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Taesa (TAEE11): dividendos de R$ 0,64 por ação não animaram o mercado? Veja o que está em jogo

A ação da Taesa (TAEE11) fechou no ‘zero a zero’ no pregão da última terça-feira (13) e resultados abaixo do esperado podem ser a principal causa

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

16 ago 2024, 09:07 - atualizado em 16 ago 2024, 09:07

Taesa TAEE11

Imagem: Divulgação/Taesa

A Taesa (TAEE11) anunciou, na última segunda-feira (12), a distribuição de R$ 223 milhões em dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), referente ao lucro apurado no segundo trimestre de 2024. 

Ao todo, a companhia vai pagar R$ 0,64 por unit (TAEE11), sendo R$ 0,30 em dividendos e R$ 0,34 em JCP, o que equivale a um um yield de 1,8%

O pagamento será realizado no dia 27 de novembro para aqueles que estiverem na base acionária da companhia no dia 15 de agosto, próxima quinta-feira.

Conhecida por pagar dividendos “gordos” aos investidores, o anúncio de proventos da Taesa costuma causar uma disparada no preço das ações da companhia. 

Entretanto, desta vez foi diferente. Mesmo com a divulgação dos dividendos, as ações da companhia (TAEE11) encerraram a terça-feira (13) no mesmo preço de abertura (R$ 35,38). 

Dividendos da Taesa (TAEE11) não agradaram? 

Junto com o anúncio dos dividendos, a Taesa também apresentou o balanço do 2T24 com resultados que não foram tão animadores. 

Embora a companhia tenha registrado um lucro líquido de R$ 294 milhões, o que representa um crescimento de 23% em comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado operacional da elétrica deixou a desejar. 

O analista da Empiricus, Ruy Hungria, apontou, em entrevista ao Giro do Mercado na última terça-feira (13), que o lucro líquido da companhia foi ajudado pelo menor pagamento de juros no período, bem como benefícios fiscais e deduções

Contudo, nas linhas operacionais do balanço do segundo trimestre, a receita líquida regulatória caiu 7,2% na comparação anual, para R$ 579,7 e o Ebitda regulatório ficou em R$ 486,6, um recuo de 5,1% em relação ao 2T23. 

Outro ponto que chamou a atenção foi a alavancagem da companhia, que saltou 6,8% de 4,4x dívida líquida/Ebitda no 1T24 para 4,7x no segundo trimestre. 

Em maio, Hungria já havia chamado a atenção para o nível de endividamento da Taesa (TAEE11) e o impacto que eles poderiam ter na distribuição de dividendos. 

Nesse sentido, os analistas do BTG Pactual também destacaram uma possível queda nos proventos da companhia. Em relatório publicado na terça-feira (13), o banco pontuou que “à medida que o balanço patrimonial da Taesa se torna mais apertado, a probabilidade de atingir o payout de 100% pretendido no curto prazo diminui.”

Além disso, os analistas do banco estimam que a elétrica deve pagar um dividend yield de 6,5% em 2024. Vale lembrar que, em 2023, a companhia pagou um yield de 10% considerando dividendos e JCP.  

Diante desses números, tanto o BTG Pactual quanto a Empiricus estão deixando as ações da Taesa (TAEE11) fora de suas carteiras recomendadas de agosto

Para Ruy Hungria, a companhia já está bem precificada negociando a “10x preço/lucros e com investimentos pela frente que podem pressionar a geração de caixa”. 

O BTG Pactual complementa que, além de “existirem nomes mais baratos e com dividendos melhores no setor […] a companhia negocia a uma TIR real pouco atraente de 6,7% (uma das mais baixas em nossa cobertura)”. 

Em contrapartida, as casas possuem uma recomendação de ação de energia elétrica em comum em suas carteiras. Na visão de ambas as instituições, outra empresa do setor pode trazer mais retorno para o investidor neste momento. 

A ação de elétrica que está nas carteiras do BTG e da Empiricus

A elétrica em questão está entre as maiores distribuidoras de energia do país. O principal foco de atuação dessa companhia é na reestruturação de concessões deficitárias, mas que possuem grande potencial de melhorias.  

Esta elétrica se destaca pelo seu management de extrema qualidade, bem como histórico comprovado na atuação em áreas difíceis. 

Além da distribuição, a companhia também atua no setor de transmissão, ambos serviços de necessidade básica que costumam ser menos impactados em um cenário de desaceleração econômica

Ou seja, a receita da companhia mantém certa estabilidade em diferentes períodos econômicos. 

A companhia vai divulgar os resultados do 2T24  hoje (14), e a expectativa do BTG Pactual é de que este será “outro trimestre de resultados operacionais sólidos”. O banco inclusive destacou que destacou que a taxa interna de retorno desta elétrica pode saltar 5% e o preço da ação pode chegar até R$ 43

Como eu disse, este papel foi recomendado na carteira mensal tanto do BTG Pactual quanto da Empiricus Research. Contudo, ele não é o único com potencial de entregar retornos para os investidores neste momento. 

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Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.