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‘Não é o Halving que muda o jogo’: gestor explica o que realmente importa para o sucesso do Bitcoin em 2024

De acordo com João Piccioni, o fenômeno que ocorre de quatro em quatro anos é apenas uma questão técnica

Por Leonardo Carmo

06 mar 2024, 08:26 - atualizado em 06 mar 2024, 08:26

halving do bitcoin
Imagem gerada por inteligência artificial

A cada 4 anos, a quantidade de bitcoins paga aos responsáveis por minerá-lo diminui pela metade. Com isso, a lei da oferta e demanda se faz valer e o BTC tende a se valorizar por estar mais escasso. Esse fenômeno, chamado de Halving, ocorreu em 2012, 2016, 2020 e deve acontecer agora em 2024.

Mas, por mais que muitas pessoas acreditem que esse seja o evento mais importante do ano no mercado de criptomoedas, existem outros fatores em que elas deveriam estar de olho, na visão de João Piccioni. 

Ele é o Chief Investment Officer (CIO) da Empiricus Gestão e, recentemente, deu uma entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro para contar o que está por trás de seu otimismo com os ativos digitais.

Segundo o executivo, um dos motivos é o aval para negociar ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, dado pela Securities and Commissions (SEC), em janeiro deste ano.

Por que a aprovação da SEC é tão importante?

Piccioni defende que essa autorização pode atrair uma enorme quantidade de capital para o mercado de criptomoedas, por facilitar a entrada de investidores institucionais. “Me parece que essa aprovação da SEC coloca um pouco de gasolina para que passem a ter esse ativo dentro do portfólio”, diz.

Na análise dele, isso pode fazer o Bitcoin subir, mas de uma maneira muito menos “volátil” que a vista no passado. “Nossa projeção é que o Bitcoin volte a fazer suas máximas históricas e alcance até US$ 70 mil”, diz o CIO. 

Obviamente, os efeitos do Halving não são descartados. Mas, de acordo com o executivo, essa é uma questão técnica e “o que realmente muda o jogo para o BTC é passar a ser visto como uma reserva de valor”. Um processo em curso.

ETF de Ether é o próximo a ser analisado

Outro ativo que está caminhando rumo à institucionalização é o Ethereum. Até o dia 23 de maio, o agente regulador dos Estados Unidos deve decidir se aprova a primeira proposta de ETF para essa moeda (feita pela gestora VanEck) ou não. 

Embora isso esteja mexendo com a ansiedade de alguns investidores, boa parte do mercado financeiro já está certa de que a autorização vem. Não à toa, o Ether atingiu recentemente um patamar que não era visto desde abril de 2022.

Esse otimismo, somado ao fato de que a rede do ETC passará por uma atualização que visa deixá-la mais rápida e barata de usar, tem tornado a criptomoeda tão atrativa quanto o Bitcoin.

Mas, antes de sair aplicando todo o seu dinheiro em qualquer um desses dois ativos, é importante saber que a indicação dos analistas do mercado para quem tem poucos recursos e deseja buscar lucros altos é outra.

Onde investir?

Os analistas da Empiricus Research afirmam que esse público deveria procurar por criptomoedas menores e com grande potencial de valorização, como a AXS já foi um dia.

Em 2021, esses profissionais ‘garimparam’ esse projeto quando ele ainda era incipiente e o recomendaram para seus assinantes. Em questão de meses, a ‘Axie Infinity’ estourou e quem pegou a dica teve a chance de lucrar mais de 24.000%.

Ou seja, transformar:

  • R$ 500 em R$ 120.860;
  • R$ 1 mil em R$ 241.720; e
  • R$ 4.100 em pouco mais de 1 milhão de reais.

Apesar dessa oportunidade já ter passado e retornos passados não serem garantia de retornos futuros, a casa de análise tem outras apostas e pretende revelá-las para quem estiver interessado. 

Se esse é o seu caso, clique no link abaixo.

Sobre o autor

Leonardo Carmo

Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e redator no Grupo Empiricus. Já trabalhou com Comunicação Interna em uma startup de serviços financeiros e no time de Conteúdo da EXAME. Hoje escreve para os portais Empiricus, Seu Dinheiro e Money Times.