“I personally think that bitcoin is worthless.”
Jamie Dimon, CEO do banco JPMorgan Chase
Nada é mais forte do que uma ideia cujo tempo chegou.
Em uma semana que começou com o bitcoin sendo classificado como “sem valor” pelo presidente do maior banco do mundo, a frase do autor e poeta francês Victor Hugo não sai da minha cabeça.
Enquanto escrevo esta newsletter, na sexta-feira pela manhã, a principal criptomoeda é negociada pouco abaixo dos US$ 60 mil, tendo se valorizado quase 10% desde quando teve seu valor questionado por Dimon.
A valorização dos últimos dias vem na onda de fortes indícios de que a comissão de valores mobiliários americana, a SEC, estaria na iminência de aprovar o primeiro ETF de cripto a ser listado nos EUA.
Os entusiastas da moeda digital especulam sobre a repercussão da existência de um veículo de investimentos regulado, um ETF no caso, sobre o apetite de investidores institucionais.
Grandes investidores atualmente estão vedados de investirem em criptomoedas cuja negociação acontece nas exchanges especializadas.
Realmente há fortes indícios de que as negociações com o ETFs de bitcoin terão seu início nos próximos dias, abrindo as comportas para que trilhões de dólares de investidores institucionais possam ter exposição à moeda digital.
As tentativas para listar um fundo de bitcoin tiveram início em 2013, quando os gêmeos Winklevoss tiveram seu pedido para um ETF negado pela SEC.
Anos de pedidos negados não foram suficientes para esmorecer os ânimos dos proponentes, que tiveram suas esperanças renovadas quando o atual presidente da SEC, Gary Gensler, assumiu o comando da autarquia em abril deste ano.
Gensler tem uma relação histórica com criptomoedas, tendo inclusive ministrado aulas sobre o tema quando lecionava no MIT. Voltando à força da ideia, é notável o avanço na aceitação de moedas digitais como algo natural nas relações econômicas.
Ainda nesta semana, até Vladimir Putin se pronunciou sobre o assunto, admitindo que as criptomoedas poderiam ajudar a Rússia a depender menos do dólar nas suas operações de comércio exterior.
Estamos, porém, ainda longe de um consenso quanto ao futuro do bitcoin.
Perfilam no time dos detratores da moeda especialistas de notável saber.
Além do acima citado Jamie Dimon, figuram entre os criptocéticos grandes investidores como Warren Buffett e Peter Schiff, o empresário Bill Gates e os economistas Nouriel Roubini e Paul Krugman.
Na verdade, com o bitcoin completando 13 anos de existência, está se tornando cada vez mais difícil reduzir a valorização das criptomoedas a uma mera bolha especulativa.
Bolhas financeiras geralmente obedecem a um padrão de cinco fases: descolamento, boom, euforia, realização e depressão.
Invariavelmente, bolhas não se recuperam de movimentos de forte realização, perecendo numa longa depressão.
O bitcoin, por sua vez, já passou por vários períodos de realização, evitando sempre a depressão.
A cada volta, a cada teste superado pelo bitcoin, detratores perdem força no seu argumento de bolha.
O tempo dirá quem está certo.
O próprio Paul Krugman já errou no passado ao desdenhar o impacto da internet em nossas vidas, comparando a rede mundial a um aparelho de fax.
Deixo você agora com os destaques da semana.
Boa leitura e um abraço,
Caio
P.S: Se você ainda não entrou nesse mercado, deixa eu te mostrar um dado interessante. Aqui na Empiricus, as indicações de criptomoedas do analista André Franco já transformaram um investimento de 5 mil reais em mais de R$ 1,4 milhão.
Agora ele está indo para a Europa montar uma carteira de SmartCoins (uma tecnologia que vai muito além do Bitcoin) com um potencial de transformar a mesma quantia de R$ 5 mil em mais de 2 milhões.
Tenho uma reunião marcada com ele no dia 25 de outubro, às 19 horas, e gostaria muito de te convidar para participar. Você vem? Clique aqui e pegue um convite gratuitamente.