O risco de liquidez está presente em diversos investimentos. Em alguns casos ele é maior e em outros é menor. Para evitar prejuízos é importante encontrar um equilíbrio e respeitar os limites do seu perfil como investidor.
Ao analisar o risco de liquidez de um ativo, é preciso considerar diversos aspectos, como o tempo no qual pretende fazer o resgate daquela aplicação e quais suas opções caso seja necessário obter aquele valor antes do prazo.
O que é Risco de Liquidez?
O risco de liquidez é o nível de dificuldade de transformar um ativo em dinheiro no mercado financeiro. Quanto mais difícil, maior o risco.
Dessa forma, se o investidor precisa do valor imediatamente, mas o risco do ativo é alto, ele terá dificuldades em liquidá-lo ou resgatá-lo.
Assim, um investimento com pouca liquidez na bolsa de valores pode exigir que seu proprietário tome medidas drásticas para ter acesso aos recursos, como vendê-lo muito abaixo do preço do mercado e sofrer um grande prejuízo financeiro.
Como funciona o Risco de Liquidez?
O ativo pode ter um alto risco de liquidez ou um baixo risco de liquidez. Isso pode variar conforme uma série de fatores, como tempo determinado para o resgate e a demanda.
Produtos com alto risco costumam ter uma data de resgate longa e é esperado que o investidor aguarde até o prazo final para não ter qualquer prejuízo.
Já o risco mais baixo está presente em ativos de fácil comercialização, pois há muito interesse e ele pode ser negociado a qualquer momento sem grandes perdas financeiras. Um bom exemplo é o CDB de liquidez diária, que pode ser resgatado com extrema facilidade em pouco tempo.
Quais os tipos de Risco de Liquidez?
De forma geral, este risco pode ser dividido em 2 tipos:
- Liquidez de mercado: o investidor não consegue liquidar o ativo antes do prazo de liquidação, a menos que aceita uma grande perda financeira;
- Liquidez de financiamento: a empresa não consegue captar recursos suficientes e por isso se torna incapaz de arcar com suas responsabilidades financeiras, prejudicando o resgate de ativos.
Exemplo de Risco de Liquidez
O conceito se torna mais simples de entender com um exemplo prático. Uma das coisas que apresentam o maior risco de liquidez são os imóveis.
Uma pessoa que adquiriu uma casa por 200 mil pode obter uma excelente rentabilidade a longo prazo, seja alugando o espaço ou vendendo-o no futuro. Caso o bem seja negociado depois de 20 anos, a valorização fará com que o valor de mercado seja muito superior ao que foi pago.
Entretanto, se o comprador do exemplo passa por algum problema sério e decide vender o imóvel alguns meses após adquiri-lo porque precisa do dinheiro com urgência, ele poderá enfrentar os problemas da baixa liquidez.
Para negociar o bem pelo mesmo valor ou ainda conseguir qualquer vantagem financeira, ele terá que ser paciente. Pois, muitas vezes a venda de um imóvel não ocorre do dia para a noite. Pode levar meses ou até anos para surgir um comprador interessado.
Entretanto, se o proprietário realmente não pode esperar, uma de suas opções é aceitar negociar o bem por um valor muito inferior ao praticado no mercado. Dessa forma, é provável que apareça muitos interessados.
Como minimizar o Risco de Liquidez?
A principal dica para minimizar o risco de liquidez de investimentos é diversificar sua carteira. Assim você terá opções com maior e menor risco, podendo encontrar um equilíbrio em momentos de crise.
Também é muito importante fazer um bom planejamento para direcionar suas escolhas. Por exemplo, quem deseja um reserva de emergência deve dar preferência a ativos com melhor liquidez.
Mas, para objetivos a longo prazo, os ativos com maior risco de liquidez podem ser interessantes.
Os 4 tipos de liquidez são corrente, seca, imediata e geral.
A liquidez corrente é calculada considerando a proporção entre o ativo circulante e o passivo circulante. O ativo circulante diz respeito aos recursos que uma instituição possui, já o passivo refere-se às dívidas e empréstimos.
Após fazer o cálculo, o ideal é que o nível de liquidez seja superior a 1.
A liquidez geral é um indicador que aponta a capacidade de uma empresa em cumprir suas obrigações financeiras a curto e longo prazo por meio de seus recursos próprios.
A liquidez imediata é considerada boa quando após fazer o cálculo obtemos um resultado superior a 1.