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Iguatemi (IGTI11) segue reportando os melhores números do setor no 1T24; confira

O resultado de Iguatemi reflete o bom trabalho do management, com indicadores mais saudáveis que seus pares para o portfólio de imóveis.

Por Caio Araújo

03 maio 2024, 10:40 - atualizado em 03 maio 2024, 10:40

Iguatemi IGTI11
Imagem: Facebook/Iguatemi Brasília

Na noite de ontem (2), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 1T24 (veja aqui o calendário de divulgação dos balanços corporativos), com números ligeiramente acima das expectativas do mercado.

Vendas totais de Iguatemi sobem mais de 10% em 12 meses

As vendas totais atingiram R$ 4,3 bilhões no trimestre, crescimento de 10,3% sobre o resultado do 1T23. O indicador vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 7,3% na comparação anual, com destaque para os segmentos de serviços e entretenimento.

Favorecido pelo leasing spread positivo nos contratos de locação e pela redução gradual de descontos aos lojistas, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) foi de 5,5%, cerca de 5,1 p.p. acima do efeito do reajuste do IGP-M no portfólio.

Custo de ocupação e inadimplência seguem controlados

A taxa de ocupação média foi de 94,1%, muito próxima da média dos pares. O custo de ocupação permaneceu em nível bem controlado, na casa de 12,5%, a medição mais baixa desde 2014. Outra linha importante é a inadimplência, que encerrou o trimestre em 2,1%.

Já na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), os resultados mantiveram o saldo positivo do 4T23, reflexo do plano de reconstrução da linha implementado no ano passado. Apesar da queda na receita (esperada pela saída da marca Balenciaga do portfólio), a operação promoveu uma ligeira geração de caixa de R$ 144 mil, revertendo o prejuízo da comparação anual.

Receita líquida ajustada cresce 6% na comparação anual

No consolidado, a receita líquida ajustada da Iguatemi atingiu R$ 304 milhões no trimestre, crescimento de 6% em relação a 2023. O Ebitda ajustado foi de R$ 225 milhões, 13,2% acima do 1T23, com boa recuperação de margem para 74,1%, novamente fundamentada pela reestruturação de parte dos custos e despesas. 

Ao final, o FFO (Fluxo de caixa operacional) foi de R$ 153,7 milhões, aumento de 38,7% na comparação anual e ganho de 11,9 p.p. de  margem (50,5%). Com a boa performance operacional, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida líquida/Ebitda de 1,84x, nível ligeiramente abaixo dos últimos períodos. 

O que achamos dos resultados do 1T24 de Iguatemi?

Dando sequência ao bom trabalho do management, a Iguatemi tem reportado os melhores números do setor, em nossa visão, com indicadores mais saudáveis para o portfólio de imóveis. Inclusive, a companhia já comunicou que as vendas de abril tiveram boa performance (+10% vs 2T23) e reforçou o cumprimento do guidance para 2024.

Além do desempenho operacional, vale ficar atento a outros planos da empresa para o ano, tais como as opcionalidades na área de M&A

Devido aos possíveis impactos da reforma tributária no setor, sinalizados na última semana pelo governo, as cotações do setor de malls foram penalizadas nos últimos dias.

Negociando a menos de 10 vezes FFO para 2024, entendemos que a ação de IGTI11 se encontra em um patamar bem interessante para compra e, portanto, segue como recomendação da Empiricus Research.

Além de Iguatemi, nesta lista gratuita, você pode conferir outras ações com bom potencial para investir agora.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.