiro, a melhora do ânimo dos investidores já começa a ser notada. O rally no fim de 2023 e maior apetite pela renda variável são provas desse momento. 

Se antes o dinheiro rendia mais nos CDBs, LCA/LCIs, e títulos do tesouro, agora os investidores tendem a aportar um pouco mais nas classes com maior risco para tentar uma rentabilidade polpuda

Essa transferência tem acontecido gradualmente e o processo deve ganhar força conforme a melhora macro se confirme. 

Depois de alguns anos com pouquíssimos M&As e nenhum IPO, devemos começar a ver uma retomada dessas atividades, por conta do cenário favorável desenhado pelos cortes na Selic e indícios de redução dos juros também nos Estados Unidos, o que além de contaminar o humor positivo ao redor do mundo, também ajuda a distribuir parte do capital estrangeiro investido em renda fixa lá fora para os países emergentes. 

Aliás, essa é uma pauta que tem ganhado destaque nos veículos jornalísticos e parece já estar causando algum fluxo positivo para as ações do BR Partners neste começo de ano, que deve ser uma das companhias mais beneficiadas desse processo

Reprodução: Bloomberg Línea.
Reprodução: Valor Econômico.

Com perspectivas positivas para a retomada das atividades em sua principal linha de negócios e um ótimo posicionamento no mercado, o BR Partners (BRBI11) segue recomendado pela Empiricus Research.

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Economista formado pela Universidade de São Paulo (FEA-USP), é analista de ações certificado pelo CNPI, especialista no setor de tecnologia, com foco em ações internacionais. Está na Empiricus há 5 anos, onde é responsável por relatórios nacionais e internacionais, como o MoneyBets Revolution, um portfólio de teses especulativas em segmentos como healthtech, energia sustentável, software e games. Antes da Empiricus, trabalhou por 5 anos no setor de tecnologia.