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Retorno do Ibovespa foi 18 vezes menor que do S&P 500 em 14 anos; veja como investir neste cenário

‘É inconcebível ter 0% de investimento no exterior’ atualmente, diz CEO

Por Bruna Martins

17 jun 2024, 12:10 - atualizado em 18 jun 2024, 15:13

bolsa ibovespa ações
(Imagem: Canva Pro / Montagem: Bruna Martins)

Nos últimos tempos, o Ibovespa não tem sido um bom amigo de quem deseja construir patrimônio. É assim que Caio Mesquita, CEO do Grupo Empiricus, resume a performance do principal índice brasileiro de ações – nos últimos anos.

Essa opinião do empresário foi expressa ao avaliar a performance do Ibovespa de 2010 a 2024, em comparação com o retorno obtido pelo S&P 500, principal índice das empresas norte-americanas listadas, no mesmo período.

Veja só o gráfico abaixo:

Fonte: elaboração Empiricus com dados da Bloomberg

Como é possível observar, nos últimos 14 anos, o índice brasileiro de ações gerou um retorno de 76,1% ao investidor. O suficiente para transformar uma aplicação de R$ 10.000 feita naquela época, por exemplo, em até R$ 17.610. 

Ou seja, um ganho potencial de 7.610 reais (aqui, é claro, estamos desconsiderando a inflação no período). 

Esse pode parecer um retorno interessante, à primeira vista, mas tem todo o seu “glamour” apagado pela alta que o S&P 500 alcançou no mesmo período. De janeiro de 2010 a janeiro de 2024, foram 1.352,7% de retorno.

Isso seria o bastante para fazer os mesmos R$ 10.000 se tornarem até R$ 145.270. Um “lucro” de 135.270 reais – e 17,7 vezes maior que o gerado pela bolsa brasileira. 

“Hoje o Brasil infelizmente é um dos piores destinos do mundo para os investimentos”, afirma Mesquita, CEO de uma das maiores empresas do mercado financeiro brasileiro. 

Nesta semana, o Ibovespa renovou mínimas atrás de mínimas. Hoje (14), enquanto escrevo esta matéria, o índice opera aos 118 mil pontos – menor patamar desde novembro do ano passado.

E parece que os “gringos” já estão notando essa derrocada do nosso mercado de ativos de risco. Segundo dados da B3, só nesta quinta (13), os estrangeiros sacaram R$ 3,08 bilhões da bolsa brasileira. 

Já são mais de R$ 43,12 bilhões retirados das ações brasileiras, pelos investidores de fora, em 2024.

“Se o seu patrimônio está praticamente todo aqui no país, eu diria, sem exagero, que você pode estar colocando o futuro financeiro da sua família em risco”, afirma categoricamente Caio Mesquita. 

Afinal, é hora de fugir do Ibovespa?

O sinal aqui é de alerta. Mas o CEO da Empiricus não acredita que o investidor brasileiro deva retirar absolutamente todo seu dinheiro do país para colocar em mercados estrangeiros.

“Eu pessoalmente acredito no Brasil. Tanto acredito que eu investi centenas de milhões de reais no nosso país em diferentes negócios que eu fundei aqui nos últimos anos. Mas confesso que nunca senti uma falta de perspectiva tão grande em relação à economia e aos investimentos aqui”, diz o empresário.

“O real é hoje uma das moedas mais exóticas do mundo, reflexo justamente da instabilidade e falta de credibilidade da nossa economia”, explica. 

No último mês de abril, por exemplo, o real foi a moeda que mais se desvalorizou com relação ao dólar, entre os países que compõem o G20. A desvalorização chegou a 4,5% diante da moeda americana – desempenho pior, inclusive, que o do peso argentino (1,38% no mesmo período).

E os números ainda não caminham em uma direção melhor… Nesta semana, o dólar chegou a ficar acima dos R$ 5,40, o maior patamar em 18 meses.

É por tudo isso que, para Mesquita, “é inconcebível ter 0% de investimento no exterior”.

Como alocar o seu patrimônio em ativos internacionais? Descubra agora

Neste ponto, pode ser que você, leitor, esteja pensando que a única forma de diversificar seus investimentos e buscar lucros em dólar seja investindo na bolsa americana. 

Não cometa esse equívoco. Na verdade, existem outras estratégias mais inteligentes que o investidor brasileiro pode adotar na hora de buscar a dolarização de parte do seu patrimônio. 

Estratégias que podem, sim, envolver a compra de ações americanas – mas que vão muito além para buscar a proteção do dinheiro seu e da sua família.

“Investir apenas no Brasil pode ser uma cilada. É preciso diversificar os investimentos tanto entre diferentes classes de ativos e setores quanto geograficamente”, explica Caio Mesquita. 

Foi pensando no investidor que não sabe a melhor forma de fazer isso que o empresário lançou um novo projeto recentemente: O Investidor Global.

Esse programa é voltado para qualquer brasileiro que queira conhecer, detalhadamente, o melhor caminho para dolarizar parte de seu patrimônio, investindo nos mais diversos ativos internacionais. 

Todos os participantes receberão um plano prático para construção do futuro financeiro em moeda forte, de acordo com seu perfil de investidor, além do acompanhamento dessa alocação por profissionais extremamente gabaritados. 

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Sobre o autor

Bruna Martins

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (ECA-USP) e redatora dos portais Seu Dinheiro, Money Times e Empiricus. Já foi repórter do Metro Jornal SP e colaborou para Casa Vogue, além de ter experiência em comunicação corporativa e assessoria de imprensa.