A corrida das eleições municipais encerrou no último domingo (27) com os brasileiros indo às urnas para o 2º turno.
Esta data marcou não apenas quem serão os prefeitos das cidades pelos próximos quatro anos, mas também levou o mercado a aguardar um possível “gatilho” para o Ibovespa, prometido pelo governo Lula para esta semana.
Trata-se do plano de corte de gastos proposto pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A equipe econômica aguardava a “poeira” das eleições baixar para o presidente Lula escolher quais medidas de cortes de gastos serão enviadas para a votação no Congresso Nacional.
A questão fiscal brasileira tem sido um dos principais fatores para o pessimismo do mercado. Neste ano, o Ibovespa acumula queda de 1%, o dólar alcança R$ 5,71 e os juros chegam a ser precificados a 13%.
Portanto, o pacote de corte de gastos deve ser o grande destaque da agenda econômica desta semana. O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, afirma que o pacote pode ser um fator positivo para os mercados a depender dos números divulgados.
“O mercado espera que o ajuste fiscal gire entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões, com possibilidade até de medidas estruturais mais profundas além dos ajustes de curto prazo. […] Uma sinalização minimamente positiva já poderia aliviar o mercado”.
Ou seja: um pacote fiscal mais atrativo poderia impactar diretamente a percepção de risco dos investidores sobre o Brasil, diminuir as incertezas e, consequentemente, aumentar a confiança para os investimentos na bolsa.
Para ter ideia de como essas medidas podem impulsionar o mercado, o Ibovespa subiu 1,05% na última segunda-feira (28) só com as expectativas sobre os cortes de gastos – e analistas defendem que há espaço para mais.
Cenário pode ficar mais favorável para a bolsa brasileira e analista diz como se posicionar
A questão fiscal vem sendo apontada como um dos vilões para as quedas recentes do Ibovespa:
Em setembro, por exemplo, quando o índice desvalorizou 3% no mês, a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, afirmou que uma das justificativas era justamente a perda da credibilidade do compromisso fiscal.
Portanto, a expectativa é de que haja uma recuperação da bolsa com a ativação desse possível “gatilho” do governo Lula, caso o plano de cortes esteja de acordo com as expectativas.
E a analista destaca que o cenário atual é um excelente ponto de entrada para as ações brasileiras.
Isso porque, com as quedas recentes do Ibovespa, Larissa Quaresma afirma que muitos ativos de alta qualidade passaram a ser negociados a preços abaixo do que de fato valem e, portanto, há espaço para se posicionar.
“Achamos que a bolsa ficou mais barata ainda. […] O barulho está alto e, a partir desse valuation depreciado, vejo potencial para a nossa bolsa andar”, defendeu no programa Onde Investir.
Neste cenário de boas ações com preços atrativos, a analista selecionou 10 papéis considerados os melhores da bolsa para investir agora. São empresas:
- Líderes de mercado;
- Com alto potencial lucrativo;
- Que fazem parte de diferentes setores, como financeiro, de commodities e serviços básicos; e
- São capazes de aproveitar possíveis melhorias no ânimo da bolsa.
Apenas para dar um “spoiler” desse portfólio, uma das recomendações é o Itaú (ITUB4). Só na última segunda, o “bancão” já saltou 1,64% e acumula alta de 7% em 2024 mesmo sendo um ano de incertezas para a bolsa.
Além do banco, Quaresma defende outras 9 ações como as favoritas para buscar lucros no cenário atual. E a boa notícia é que a analista liberou o portfólio completo de graça para os leitores do Seu Dinheiro/Money Times.
O processo para conhecer as ações e a tese completa de cada empresa é muito simples: basta clicar neste link ou no botão abaixo e seguir o passo a passo. É totalmente gratuito: