Investimentos

Não espere pelo Nubank; conheça 3 empresas que fizeram IPO este ano e podem te entregar lucros nos próximos anos

A oferta de ações da fintech ainda está longe de sair do papel, mas você já pode capturar boas oportunidades na B3 com esses três outros papéis estreantes

Por Maria Eduarda Nogueira

27 out 2021, 16:14

Desde o começo de 2021, a possível oferta pública inicial do Nubank tem dominado o noticiário econômico. Hoje, o ‘roxinho’ protocolou perante a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a B3 e a SEC (Securities and Exchange Commission) o seu pedido de registro de oferta de ações. Fica a dúvida: quando o IPO do Nubank vai finalmente sair do papel? 

A proposta da fintech é fazer seu IPO nas Bolsas Americanas e listar BDRs (Brazilian Depositary Receipts, certificados que representam ações emitidas por empresas gringas) na B3. Com isso, o investidor pessoa física que quer comprar ações do Nubank poderia fazê-lo pela Bolsa brasileira mesmo, sem precisar abrir conta no exterior.

Mas apesar de todo o buzz causado pela notícia, o IPO do banco digital ainda deve demorar. Além de todas as questões regulatórias e burocráticas que envolvem a oferta de ações, tanto no Brasil quanto no exterior, ainda não foi feito um prospecto definitivo. Ademais, não se tem nem estimativas para o preço do papel. 

No comunicado oficial, o Nubank afirma o protocolo “não constitui uma oferta de venda ou uma solicitação para oferta de compra de títulos e valores mobiliários no Brasil, nos Estados Unidos da América ou em qualquer outra jurisdição”

Ou seja: quem tem interesse em investir no roxinho ainda vai ter que esperar um tempo. Mas isso não significa que não dá pra buscar lucros com outros IPOs já realizados na Bolsa (veja aqui 3 ações novatas com potencial de alta)

Anitta e Buffett colocam Nubank nas manchetes, mas investidor deve avaliar bem antes de colocar o ‘roxinho’ na carteira

O IPO do Nubank tem sido muito aguardado não só porque o banco digital se tornou “pop”. É fato que a fintech é uma personagem recorrente no noticiário econômico. Neste ano, o aporte de US$ 500 milhões da Berkshire Hathaway, empresa do megainvestidor Warren Buffett, e o anúncio da cantora Anitta como conselheira do banco dominaram as manchetes.  

Com o “selo Buffett” e o “selo Anitta”, a fintech parece tentar agradar tanto a Faria Lima quanto a base jovem de clientes. 

Mas, na verdade, quando se fala da possível oferta pública de ações, o que impressiona o mercado e os investidores é o valuation (valor de mercado). O número oficial ainda não saiu, mas há informações na imprensa de que o preço da oferta pode avaliar o banco em US$ 100 bilhões. 

A título de comparação, nem o bancão mais tradicional e consolidado do país vale tudo isso: o Itaú (ITUB4) vale “apenas” US$ 41 bilhões em Bolsa. Com este valuation estimado, a fintech estreante na B3 custaria o mesmo que a consolidada Vale (VALE3). 

A pergunta no ar é se uma empresa que deu seu primeiro lucro apenas em outubro deste ano poderia se sobressair em relação a blue chips da B3, como Vale e Itaú. 

Na visão da analista da Empiricus, Larissa Quaresma, os múltiplos do Nubank parecem bastante exagerados. 

O Nubank teve um produto bancário (soma da receita de crédito mais a receita de serviços, menos o custo de captação do dinheiro dos clientes) de R$ 2,8 bilhões em 2020. “Considerando esses números como a receita da instituição e um valor de mercado que equivale, em reais, a R$ 454 bilhões, o mercado estaria pagando um múltiplo de 162 vezes a receita de 2020”, explica a analista. 

Basta comparar esses números com os de outras empresas com características semelhantes ao Nubank para ver como parecem desproporcionais. 

  • Méliuz (CASH3), listada na B3, negocia a 21 vezes a receita de 2021. 

  • Stone (STNE), empresa brasileira listada na NYSE, 15 vezes. 

  • A Robinhood (HOOD), plataforma de investimentos americana que é um fenômeno entre os millenials, 19 vezes. 

O Tinkoff, banco digital russo que é o grande benchmark para o Nubank, fez sua última rodada de investimentos a um valuation de US$ 6,3 bilhões, o que significaria um múltiplo de 2 vezes a receita de 2021 (assumindo um crescimento de 30% sobre a receita de 2020). “Nada chega nem perto do múltiplo almejado pelo Nubank”, diz Quaresma. 

Nesta quarta-feira (27), circulam na imprensa estimativas mais modestas de valuation da fintech, que variam entre US$ 50 bilhões e US$ 70 bilhões. Um número um pouco menor, mas que ainda é bem robusto para uma empresa que acumulou prejuízos milionários nos últimos anos. 

Não precisa aguardar o IPO do Nubank: essas três empresas novatas da B3 estão em ponto de entrada para você buscar lucros já

Ainda não sabemos se o mercado vai estar disposto a pagar um múltiplo tão elevado pela fintech. Mas você não precisa esperar o IPO do Nubank sair do papel para capturar boas oportunidades com empresas “novatas” na Bolsa. Pode ser que a oferta de ações do roxinho demore a chegar, já que o banco ainda está engatinhando no processo. 

Enquanto o Nubank se resolve com a CVM e com a SEC, há três empresas promissoras ‘dando sopa’ na B3 que podem ser boas pedidas para sua carteira de investimentos. São empresas com teses de investimento sólidas, que fizeram seus IPOs em 2021 e têm potencial para fazer seu patrimônio se multiplicar nos próximos anos. 

E mais: os analistas que avaliaram o negócio entendem que elas estão extremamente baratas, constituindo um ponto de entrada ideal para você que quer se expor às possibilidades de lucros sem pagar tanto por isso. 

Através deste link, você acessa um relatório gratuito com o nome das três empresas e suas respectivas análises econômicas, com os motivos pelos quais são consideradas “achados” na bolsa. Você pode decidir depois se vai investir nelas ou não, mas não custa nada ter acesso ao conteúdo. 

NÃO ESPERE PELO IPO DO NUBANK: VEJA 3 EMPRESAS PROMISSORAS QUE ESTREARAM NA BOLSA ESTE ANO E PODEM DAR LUCRO NOS PRÓXIMOS ANOS

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens antes de entrar no mercado financeiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.