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Iguatemi (IGTI11) reporta resultado sólido no 2T24, com crescimento de 24,6% no lucro líquido; é hora de investir?

A Iguatemi (IGTI11) reportou uma alta de 7% no volume de vendas totais no 2T24, em relação ao ano anterior (2T23). Confira o resultado completo.

Por Caio Araújo

07 ago 2024, 10:03 - atualizado em 07 ago 2024, 10:03

Fachada do JK Iguatemi IGTI11 dividendos

Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Imagem: GMM Engenharia e Construção

Na noite de ontem (6), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 2T24, com números alinhados às estimativas do consenso. As vendas totais atingiram R$ 4,9 bilhões no trimestre, um crescimento de 7% em relação ao 2T23.

Iguatemi (IGTI11) reporta balanço do 2T24 em linha com o consenso

O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 4% na comparação anual, com destaque para os segmentos de artigos para o lar, joalherias, e saúde & beleza.

O aluguel nas mesmas lojas (SSR) foi de 2,9%, influenciado pelo spread positivo de 10,9% para os contratos renovados no período. Excluindo o mês de maio dos shoppings impactados pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS), os indicadores SSS e SSR seriam de 6,7% e 4,9%, respectivamente.

A taxa de ocupação média foi de 95,0%, um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação ao 2T23, o maior nível para um trimestre desde 2015.

O custo de ocupação se manteve bem controlado, na casa de 10,8%, o que deve sustentar a manutenção do spread real positivo para o portfólio de shoppings do Iguatemi. Outro ponto importante é a inadimplência, que registrou um nível negativo (-1,4%).

Na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), houve uma queda de 3,5% na receita – já esperada devido à reestruturação realizada no ano passado –, mas o resultado final (EBITDA) permaneceu positivo.

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Lucro líquido do IGTI11 cresce 24% em comparação anual

Com a performance razoável dos empreendimentos, a receita líquida da Iguatemi atingiu R$ 318,5 milhões no trimestre, um crescimento de 3,4% em relação a 2023.

Diante de um ótimo gerenciamento de custos e despesas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 233 milhões no trimestre, 11,5% acima do 2T23, com um novo incremento de margem para 73,1%.

A linha final foi impactada pelo resultado da operação SWAP de ações, que gerou um prejuízo de R$ 19 milhões no período. Desconsiderando os efeitos não caixa, o lucro líquido foi de R$ 106,5 milhões, 24,6% acima do 2T23.

Ao final, o FFO (Fluxo de Caixa Operacional) ajustado foi de R$ 153,9 milhões, um aumento de 19,3% na comparação anual, com um ganho de 6,4 pontos percentuais de margem (48,3%).

Com a boa performance operacional, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 1,80x, nível ligeiramente abaixo dos últimos períodos. Vale mencionar a economia no custo da dívida, promovida por uma breve readequação na composição da alavancagem.

Apesar do impacto no RS, Iguatemi mantém perspectivas sólidas

Assim como a Multiplan (MULT3), a Iguatemi adiantou bons números de vendas em julho, com um crescimento estimado de 11%. Ademais, mesmo com o impacto negativo dos imóveis no RS, a Iguatemi formalizou a manutenção do guidance para 2024.

Em geral, os números da Iguatemi foram sólidos e em linha com o esperado. Para o segundo semestre, a estimativa continua positiva, com boas perspectivas para o crescimento de aluguel nos shoppings.

Negociando a 8,6 vezes o FFO para 2025, entendemos que a ação IGTI11 se encontra em um patamar interessante para compra. Para entender a tese completa por trás da recomendação de investimento em Iguatemi e conferir ainda mais 9 ações da bolsa brasileira com boas perspectivas para agosto, é só acessar este relatório gratuito preparado pelos analistas na Empiricus Research.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.