Você sabe o que é copywriting e por que essa centenária técnica foi fundamental para a trajetória de sucesso da Empiricus?
Hoje abordarei o tema. Antes, contudo, tenho uma passagem para compartilhar.
Caso você nos acompanhe há um tempo, não é surpresa que a entrada do grupo The Agora em nossa sociedade foi fundamental para o crescimento empresarial da Empiricus.
Quando nos associamos aos americanos, éramos uma empresa de porte bastante modesto, lutando para sobreviver com um modelo de negócios cuja viabilidade ainda não havia sido provada.
O ano de 2012, nosso terceiro de existência, estava sendo especialmente desafiador por conta das dificuldades enfrentadas à época por nossos principais clientes de então, as corretoras independentes.
Chegamos inclusive a vender parte do nosso ativo fixo, como móveis e monitores, para fazer caixa e cumprir com nossas obrigações.
O interesse da Agora, porém, era por um outro ativo, intangível, mas de enorme valor.
A qualidade do nosso research, combinada com nossa capacidade de comunicar nossas ideias de maneira clara e direta, fez com que a maior publicadora financeira batesse à nossa porta.
E assim, depois de uma rápida negociação, entramos em 2013 com um novo sócio disposto a fazer com que a Empiricus atingisse novos e ambiciosos patamares.
Logo depois de formalizarmos nossa sociedade, recebemos em nossa sede o fundador e chairman do grupo Agora, Bill Bonner, que fazia uma parada rápida aqui em São Paulo a caminho do seu rancho na província argentina de Salta.
Apesar de pequeno, nosso escritório, localizado no primeiro andar de um modesto edifício comercial da Rua Iguatemi, dava a falsa impressão de ser espaçoso, pois restava desfalcado dos móveis vendidos antes da chegada dos americanos.
Aproveitamos a rápida visita do Bill para realizar uma reunião de trabalho com nosso novo sócio, a fim de entender melhor sua visão para o negócio.
Com sua figura elegante e longilínea, lembrando um Clint Eastwood um pouco mais novo, Bill já demonstrava, neste primeiro encontro, a cordialidade e o respeito que sempre nos dispensou durante nossa longa sociedade.
Recebemos nosso convidado com cestinhas de pães de queijo harmonizados com o café fresquinho preparado pela Dona Graça, nossa mais longeva funcionária.
Em sua conversa, Bill nos passou os principais elementos do negócio de publicações financeiras.
Enquanto tratava de temas como desenvolvimento de produtos, precificação, campanhas de lançamento, Bill Bonner recorrentemente enfatizava a importância fundamental do “copy” para o negócio.
Intrigado, a cada vez que Bill repetia o termo, eu me esforçava mentalmente para dar sentido à conversa. “O que ele quer dizer com ‘copy’? Tínhamos que copiar o quê? Por que ‘copiar’ era tão importante?”
Assim que terminou a reunião, e enquanto nosso convidado fazia um breve discurso de apresentação à nossa enxuta equipe, pedi socorro ao Rodolfo, que já havia passado por uma visita à sede da Agora em Baltimore, cidade próxima a Washington, D.C.
Rodolfo me esclareceu que o Bill Bonner não estava sugerindo que copiássemos algo ou alguém, posto que copy era uma versão curta do termo “copywriting”, a redação persuasiva que servia de base para as campanhas publicitárias e de marketing.
Ao aprender sobre o termo, eu não tinha a menor noção de que, anos depois, e mais de R$ 1 bilhão em faturamento acumulado, a técnica de copywriting aprendida do nosso sócio americano seria responsável pelo crescimento exponencial da Empiricus, possibilitando que nossos conteúdos atingissem e ajudassem centenas de milhares de assinantes.
Com o tempo, fui aprendendo sobre as origens desta potente ferramenta de vendas.
Seu começo remete aos Estados Unidos do século 19, quando o Oeste americano estava sendo desbravado.
De que adiantava toda a riqueza vinda da exploração do ouro se não havia em que se gastar na nova fronteira do país, já que as grandes lojas de produtos importados da Europa localizavam-se na distante Costa Leste?
Assim, foram desenvolvidos os famosos catálogos de produtos, de onde os novos ricos faziam suas encomendas.
Percebendo que a mera descrição dos artigos apresentados não era suficiente para encantar os potenciais clientes, os marqueteiros da época começaram a colocar mais tempero no texto, usando narrativas e storytelling para melhor apresentar o produto para o cliente.
O texto fazia então o papel do vendedor, encantando e seduzindo com conexões emocionais, muito mais efetivas do que a mera explanação técnica do produto oferecido.
E assim surgiu o copywriting.
Voltando àquela reunião com o Bill Bonner, havia dois pontos que eu ignorava.
O primeiro, óbvio, era o conceito de copywriting, devidamente esclarecido pelo Rodolfo e experimentado na prática nos anos que se seguiram.
O outro ponto, e tão importante quanto o primeiro, demorei mais tempo para aprender.
Para nossa sorte, já tínhamos em nossa equipe quando fizemos a sociedade com os americanos aquele que viria a ser o melhor copywriter do país.
Ninguém melhor que Roberto Altenhofen, o Beto, hoje no posto de CMO (Chief Marketing Officer) da Empiricus, para dominar e difundir a técnica da redação persuasiva no Brasil.
Seu talento, apoiado pela sua formidável equipe de copywriters, tem sido absolutamente essencial para a construção e expansão do nosso negócio.
Caso você tenha interesse em saber mais sobre o assunto e aprender diretamente do Beto, recomendo fortemente que assista aos vídeos que ele preparou.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço,
Caio
PS: Não perca a edição do Mesa Quadrada desta semana, com Dan Stulbach, Teco Medina, Caio Mesquita e um convidado muito especial.