Investimentos

Apesar do curto prazo desafiador, Magazine Luiza (MGLU3) segue com bons fundamentos e é player preparada para competir com Amazon e Mercado Livre no país, diz Felipe Miranda

Em sua live no Instagram, o CIO e estrategista chefe da Empiricus comentou sobre outros tickers promissores como Direcional (DIRR3) e Gerdau (GGBR4), e ainda analisou a incorporação da Mosaico (MOSI3) pelo Banco Pan (BPAN4)

Por Daniela Rocha

18 out 2021, 12:30

Momento de compras. Ainda há muitas ações de boas companhias baratas – como a da Magazine Luiza (MGLU3), e a Bolsa pode surpreender positivamente na reta final de 2021. É o que disse Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus, na abertura de sua live semanal no Instagram (ofelipe_miranda), neste domingo (17/10).  “Podemos ter um final de ano muito mais frutífero do que nossas mentes lineares costumam pensar. A Bolsa não caminha de forma linear, as coisas são mais erráticas”, comentou. 

Neste mês até o dia 15, Ibovespa teve uma alta de 3,31%, embora no ano ainda esteja acumulando uma queda de 3,67%. 

Para Felipe, a Bolsa pode ter melhor desempenho nem que seja por mera recomposição nominal – correção da inflação, mas também por prováveis melhorias no cenário. Dentre elas, as movimentações por candidatos de terceira via para a eleição presidencial de 2022, o que agrada o mercado. 

Na live, ele comentou sobre a disputa das prévias no PSDB para definir o nome. “Saiu uma nota dizendo que Eduardo Leite teria mais chances nas prévias e que seria mais competitivo do que o Doria”, afirmou, referindo-se a um relatório de uma consultoria.

A crise hídrica segue como um dos principais riscos, no entanto, a forte estiagem deu espaço às chuvas nos últimos dias, embora abaixo das médias históricas. “Tem chovido bastante. Se houver melhora nos níveis dos reservatórios daqui pra frente e diminuição desse risco, isso contribuirá com a recuperação”, disse. 

Ficará ainda o “barulho” de temas pendentes como a extensão do auxílio emergencial, a PEC dos Precatórios e a reforma do Imposto de Renda. “Me parece que terão que encaminhar essas questões ao longo das próximas semanas, o que pode ser bom para a Bolsa. Chega desse ‘bode na sala’”, avaliou. 

Como não poderia faltar, atendendo a pedidos dos seus seguidores, ele falou sobre sobre tickers promissores para se ter na carteira.  

Eu acompanhei tudo e aqui estão para você os pontos principais: 

Magazine Luiza (MGLU3) para ganhos no médio e longo prazo

Nos últimos meses, o mercado passou por momentos de intensa turbulência e as ações da Magazine Luiza (MGLU3) sofreram – mas de forma exagerada, segundo Felipe Miranda, analista que já entregou 446% para aqueles que seguem a sua carteira Oportunidades de uma Vida desde setembro de 2015.

 

Ele admite que, no curto prazo, a situação ainda será desafiadora para a companhia. Apesar de ter diversificado duas atividades, a Magalu ainda depende muito das vendas no segmento de bens de consumo duráveis, que é cíclico. “Hoje, tem o problema da inflação do lado da oferta, das matérias-primas e insumos para produzir os bens duráveis, e da dificuldade de repassar na conta, pois é um mercado que depende muito da renda disponível”, explicou. 

Já no médio e longo prazo, o case é construtivo e a ação tem alto potencial de valorização, na visão do analista. 

Tirando questões circunstanciais, os fundamentos da companhia continuam os mesmos, incluindo boa gestão, logística eficiente e aquisições estratégicas.  “Todos os grandes fundamentos estão lá colocados. Ela está pegando o que há de melhor no modelo chinês e de outros players. É a empresa que conseguirá concorrer com Mercado Livre e Amazon mais para frente aqui no Brasil”, ressaltou.

Felipe comentou que visitou a Magazine Luiza na semana passada, onde bateu papo com Fred Trajano, CEO da companhia. Para ele, a liderança é um dos diferenciais da varejista. “Fred está, inclusive, no conselho do Itaú, ele sabe tudo sobre fintechs e está acompanhando a nova fronteira tecnológica na China”, contou.  

30 DIAS GRATUITOS – CONHEÇA AGORA A CARTEIRA OPORTUNIDADES DE UMA VIDA LIDERADA POR FELIPE MIRANDA 

Banco Pan (BPAN4) e Mosaico (MOSI3): uma combinação de valor

No início deste mês o Banco Pan (BPAN4) anunciou um acordo para incorporação da Mosaico (MOSI3), dona das marcas Zoom, Buscapé e Bondfaro, a maior plataforma de buscadores de ofertas, comparações de preços e originação de vendas para o e-commerce do Brasil. 

Segundo Felipe Miranda, essa fusão ainda não foi avaliada pelo mercado como deveria. Em um primeiro momento, as ações do Pan chegaram a cair. No entanto, para ele, há possibilidade de captura de altos ganhos de sinergias nos próximos meses. “Eu gosto muito dessa combinação de banking, investments, e-commerce e tech. Acho que é uma grande proposta de valor”, destacou na live

No caso, o Pan, que é especialista em conceder crédito e está investindo fortemente em sua atuação digital, tem como acionista o BTG, que é o maior banco de investimentos da América Latina. Na vertente de e-commerce, isto é, com a expertise da Mosaico, a conversão de clientes tende ser bastante positiva. E o Felipe fez até uma simulação aos seus seguidores. “O marketplace tem mais de 20 milhões de clientes. Vamos supor que a conversão venha a ser de apenas 2%, o que é bem conservador, isso representa 400 mil pessoas acessando linhas de crédito ou investimentos. É muita gente”, exemplificou. 

O novo marketplace, fruto do negócio entre Pan e Mosaico, nasce com R$ 4,2 bilhões de GMV/ ano – volume bruto de mercadorias transacionadas. “Imagine uma pessoa interessada em comprar um Iphone de R$ 8 mil, mas ela tem somente R$ 6 mil, pode ser informada sobre uma linha de crédito do Pan para completar.” 

O analista disse ainda que, ao conversar com o Carlos Eduardo Guimarães, CEO do Banco Pan, e com Guilherme Pacheco, fundador da Mosaico em uma live da Empiricus na sexta-feira (15/10), ele ficou impressionado com a capacidade de alguns ganhos rápidos (quick wins) no radar. Por exemplo, o cartão co-branded já na Black Friday.

Apesar de queda, Méliuz (CASH3) segue com boa estratégia

Felipe Miranda explicou os motivos que levaram às quedas de Méliuz (CASH3), empresa de cashback, nos últimos tempos. 

De acordo com ele, após o preço da ação multiplicar quase 8 vezes, acabou dividindo por dois. 

A ação passou por uma correção após a alta acentuada, o que é natural, mas, na sequência, a companhia soltou resultado abaixo do esperado no segundo trimestre deste ano, o que fez com que caísse ainda mais na Bolsa. Apesar de ter reportado um crescimento de 120% na receita líquida na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a companhia apresentou prejuízo de R$ 6,9 milhões no período.  

Somado a isso, recentemente, o mercado passou a bater nas techs de forma geral e Méliuz não escapou. Com a trajetória de alta das taxas de juros, está havendo rotation trade das empresas de crescimento para, sobretudo, bancos e commodities. 

Entretanto, Felipe acredita que a Méliuz está no caminho certo, especialmente por ter adquirido o Acesso Bank para crescer na sua vertical de serviços financeiros, incluindo um cartão de crédito. 

De acordo com ele, os benefícios e desdobramentos da transação ainda não aparecerão nos resultados do terceiro trimestre. Porém, pensando em um horizonte mais amplo, a ação da companhia pode decolar. “A assimetria nesses níveis é muito favorável”, disse Felipe Miranda, que acredita que Méliuz tem uma estratégia muito clara, que vem sendo bem executada. E a empresa tende a ser um player relevante e até mesmo possível alvo de aquisição. 

Ele mencionou um relatório de um analista do setor de bancos e financeiro do BTG Pactual que traça diversos cenários para Méliuz e, no melhor deles, o upside é de mais de 100%. 

SAIBA QUAIS SÃO AS 24 AÇÕES RECOMENDADAS POR FELIPE MIRANDA – VOCÊ PODE ACESSAR A SÉRIE OPORTUNIDADES DE UMA VIDA POR 30 DIAS GRATUITAMENTE

Direcional (DIRR3) tem prévia espetacular

O estrategista-chefe da Empiricus comentou que a prévia operacional da Direcional (DIRR3) no terceiro trimestre é uma ‘aula’ de como dobrar a companhia em dois anos sem aumentar as despesas e administrativas. 

As vendas da construtora, que tem atuação nacional e foco em empreendimentos residenciais para a classe média, bateram recorde, somando R$ 643 milhões, um aumento de 40% ante o mesmo período do ano passado e de 5% sobre o segundo trimestre deste ano.

A Direcional lançou 10 empreendimentos com valor geral de vendas de R$ 1,1 bilhão, crescimento de 88% na comparação com o ano passado e de 37% em relação ao segundo trimestre deste ano. 

“A Direcional conseguiu fazer muitos lançamentos e a velocidade de vendas foi muito boa”, comentou Felipe. 

A evolução dos negócios da companhia abre caminho para pagamentos de proventos. “Podemos ter surpresa em relação a dividendos até o final do ano.”

Ponto de entrada: Gerdau (GGBR3, GGBR4) está descontada

Os dados do Instituto Aço Brasil, que reúne empresas brasileiras produtoras de aço, demonstram que os embarques domésticos e o consumo aparente estão crescendo ano contra ano. “A demanda não mostra sinais de arrefecimento”

A Gerdau, negociando a 2,5 vezes o seu Ebitda anual (geração de caixa), é uma oportunidade de compra no momento, conforme Felipe. 

Na live no Instagram, o Felipe também falou sobre Mitre (MTRE3), 3R Petroleum (RRRP3), WDC Networks (LVTC3), B3 (B3SA3), XP (XPBR31) e BTG Pactual (BPAC11). 

Assista à live completa clicando aqui.

Além disso, eu gostaria de te convidar para acessar a série Palavra do Estrategista, totalmente de graça, por 30 dias. 

 

O Felipe está oferecendo um trial especial e você poderá conhecer a alocação da carteira Oportunidades de Uma Vida. São 24 ações com alto potencial de valorização de variados setores da economia. 

 

Além disso, poderá ler relatórios atualizados, acompanhar plantões de dúvidas online e ainda participar de um grupo exclusivo do Telegram. 

 

Vale a pena você conhecer. Tenho certeza que você irá gostar. 

 

CLIQUE AQUI E ACESSE A CARTEIRA OPORTUNIDADES DE UMA VIDA

Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.