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Com Guedes, agenda liberal não andou e deu espaço para ‘pesadelo populista’, diz Luciano Bivar

Bivar, que ajudou a eleger Bolsonaro e é o presidente do União Brasil, partido criado a partir da fusão entre o PSL e o DEM, diz que o partido vai apresentar nome para a “terceira via” nas eleições de 2022

Por Equipe Empiricus

27 out 2021, 13:23

O saldo de três anos de governo Bolsonaro para o avanço das reformas liberais, tão esperadas pelo mercado financeiro, é negativo. O que começou com um sonho do avanço do liberalismo no Brasil sob a liderança do ministro da Economia, Paulo Guedes, agora pode ser definido como um pesadelo populista.

A avaliação é do deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, criado a partir da fusão entre o Partido Social Liberal (PSL) e o Democratas (DEM). Ele foi um dos aliados de Bolsonaro nas eleições de 2018. O PSL foi a legenda pela qual o presidente concorreu e venceu a disputa.

“Na largada, a equipe econômica era muito boa. Assim como no primeiro governo Lula, não tinha qualquer senão contra os ministros. A estrutura do [Paulo] Guedes era muito boa, mas depois desfigurou”, afirmou Bivar, em entrevista ao RadioCash, podcast da Empiricus.

O deputado destacou os compromissos da agenda liberal que não foram adiante no governo. “O Guedes disse que ia privatizar um número de estatais e não teve. Salim Mattar saiu do governo frustrado, não conseguiu fazer nada disso.”  

Bivar contou no programa um pouco sobre as decepções com a condução do governo, além dos bastidores da entrada até a saída de Jair Bolsonaro do PSL. Mesmo com o abandono do presidente, o deputado afirma que não existem ressentimentos. 

Ele lembra que, antes de entrar no partido, Bolsonaro teve acesso às diretrizes do partido, que pregava o liberalismo econômico, respeito às instituições e um estado laico. “Foi frustrante para gente que aquele documento não teve nenhum valor [para ele]”, afirmou o deputado durante o programa, apresentado por Felipe Miranda, CIO da Empiricus, Jojo Wachsmann, sócio e fundador da Vitreo.

Terceira via é viável

As eleições já começam a tomar conta do noticiário nacional. Qual será a posição do União Brasil em relação à chamada terceira via, uma alternativa aos atuais candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Jair Bolsonaro (sem partido)?

Bivar é certeiro na resposta: “pode ter certeza que teremos um nome para o ano que vem”. Para o deputado, mais de 55% dos eleitores ainda não se decidiram sobre o candidato de 2022, o que abre espaço para uma alternativa à “extrema esquerda e a direita fundamentalista”, segundo ele. 

Partidos como PSDB MDB também devem lançar candidaturas de terceira via no final de novembro. “Podem ficar otimistas”, garante Bivar. 

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