A Prio (PRIO3) divulgou seus dados operacionais de outubro de 2024, registrando uma produção média de 79,3 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), alta de 11% em relação ao mês anterior. Os números vieram dentro do esperado.
A produção em Frade passou de 35,2 mil boe/d em setembro para 41,6 mil boe/d em outubro (+18%), o que reflete a recuperação após as manutenções realizadas no mês anterior.
No cluster Polvo e Tubarão Martelo, a produção segue aquém do potencial devido a parada dos poços TBMT-10H e TBMT-4H devido a uma falha na Bomba Centrífuga Submersa (BCS), que aguardam autorização do Ibama para iniciar o workover.
O poço TBMT-8H teve o seu workover finalizado e já havia retornado a produção em 25 de setembro, assim, contribuiu positivamente para o volume produzido em outubro. Como resultado, a produção no cluster cresceu 13% na comparação mensal.
Por fim, em Albacora Leste, a produção média diária foi de 25,5 mil boe/d em outubro, estável em relação a setembro, mesmo com o campo ainda impactado pela troca de uma turbina, cuja conclusão é esperada para a esta semana.
Em resumo, a produção veio em linha com as nossas expectativas, com a recuperação em Frade e a retomada de produção de um dos poços em Polvo + TBMT contribuindo positivamente. Do lado negativo, a anuência do Ibama para o workover dos dois poços remanescentes segue travada.
O que esperar da Prio à frente?
Olhando para frente, esperamos que a retomada desses poços, após a autorização do órgão regulador, e a conclusão dos ajustes em Albacora Leste possam trazer a produção da Prio para um patamar mais próximo de 85 mil boe/d nos próximos meses.
Operando com esse nível mais normalizado, nossa expectativa é que a Prio atinja uma produção média próxima de 120 mil boe/d ainda este ano se incorporar a produção do campo Peregrino. Em 2025, com a entrada operacional de Wahoo, estimamos que a companhia possa alcançar 160 mil boe/d, fortalecendo sua posição de liderança entre as junior oils com o menor custo de extração.
Apesar da volatilidade de curto prazo, relacionada principalmente ao preço do barril de óleo e a postergação da anuência do Ibama, enxergamos um ponto de entrada atrativo para a Prio (PRIO3), sustentado pela sua forte eficiência operacional e relevante expansão de produção esperada para o próximo ano.