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Até onde o Bitcoin pode cair? Especialista responde e diz o que esperar do mercado de criptomoedas daqui pra frente 

Bitcoin já desvalorizou mais de 20% desde que atingiu a máxima histórica em março; queda é oportunidade de compra?

Por Juan Rey

11 jul 2024, 13:46 - atualizado em 11 jul 2024, 13:46

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(Imagem: Canva Pro / Montagem: Bruna Martins)

Desde que superou a barreira dos US$ 73 mil e atingiu a máxima histórica em 13 de março, o Bitcoin caiu mais de 21% e negocia atualmente na casa dos US$ 57 mil.

Com isso, muitos investidores têm se questionado sobre até onde vai a queda da principal criptomoeda do mercado.

Há, inclusive, o receio por parte de alguns investidores de que a moeda volte ao patamar dos US$ 20 mil, registrado em janeiro de 2023.

A ideia é rechaçada pelo head de ativos digitais da Empiricus, Valter Rebelo. Ele atribui uma probabilidade “próxima de 0” de a criptomoeda voltar aos US$ 20 mil.

“É muito difícil, até porque o Bitcoin já está muito sobrevendido quando olhamos o índice de força relativa. Não acho que vai cair muito mais do que está hoje”.

O especialista acredita que, no pior dos casos, o Bitcoin pode tocar os US$ 50 mil. “Mas tem que acontecer alguma coisa fora do radar. E, se acontecer, é uma boa oportunidade de compra”.

Portanto, Rebelo vê nos patamares atuais a possibilidade de os investidores comprarem BTC em preço atrativo – já que, na visão dele, as chances da criptomoeda recuarem muito mais do que isso são pequenas.

O que explica a queda do Bitcoin?

O head de ativos digitais da Empiricus explica que essa “lateralização” do Bitcoin é característica de períodos posteriores ao halving, como o atual.

O halving é o principal evento do Bitcoin e reduz pela metade a recompensa que os mineradores recebem em BTC por bloco minerado. Ele ocorre aproximadamente a cada quatro anos, sendo a última vez em 19 de abril deste ano.

O efeito prático é que o número de novos Bitcoins entrando em circulação diminui, enquanto a demanda permanece a mesma (ou cresce), fazendo com que o preço, em tese, suba ao longo do tempo.

Deixando a parte técnica de lado, o importante que o leitor saiba é que os ciclos pós-halving são marcados por grande valorização do BTC e do mercado cripto como um todo.

No entanto, o histórico mostra que o início desse ciclo de valorizações acontece cerca de 150 dias após o halving – atualmente, se passaram apenas 80 dias.

“É super característico isso. Ficamos nessa região em que o preço não vai muito para baixo nem muito para cima durante esses 150 dias. E aí vemos o Bitcoin voltar a crescer de preço. Não deveríamos esperar nada diferente do que estamos vendo agora”, disse o especialista.

Mercado de criptomoedas ainda tem motivos para disparar

Além do halving, que por si só é um grande impulsionador do mercado cripto (veja mais adiante as valorizações pós-halving), o especialista enxerga outros fatores que deverão empurrar as criptomoedas para cima.

Em primeiro lugar, ele cita a expansão da liquidez global. O mercado vê 70% de chances de o Federal Reserve (banco central norte-americano) cortar o juro nos Estados Unidos na reunião de setembro.

Em ciclos como este, chamado no mercado de afrouxamento monetário, os bancos centrais “desapertam” a economia através do juro, o que significa mais dinheiro em circulação.

Além disso, a queda dos juros reduz a atratividade dos títulos de renda fixa (que têm seus rendimentos atrelados a esse juro) e aumenta a procura pelos ativos de risco, como é o caso do Bitcoin.

Outro fator que pode impulsionar as criptomoedas ainda em 2024 é a eleição de Donald Trump, nos EUA. O candidato Republicano se posiciona a favor das criptos e pode incentivar o mercado através de novas regulações favoráveis aos ativos.

Por fim, os avanços regulatórios que ocorreram recentemente também devem beneficiar as criptomoedas ao longo do tempo. 

Um exemplo é a aprovação dos ETFs de Bitcoin e Ethereum, que são fundos de investimentos negociados em bolsa, como se fossem uma ação.

Eles permitem que os investidores possam alocar recursos nas criptomoedas de maneira mais fácil por meio das maiores corretoras do mundo.

ETFs possibilitam a entrada de “um caminhão de dinheiro” nas criptomoedas. Fonte: Exame

“Essa deveria ser a época mais otimista da história dos criptoativos, devido à quantidade de aplicações reais (principalmente a integração das finanças tradicionais), interesse da classe política e avanços regulatórios sem precedentes”, afirmou Valter Rebelo.

VEJA COMO ACESSAR A LISTA DE CRIPTOMOEDAS RECOMENDADAS PELA EMPIRICUS

Criptomoedas menores podem subir – muito – mais que o BTC

A tradicional corretora Bernstein escreveu em relatório recente que espera que o Bitcoin chegue a US$ 200 mil até o final de 2025. O valor significa um potencial de alta de 263% para a principal criptomoeda do mercado.

Mas, apesar do bom prognóstico para o Bitcoin, não é nele que estão os grandes potenciais de valorização deste ciclo pós-halving.

Pelo seu grande valor de mercado (cerca de US$ 55 mil), o BTC teria que atingir valores estratosféricos para se multiplicar por 50, 100 ou até 400 vezes. 

Essas multiplicações já ocorreram em proporções até maiores na história do Bitcoin, mas, agora, a situação é outra.

Para que fique mais fácil compreender: para se valorizar 1.000%, o Bitcoin teria que sair dos atuais US$ 55 mil para US$ 605 mil.

Enquanto isso, uma criptomoeda que custa US$ 0,05, por exemplo, precisaria valer “apenas” US$ 0,55 para atingir a mesma valorização.

Por isso, os maiores potenciais de valorização do ciclo estão nas criptomoedas menores, chamadas altcoins, que custam poucos dólares ou centavos.

Para se ter ideia do potencial dessas criptomoedas, vamos recorrer aos últimos ciclos pós-halving, como o que estamos atualmente.

Depois do halving que ocorreu em 2016, as criptomoedas menores valorizaram cerca de 136.000% ao longo do ciclo. Ou seja, a média de todas elas, contando os acertos e erros, faria apenas R$ 750 virarem R$ 1 milhão, enquanto quem investiu no Bitcoin recebeu “apenas” R$ 60 mil.

Retornos passados não são garantia de lucros futuros. Investimentos envolvem riscos e podem causar perda aos investidores

Depois do halving que ocorreu em 2020, as moedas menores subiram, na média, 17.555%. Lembre-se que é uma média: é claro que as criptomoedas “certas” se valorizaram muito mais do que isso.

Neste ciclo citado acima, por exemplo, a equipe de análise de criptomoedas da Empiricus, hoje comandada por Valter Rebelo, recomendou no relatório “O Token que dá jogo”, em 16/01/2021, a criptomoeda AXS, que transformou R$ 3.500 em R$ 1 milhão em apenas 10 meses. Isso significa que: 

  • R$ 1 mil puderam ser transformados em até R$ 285 mil;
  • R$ 5 mil puderam ser transformados em até R$ 1,42 milhão; e
  • R$ 10 mil puderam ser transformados em até R$ 2,85 milhões nesse período.

Como o último halving ocorreu no dia 19 de abril, há um grande otimismo entre os investidores de que, passados os 150 dias, entraremos em um ciclo de alta do Bitcoin e ainda maior das criptomoedas menores.

“As altcoins estão muito descontadas. Mas temos que ter cuidado e investir em coisas fundamentadas”, advertiu Valter Rebelo.

VEJA COMO ACESSAR A LISTA DE CRIPTOMOEDAS RECOMENDADAS PELA EMPIRICUS

Especialista vai divulgar lista de criptomoedas com o objetivo de formar 1.000 milionários em 14 meses; participe

É claro que nem todas as criptomoedas menores têm os potenciais fora da curva citados nesta matéria. Afinal, existem mais de 20 mil opções de investimento disponíveis no mercado e é necessário uma pesquisa minuciosa para buscar as mais promissoras.

O head de ativos digitais da Empiricus, Valter Rebelo, comanda a carteira que – contando todas as recomendações – entregou um retorno de mais de 3.200% aos investidores desde outubro de 2017.

Como citado, esse é o número consolidado de todas as criptomoedas indicadas – portanto, há casos em que os ganhos foram muito maiores.

Para capturar novas oportunidades, Rebelo viajou ao maior evento de criptoativos do mundo: o Consensus, em Austin, no Texas, que ocorreu entre os dias 29 e 31 de maio.

O Consensus é famoso por apresentar e até ditar as tendências do mercado de criptomoedas, com apresentação de projetos e ideias capazes de impulsionar os ativos.

Lá, ele teve a oportunidade de trocar experiências e conhecimentos com grandes nomes da indústria.

Agora, Rebelo reuniu o time de especialistas em criptomoedas da Empiricus para lançar um projeto revolucionário: transformar um investimento inicial de R$ 1 mil em até R$ 1 milhão ao longo de 14 meses (com a possibilidade de novos aportes serem necessários ao longo do período). 

Batizado de Clube dos Criptomilionários, o projeto tem como foco uma carteira super concentrada, com ativos cuidadosamente selecionados para aproveitar o maior e mais agressivo ciclo de alta da história do mercado de criptomoedas.

O objetivo é formar 1.000 novos milionários no período de 1 ano e 2 meses.

Vale destacar que, apesar de ambicioso, o projeto é crível: na máxima recente do Bitcoin, cerca de 1.500 novos milionários estavam sendo formados diariamente: 

Fonte: Cointelegraph 

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Sobre o autor

Juan Rey

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Contato: juan.rey@empiricus.com.br