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Consultoria britânica estima que S&P 500 pode atingir 7.000 pontos em 2025; Empiricus indica as melhores ações americanas para comprar antes disso

Enzo Pacheco seleciona papéis de maior potencial de valorização com ou sem a Inteligência Artificial

Por Anna Larissa Zeferino

18 jul 2024, 16:00

S&P bolsa americana ações
Imagem: Reprodução/Google Maps

Entrando na segunda metade de 2024, o índice S&P 500 (das 500 maiores empresas negociadas na bolsa americana) tem acumulado uma alta de aproximadamente 18% este ano. Até o fechamento da última terça-feira (16), o índice já havia emplacado 38 máximas históricas apenas em 2024.

É consenso no mercado que a histórica performance do índice tem sido “carregada” pelas empresas envolvidas com Inteligência Artificial (IA). Esse foco em um setor específico levanta suspeitas de que possa se tornar uma eventual “bolha”, como periodicamente surgem no mercado de ações.

Conforme apuração do site Investopedia, no ranking das 25 maiores empresas do S&P 500 (baseadas no peso de cada uma dentro do índice), as cinco primeiras atualmente são empresas de tecnologia, com investimentos relevantes na IA:

Levantamento das maiores companhias do S&P 500 por peso dentro do índice. As cinco primeiras são empresas de tecnologia e influentes no ramo da IA. (Fonte: Investopedia.com, consultado em 17/07/2024)
Levantamento das maiores companhias do S&P 500 por peso dentro do índice. As cinco primeiras são empresas de tecnologia e influentes no ramo da IA. (Fonte: Investopedia.com, consultado em 17/07/2024)

E, ao que tudo indica, a onda da IA pode estar um pouco longe de chegar ao fim.

A empresa britânica de consultoria Capital Economics divulgou, no dia 1º deste mês, um relatório estimando que o S&P 500 possa atingir um pico de 7.000 pontos em 2025, aumento de aproximadamente 27% em relação ao seu patamar atual – que está em torno dos 5.600 pontos.

No relatório, o autor Neil Shearing afirma (em nome da empresa) acreditar que uma bolha pode estar se formando em torno da IA, e compara a “bolha pontocom” do início dos anos 2000 com a fase atual, usando o comportamento da primeira como parâmetro para a última.

A bolsa americana vai parar de subir ou não?

Mesmo que a empresa autora do estudo acredite na possibilidade de uma bolha (que tende a “estourar” após fase de maior entusiasmo), de qualquer forma, também indica que a bolsa americana ainda tem espaço para crescer primeiro, antes que algo possa mudar.

Assim, agora pode acabar sendo um momento atrativo para “surfar na onda” dessa alta.

Em contrapartida, Enzo Pacheco, analista da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual, afirma que “teria cuidado com o termo ‘bolha’”.

Segundo ele, as empresas de tecnologia em evidência na narrativa atual têm entregado ótimos resultados. Diferentemente da “bolha pontocom” citada anteriormente, na qual as empresas envolvidas cresceram em torno de expectativas de lucros futuros sem apresentar resultados satisfatórios na prática. E completa:

“Não acho que os preços estejam em patamares extremamente atrativos. Mas ‘bolha’, em si, me parece que ainda está um pouco distante – o que não significa que o investidor tem que pular ‘de bomba’ nessa piscina chamada IA. Pode entrar aos poucos, tem que ter uma exposição na carteira, mas pode ser que tenha oportunidades melhores caso as ações caiam.”

Além disso, é importante mencionar que outros fatores podem impulsionar a contínua valorização da bolsa americana neste curto e médio prazo. Dentre eles, a queda na taxa de juros nos EUA, esperada para começar a acontecer a partir de setembro deste ano. 

Em nome da diversificação e da solidez da carteira no longo prazo, o momento pode ser bom para investir em ações que ofereçam o melhor dos dois mundos: além de mostrarem boa performance agora, também tenham potencial de resistência ao teste do tempo. 

COM OU SEM BOLHA, CONHEÇA AS 10 MELHORES AÇÕES AMERICANAS PARA COMPRAR AGORA

Ações “à prova de bolha” na bolsa americana?

Há empresas no topo do S&P 500 que, mesmo se beneficiando dos holofotes voltados para a IA, têm chances de bons resultados para além desse setor.

Como exemplo, podemos falar da Amazon (AMZO34) e da Meta (M1TA34).

Amazon (AMZO34): Recentemente atingiu o valor de mercado de mais de US$3 trilhões, com destaque para seu serviço de computação em nuvem, o AWS, que serve como “motor” para as ferramentas de IA. Mas a empresa é atuante em diversas frentes, do e-commerce ao streaming, fazendo com que sua receita venha de setores não muito correlacionados;

Meta (M1TA34): Apesar de também ter concentrado seus esforços no desenvolvimento de ferramentas de IA, o conglomerado é dono das principais redes sociais do mundo (Facebook, Instagram e WhatsApp), que pouco dependem da tecnologia. Além disso, a receita da empresa é gerada majoritariamente por vendas de publicidade.

Além das duas empresas citadas, ainda há outras opções disponíveis para que o investidor possa equilibrar riscos e diversificar sua carteira.

E a boa notícia é que você não precisa ter o trabalho de procurar por essas empresas “no escuro”, sem a ajuda de escolhas profissionais.

Invista em ações americanas com ajuda profissional

Enzo Pacheco selecionou a dedo os 10 melhores BDRs para comprar agora, e os transformou em uma carteira recomendada para este mês.

BDRs são certificados que representam, na bolsa brasileira, ações listadas em mercados estrangeiros. A vantagem de investir em BDRs é a possibilidade de investir em empresas do exterior sem sair do Brasil ou abrir uma conta em corretora estrangeira.

Com a carteira recomendada, o investidor diversifica seu portfólio com as melhores apostas do mercado americano no momento – e não só em tecnologia e inteligência artificial.

E o melhor: você pode consultar a carteira gratuitamente. Tudo o que você precisa fazer é ler as recomendações e decidir por onde começar.

Para além de tech e IA: Carteira recomendada do mês

A carteira internacional desse mês traz, além de Amazon e Meta, empresas como:

  • A maior seguradora de saúde dos EUA, cujas ações estão em alta após o último balanço trimestral;
  • Holding com investimentos em áreas muito diversificadas e portfólio avaliado em mais de US$330 bilhões;
  • Petrolífera com planos de altos retornos aos seus acionistas, mirando em um dividend yield de quase 5%;
  • Uma rede de fast food altamente lucrativa, cujas vendas anuais estão na casa dos US$75 bilhões.

Lembrando que a lista completa está disponível de graça. Basta clicar no botão abaixo para conferir. Boa leitura e bons investimentos!

Sobre o autor

Anna Larissa Zeferino

Jornalista e entusiasta do mercado financeiro, migrou oficialmente para a área há dois anos. Escreve para os portais Seu Dinheiro, Money Times e Empiricus.