Na noite de ontem (6), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 2T24, com números alinhados às estimativas do consenso. As vendas totais atingiram R$ 4,9 bilhões no trimestre, um crescimento de 7% em relação ao 2T23.
Iguatemi (IGTI11) reporta balanço do 2T24 em linha com o consenso
O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 4% na comparação anual, com destaque para os segmentos de artigos para o lar, joalherias, e saúde & beleza.
O aluguel nas mesmas lojas (SSR) foi de 2,9%, influenciado pelo spread positivo de 10,9% para os contratos renovados no período. Excluindo o mês de maio dos shoppings impactados pelas chuvas no Rio Grande do Sul (RS), os indicadores SSS e SSR seriam de 6,7% e 4,9%, respectivamente.
A taxa de ocupação média foi de 95,0%, um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação ao 2T23, o maior nível para um trimestre desde 2015.
O custo de ocupação se manteve bem controlado, na casa de 10,8%, o que deve sustentar a manutenção do spread real positivo para o portfólio de shoppings do Iguatemi. Outro ponto importante é a inadimplência, que registrou um nível negativo (-1,4%).
Na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), houve uma queda de 3,5% na receita – já esperada devido à reestruturação realizada no ano passado –, mas o resultado final (EBITDA) permaneceu positivo.
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Lucro líquido do IGTI11 cresce 24% em comparação anual
Com a performance razoável dos empreendimentos, a receita líquida da Iguatemi atingiu R$ 318,5 milhões no trimestre, um crescimento de 3,4% em relação a 2023.
Diante de um ótimo gerenciamento de custos e despesas, o EBITDA ajustado alcançou R$ 233 milhões no trimestre, 11,5% acima do 2T23, com um novo incremento de margem para 73,1%.
A linha final foi impactada pelo resultado da operação SWAP de ações, que gerou um prejuízo de R$ 19 milhões no período. Desconsiderando os efeitos não caixa, o lucro líquido foi de R$ 106,5 milhões, 24,6% acima do 2T23.
Ao final, o FFO (Fluxo de Caixa Operacional) ajustado foi de R$ 153,9 milhões, um aumento de 19,3% na comparação anual, com um ganho de 6,4 pontos percentuais de margem (48,3%).
Com a boa performance operacional, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 1,80x, nível ligeiramente abaixo dos últimos períodos. Vale mencionar a economia no custo da dívida, promovida por uma breve readequação na composição da alavancagem.
Apesar do impacto no RS, Iguatemi mantém perspectivas sólidas
Assim como a Multiplan (MULT3), a Iguatemi adiantou bons números de vendas em julho, com um crescimento estimado de 11%. Ademais, mesmo com o impacto negativo dos imóveis no RS, a Iguatemi formalizou a manutenção do guidance para 2024.
Em geral, os números da Iguatemi foram sólidos e em linha com o esperado. Para o segundo semestre, a estimativa continua positiva, com boas perspectivas para o crescimento de aluguel nos shoppings.
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