Fechamos a primeira metade do ano.
Não consigo resistir à óbvia declaração de que o primeiro semestre de 2021 voou.
De certa forma, ainda estamos numa certa animação suspensa desde a chegada da Covid-19 .
O tal do novo normal ainda persiste em cercear nosso direito de ir e vir, enquanto ainda velamos meio milhão de vítimas da praga.
Em contraste com os terríveis números diários de novos casos e óbitos que ainda nos assombram diariamente, começa a se espraiar um alívio de que o pior ficou realmente para trás.
O programa de vacinação engatou uma bem-vinda quinta marcha em junho, com o Brasil se beneficiando da maior oferta mundial de doses, à medida que os países desenvolvidos desaceleram seus esforços de vacinação.
Por aqui, mais de um terço já recebeu a primeira dose, índice equivalente ao verificado nos Estados Unidos em meados de abril.
Felizmente, especialistas já descartam a possibilidade de uma terceira onda e esperam recuos importantes nos indicadores da pandemia já no início deste semestre.
Ademais, as vacinas que estão sendo mais utilizadas, como Pfizer e AstraZeneca, possuem um bom índice de imunização já na primeira dose.
Assim, com melhorias efetivas nos números da pandemia, torna-se progressivamente mais provável o tão antecipado, e várias vezes frustrado, rali de reabertura.
Na quinta-feira, o Itaú BBA elevou sua estimativa para o Ibovespa para 152 mil pontos ao final do ano, e sua visão parece refletir um crescente consenso aqui na Faria Lima.
Aqui na Empiricus, o time de análise, capitaneado pelo Felipe Miranda, está empolgado com as perspectivas para a Bolsa brasileira.
Depois de um primeiro semestre forte para as suas Oportunidades de Uma Vida, com a carteira subindo 25% contra 7% do Ibovespa, o Felipe entende que as condições estão se formando para altas robustas nos preços das ações brasileiras, especialmente aquelas ligadas aos setores mais prejudicados com a pandemia, como shoppings, restaurantes, aéreas e turismo.
Há uma demanda reprimida importante que deve ser materializada assim que as medidas de restrição à circulação sejam progressivamente relaxadas.
Os balanços e demonstrações de resultados das empresas, devidamente ajustados desde o ano passado, certamente mostrarão números positivos no terceiro e no quarto trimestres, empurrando para cima as cotações de suas ações.
Dentro deste cenário otimista para renda variável, criam-se as condições para altas ainda maiores das ações de empresas menores.
As ações das chamadas small caps, ou microcaps, normalmente carregam um beta alto, ou seja, reagem com mais força à média das oscilações de mercado.
Como leitor da Empiricus, você já deve saber que o beta de uma ação é um importante indicador de risco-retorno.
No primeiro semestre do ano passado, por conta da chegada da pandemia, o índice Small Cap (SMLL), que mede a performance de ações menores, caiu mais de 20%.
Por outro lado, desde o início do ano, o mesmo SMLL sobe mais de 12%, superando com folga o Ibovespa no mesmo período.
Com a boa perspectiva para ações nos próximos meses, faz-se necessário redobrar nossa atenção para as oportunidades nas microcaps.
Por conta da nossa restritiva política de compliance, não invisto diretamente em ações já há alguns anos.
No passado, porém, antes da existência desta regra mais restritiva, coloquei dinheiro na carteira de microcaps do Max Bohm e obtive excelente resultado.
Entre várias apostas vencedoras, tenho boa lembrança do investimento em ações da Senior Solution, então pequena empresa de tecnologia, depois renomeada para Sinqia, que me rendeu múltiplos do capital inicial.
Mas não se iluda. Comprar microcaps exige resiliência e uma paciência recorrentemente testada em momentos adversos.
Há muito joio a se separar quando selecionamos os melhores potenciais de valorização nessa classe de ativos.
Para este trabalho, deposito minha total confiança no Max Bohm, provavelmente o maior especialista do tema no Brasil.
Para o segundo semestre, o Max separou a sua microcap favorita para aproveitar a reabertura da economia brasileira.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Um abraço e boa leitura.
Caio
P.S.: Quer saber mais da vida financeira dos famosos? Ouça o Mesa Quadrada Empiricus, podcast de que participo com Dan Stulbach e Teco Medina. O convidado desta semana é o craque Neto, meu ídolo da juventude.