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Após anúncio de reestruturação, ação da Jereissati (JPSA3) acumula alta de quase 20% em junho – para analistas da Empiricus, há espaço para mais

Incorporação da Iguatemi pela sua controladora abre espaço para captação de novos recursos e companhia deve avançar em aquisições e investimentos

Por Equipe Empiricus

14 jun 2021, 09:07

A Jereissati Participações (JPSA3) – ação que é, já há algum tempo, a terceira maior aplicação da carteira Oportunidades de uma Vida, gerida pelo estrategista-chefe e CIO da Empiricus Felipe Miranda – acumula quase 20% de alta nos primeiros dez dias de junho. O mercado reagiu bem à notícia veiculada na última terça-feira (8/6) de que a companhia irá se reestruturar e incorporar as ações da sua controlada, a Iguatemi (IGTA3). 

Mesmo após a alta veloz concedida aos assinantes, Miranda optou por manter a ação da Jeiressati em sua carteira, que já entregou mais de 540% de lucro desde a sua criação. No texto a seguir, explicaremos um pouco do racíocinio do líder da Empiricus sobre a empresa e para saber mais sobre o Oportunidades de Uma Vida, e avançar mais nos seus investimentos, você pode analisar, de forma gratuita, outros papéis que compõe o portfólio no link abaixo.

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Entenda a reestruturação da Jereissati e da Iguatemi

Em relatório, Felipe disse acreditar que a operação deve ser preponderantemente positiva, destravando valor para os acionistas minoritários das duas companhias envolvidas. “Imagino que os benefícios da operação sobrepujarão as eventuais mazelas”, afirmou. 

Os pontos negativos apontados até agora são os fatos de a família controladora avançar no número de ações ordinárias e também o prêmio que será distribuído aos investidores da Iguatemi.

Na proposta, que ainda deve ser votada pelos acionistas das duas empresas, a estrutura de holding atual será simplificada. A Jereissati Participações, que detém 50,7% das ações da Iguatemi – estando o restante listado em bolsa – irá incorporar os papéis da controlada e dar aos acionistas da empresa de shoppings ações unitárias da companhia resultante da operação,  que se chamará “Nova Iguatemi”. Além disso, está previsto um prêmio de até 10% sobre a média de preço de negociação do papel nos últimos 30 dias, que deve ser avaliado por um comitê independente. 

“Haverá a consolidação das operações e a unificação do free float, cuja expectativa é de um aumento de aproximadamente 45%”, explica Miranda. Conforme ele, de forma geral, a ideia é o lançamento do programa de units para os acionistas da Jereissati, a incorporação da Iguatemi e a conversão das ações. 

  

Para o fundador da Empiricus, a operação abre caminhos para a companhia fazer ofertas subsequentes. O motivo é justamente o fato de os Jereissatis deixarem de correr risco de perder o controle e poder de decisão no caso de novas emissões na B3.

Isso, porém, tirará a Nova Iguatemi do segmento do Novo Mercado e dará menor poder aos acionistas “ativistas” frente à família controladora. “Eu não vejo risco nessa movimentação. Acho essa crítica bastante superestimada. O mercado e os ‘acionistas ativistas’ guardam uma interpretação excessivamente otimista e autocentrada sobre si. As corporações dificilmente funcionam. A família tem capacidade de execução, visão estratégica e oferece ainda outras vantagens”, diz Felipe. 

Companhia deve fortalecer investimentos e fazer novas aquisições

O esperado é que, com maior espaço para ir ao mercado de capitais sem dissolver o controle dos Jereissatis, a companhia invista ou vá às compras, aumentando seu portfólio. A Iguatemi já é uma das maiores empresas do seu setor do Brasil, com 14 shoppings, duas outlets e três torres comerciais. 

“Desde 2008 a empresa apresentou um crescimento de área bruta locável de 11% ao ano. A  receita avançou em média 16% ao ano. Já o Ebitda e o lucro, na faixa de 18% ao ano. É uma companhia reloginho. Mesmo passando por crises, apresentou resultados impressionantes.”, afirma Fernando Ferrer, também analista da casa, que atua nas análises da Carteira Empiricus – portfólio em que a recomendação da Jereissati também estava presente antes da alta expressiva.

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Com a captação, é provável também que a Jereissati e a Iguatemi invistam mais nas sua iniciativa digital, o Iguatemi 365. “É uma iniciativa com marcas famosas e é interessante a empresa estudar o desenvolvimento de uma logística. Aparentemente a tecnologia vem crescendo a passos largos. Há bancos que a avaliam já em R$ 500 milhões, o que é cerca de 7% do preço de mercado de toda a Iguatemi”, afirma Ferrer. 

Além disso, a Iguatemi estaria se preparando para a disputa pela consolidação do mercado de shoppings centers – atualmente muito fragmentado nas classes A/B e A/B+, nas quais a companhia atua. “O mercado é segmentado e a Iguatemi está levantando poder de fogo para disputar pela sua fatia”, afirma. “Eles devem aumentar participação no portfólio que eles já têm, comprando maior participação nos shoppings que já possui, e também comprar ou investir em novos ativos. Eles devem vir com mais ímpeto para a disputa”, explica. 

Com isso, Miranda e equipe optaram por manter a ação – tanto na Oportunidades de Uma Vida quanto na Carteira Empiricus – mesmo após a valorização de quase 20% alcançada pelos assinantes. 

Quem seguiu as dicas da maior casa de análise do Brasil e fez aporte nas ações, de qualquer forma, já foi beneficiado. “Os acionistas da Jereissati são os que se saíram melhor da transação, pois desfrutarão do fechamento do desconto de holding”, explica o time.  

Além da possibilidade de avançar de maneira inorgânica, há, para os especialistas, todo o contexto macroeconômico, com a economia brasileira reaquecendo após a crise causada pela pandemia do coronavírus. “Após a operação, seguimos otimistas com o case. Além dos pontos que a Iguatemi deve trabalhar, temos também a recuperação da economia brasileira, que deve movimentar o setor de consumo”, finaliza Ferrer.

 

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