Investimentos

Renda fixa ou bolsa? Para João Piccioni, da Empiricus Gestão, ‘o investidor brasileiro está tomando a decisão errada’; entenda

Na visão do gestor de fundos, o investidor brasileiro está tomando a decisão errada em não se posicionar na bolsa com o Ibovespa abaixo dos 120 mil pontos; veja o motivo

Por Letícia Camargo

18 jun 2024, 10:54 - atualizado em 25 jul 2024, 15:48

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(Imagem: Blog Messem)

É verdade que o ano de 2024 não tem sido fácil para o Ibovespa. De janeiro a junho, as perspectivas para o principal índice da bolsa foram da euforia à frustração. E a “culpa” foi a desancoragem das expectativas do mercado, que não se confirmaram.

No início do ano, falava-se sobre uma Selic de 9% ao ano no fim de 2024. Além disso, esperava-se que o Fed, o Banco Central americano, iniciasse o ciclo de corte de juros nos EUA em junho. E o mercado chegou a especular que poderiam haver até seis cortes este ano.

Mas nada saiu como o esperado. No Brasil, ruídos políticos acerca da meta fiscal, que passou de superávit para déficit zero em 2025, derrubaram qualquer expectativa de uma taxa de juros de um dígito este ano. Agora, já se fala sobre uma Selic de 10,25% até 2025.

Já nos EUA, o Fed decidiu manter inalterada a taxa de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, sob a premissa de que a economia deve continuar a se expandir fortemente, além de destacar que a inflação, embora tenha arrefecido, segue elevada nos patamares atuais.

E é claro que esse cenário repercutiu muito negativamente nas bolsas, sobretudo nos países emergentes, como é o caso do Brasil. Como resultado, o Ibovespa caiu mais de 10% no acumulado do ano.

Assim, é natural que o investidor brasileiro se questione se é hora de abandonar a bolsa e migrar o patrimônio para ativos mais estáveis e seguros, como títulos de renda fixa.

Isso, na verdade, já está acontecendo. A renda fixa acaba de atingir a maior captação financeira líquida da história, de acordo com a Anbima. Ao longo do primeiro quadrimestre do ano, houve uma arrecadação de mais de R$ 154 bilhões.

Mas, para João Piccioni, da Empiricus Gestão, “o investidor brasileiro está tomando uma decisão errada neste momento: ele está saindo da bolsa com o Ibovespa abaixo dos 120 mil pontos e indo para a renda fixa”, conforme disse em entrevista ao Valor Investe.

Isso porque, na visão do gestor de fundos, estar posicionado na bolsa no patamar atual é uma oportunidade:

“Daqui até o final do ano, os títulos [de renda fixa] vão entregar 7%, enquanto os ativos da renda variável têm mais chances de disparar até o fim do ano”

A seguir, explico por que Piccioni está otimista com os ativos listados na bolsa este ano – e por que ele acredita que você, investidor, também deveria estar.

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Basicamente, existem hoje dois fatores que levam analistas do mercado, como João Piccioni, a crer que se posicionar na bolsa brasileira agora pode ser uma oportunidade:

  1. A bolsa está estupidamente barata

O primeiro deles é que a bolsa está estupidamente barata. No início deste ano, o gestor projetava que o Ibovespa poderia atingir o patamar de 170 mil pontos. Mas, diante de tantos acontecimentos, Piccioni revisou para baixo as suas expectativas.

Porém, o lado bom é que ainda existe um potencial de alta. Na nova projeção, apurada pela reportagem do Valor Investe, Piccioni enxerga que o Ibovespa pode alcançar os 145 mil pontos em 2024. O que, na prática, significa que a bolsa ainda pode subir mais de 20%.

E se você pensa que esse cenário está longe de se concretizar, é preciso recordar o que aconteceu no ano passado. Em 2023, depois de muitos altos e baixos, o Ibovespa fechou o ano com 22% de alta com movimentos entre novembro e dezembro

É claro que lucros passados não garantem retornos futuros. Apenas estou recordando este ponto para lembrar que sim, é possível que a bolsa passe por uma “reviravolta” ainda em 2024 e você possa surfar uma onda de valorização.

Portanto, o momento é de se posicionar em ações de excelentes empresas, que estão negociando a preços muito abaixo de sua média histórica, a fim de capturar uma volta do otimismo na bolsa.

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  1. Parte do capital gringo pode vir para o Brasil em breve

O segundo fator é que há a possibilidade de que o capital gringo retorne ao Brasil no segundo semestre do ano. Com o S&P 500 subindo muito acima das expectativas – já foram mais de 14% de alta este ano – o mercado projeta que logo haverá uma forte realização de lucros lá fora.

Com isso, uma parte desse capital estrangeiro pode vir para o Brasil. No entanto, vale lembrar que, para isso acontecer, o cenário doméstico precisa colaborar. Em primeiro lugar, o governo precisa reforçar o compromisso com a meta fiscal – mesmo que não consiga garantir o seu cumprimento.

E, em segundo, existem dúvidas sobre como se dará o futuro do Banco Central, quem será seu novo corpo diretivo e se o Comitê estará envolvido na decisão. 

Sanadas essas questões, é possível que a bolsa possa ter uma “ajudinha gringa” no segundo semestre do ano para passar por um ciclo de alta. Mas, cabe dizer aqui que, embora exista sim uma perspectiva otimista, não é hora de se posicionar em qualquer ativo.

É preciso se apoiar em análises fundamentalistas para escolher ativos de qualidade e que de fato possam se beneficiar desse ciclo de alta quando ele acontecer.

Pensando nisso, a Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, escolheu a dedo as ações com o maior potencial de valorização para investir agora:

  • Elas estão mais baratas do que a média histórica;
  • Têm fundamentos sólidos de investimento;
  • E você pode conhecê-las de graça.

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Uma lista com 10 ações de qualidade e que estão baratas para comprar agora

Todos os meses, a equipe de analistas da Empiricus “garimpa” a bolsa brasileira em busca das ações com o maior potencial de valorização. Como eu disse acima, são ações com muita qualidade e que ficaram muito baratas diante do cenário atual da bolsa.

E a boa notícia é que essas ações podem ser consultadas de graça. Isso porque a Empiricus liberou o acesso à lista com as 10 ações mais promissoras  como uma cortesia.

Ou seja, você não precisa pagar nada e nem assumir qualquer tipo de compromisso para poder consultar todas as recomendações de forma 100% gratuita.

Portanto, recomendo que você libere o seu acesso gratuito à carteira e ao menos dê uma “espiada” nas indicações da Empiricus. Depois você pode decidir se as ações indicadas fazem sentido para o seu patrimônio.

Lembre-se: você não pagará nada em nenhum momento, mas pode vir a lucrar muito com todas as informações que vai encontrar:

Sobre o autor

Letícia Camargo

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com passagem em agência de marketing digital.