Um estudo pioneiro realizado pela Empiricus em parceria com os pesquisadores professor doutor Joel Dutra, professor doutor Rodolfo Olivo e professor Rodrigo Silva, traçou o Mapa do Investimento no Brasil e mostrou como os investidores das cinco regiões brasileiras se comportam. A pesquisa também revelou diferenças nas escolhas de investimento de homens e mulheres e entre gerações. Confira os resultados.
Investimentos mais populares no Brasil
Dentre uma lista de 20 ativos financeiros, a pesquisa pediu aos participantes que selecionassem quais deles faziam parte da carteira de investimento no momento da pesquisa e em quais pretendiam investir em 2018.
Os cinco mais votados foram:
Investimentos hoje* | Investimentos próximos 12 meses | ||
Ações | 14% | Moedas digitais | 10% |
Tesouro Direto | 13% | Dólar | 9% |
Previdência privada | 8% | Fundos imobiliários | 9% |
Fundos imobiliários | 7% | Ouro | 8% |
CDB | 6% | Opções | 8% |
*Momento da pesquisa
Perfil da carteira de investimentos nacional e por região
O estudo mostrou que a atual carteira de investimentos nacional é conservadora. Do total, 45% dos recursos estão aplicados em ativos de baixo risco e baixa volatilidade, de acordo com os critérios da pesquisa.
Das cinco regiões do país, o Sudeste tem a carteira mais equilibrada entre os ativos, acompanhando a média nacional, assim como o Sul e o Centro-Oeste. A região mais conservadora é o Nordeste, com 47% alocados em ativos de baixo risco e baixa volatilidade. A região Norte é a mais arrojada, com 39% dos recursos em ativos de alto risco e alta volatilidade.
Carteira de investimentos brasileira por região
Perfil da carteira de investimentos – hoje | ||||||
Nacional | Sudeste | Sul | Centro-Oeste | Norte | Nordeste | |
Conservador |
45% |
44% |
45% | 45% | 44% |
47% |
Moderado |
19% |
20% |
18% | 18% | 17% |
17% |
Arrojado |
36% |
36% |
37% | 37% | 39% |
36% |
Entre homens e mulheres, os primeiros possuem perfil de investimento mais arrojado. As mulheres afirmaram ter 52% dos recursos em aplicações conservadoras, superando em 7 pontos percentuais a média nacional.
Carteira de investimentos brasileira por sexo e faixa etária
Perfil da carteira de investimentos – hoje | ||||||
Homem | Mulher | Até 30 anos | Entre 31 e 50 anos | Entre 51 e 70 anos | Acima de 71 anos | |
Conservador |
44% |
52% |
28% | 47% | 55% |
31% |
Moderado |
19% |
18% |
11% | 21% | 23% |
11% |
Arrojado |
37% |
30% |
61% | 32% | 22% |
58% |
O que surpreendeu na pesquisa foi o comportamento dos investidores acima de 71 anos. “É esperado que o jovem que, via de regra, tem um horizonte de investimento mais longo, assuma mais risco em sua carteira. Entretanto, com o avanço da idade, a tendência é que o risco diminua e o foco seja a preservação do capital. Mas a pesquisa mostrou que os investidores brasileiros mais velhos estão na contramão e gostam de correr risco”, afirma Beatriz Cutait, CFP®, especialista em investimentos da Empiricus.
Onde investir nos próximos 12 meses?
Para os próximos 12 meses (o levantamento foi realizado em dezembro de 2017), a pesquisa sugere uma forte tendência de inversão de ativos. Os participantes mostraram-se propensos a adicionar muito mais risco ao portfólio – 51% pretendem ter uma carteira arrojada. A região Nordeste é a que registrou maior elevação de risco, 16 pontos percentuais.
Carteira de investimentos brasileira por região
Perfil da carteira de Investimentos – próximos 12 meses | ||||||
Nacional | Sudeste | Sul | Centro-Oeste | Norte | Nordeste | |
Conservador |
25% |
24% | 26% | 24% | 27% |
25% |
Moderado |
24% |
25% |
23% | 24% | 22% |
23% |
Arrojado |
51% |
51% |
51% | 52% | 51% |
52% |
A mudança no perfil de risco também foi observada nas variáveis sexo e faixa etária. A carteira da mulher tende a ficar muito mais próxima da do homem. Eles pretendem ter 52% do portfólio em ativos arrojados contra 37% atuais e elas, 50% contra 30% atuais – 66% a mais de risco do que possuem hoje.
Considerando a faixa etária, o único grupo que pretende diminuir o risco da carteira nos próximos 12 meses é o de investidores de até 30 anos. No momento da pesquisa, 61% do portfólio estavam alocados em ativos arrojados; daqui a 12 meses, a tendência é de que sejam apenas 54%.
Mais uma vez, surpreende o grupo mais velho. Hoje, a carteira já é bastante concentrada em risco, 58%. Daqui a 12 meses, os investidores acima de 71 anos pretendem adicionar ainda mais risco e ter 78% da carteira em ativos arrojados.
Carteira de investimentos brasileira por sexo e faixa etária
Perfil da carteira de investimentos – próximos 12 meses | ||||||
Homem | Mulher | Até 30 anos | Entre 31 e 50 anos | Entre 51 e 70 anos | Acima de 71 anos | |
Conservador |
24% |
28% | 25% | 25% | 27% |
10% |
Moderado |
24% |
22% |
21% | 25% | 26% |
12% |
Arrojado |
52% |
50% |
54% | 50% | 47% |
78% |
A pesquisa ainda revelou que para 60% dos respondentes o principal objetivo de investimentos é a construção de riqueza. Em segundo lugar, 24%, está a criação da reserva de emergência. A maior dos participantes, 41%, ainda afirmou estar otimista quanto ao retorno de suas aplicações para 2018.
Para ter acesso ao conteúdo completo da pesquisa, clique aqui.