Investimentos

Assets britânicas discutem estratégias de investimento de alguns dos maiores ganhadores de dinheiro do mundo – confira a cobertura exclusiva

Analista de fundos de investimentos da Empiricus participa de encontro de assets em Londres. Veja alguns dos insights compartilhados entre gestores do mercado global.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

13 nov 2024, 08:51 - atualizado em 13 nov 2024, 08:51

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Imagem: iStock/ Bim

Algumas das maiores e mais renomadas assets do mercado global se reuniram em Londres nesta semana para discutir suas estratégias de investimentos. Bruno Mérola, analista de fundos de investimentos da Empiricus Research, teve a oportunidade de participar do evento e conversar com analistas de alguns dos componentes que possuem um histórico consolidado na série Os Melhores Fundos de Investimentos

Entre os principais nomes da conversa estavam o Man Group, Wellington e Zeno (ex-Dynamo Global), que apresentaram suas estratégias e perspectivas para os próximos anos. Abaixo, detalhamos as estratégias dessas três assets, suas abordagens inovadoras e como elas têm se destacado no cenário financeiro.

Man Group

O Man AHL TargetRisk, um hedge fund sistemático da Man Group, foi lançado como uma resposta inovadora às limitações do modelo tradicional de portfólio 60/40 (60% ações e 40% bonds), explica Merola.

Desde 2020, o fundo tem sido recomendado na série Melhores Fundos, e sua estratégia que opera em mais de 50 mercados é focada em uma alocação diversificada e balanceada entre ativos de diferentes classes. 

O portfólio do TargetRisk é distribuído de maneira a garantir maior proteção e retorno ajustado ao risco. Em sua composição consta: 37,5% em ações, 25% em juros e títulos soberanos, 12,5% em crédito e 25% em inflação. 

Wellington Global Quality Growth

Outro destaque do encontro, segundo Mérola, foi a estratégia do Wellington Global Quality Growth, que foi introduzida na série Melhores Fundos também em 2020. 

O fundo de ações globais da Wellington foca em empresas com potencial de crescimento em escala. Durante a conversa, os gestores da casa, destacaram seis grandes temas que têm guiado a alocação do portfólio.

  • Novas aplicações para IA;
  • Modelos de operação equilibrados e disciplina na alocação de capital;
  • Farmacêuticas com vantagens competitivas de escala e inovação;
  • Provedores de mídia e de entretenimento com a receita orientada por publicidade;
  • Empresas do setor financeiro que se favorecem com taxas de juros acima da média, maior penetração de pagamentos digitais, crescimento de mercados privados e maior volatilidade;
  • Varejistas que estão aproveitando novos vetores de crescimento para manter margens elevadas.

Com um posicionamento significativo em comunicação, financeiro, tecnologia, saúde e varejo, o fundo da Wellington se destaca como uma estratégia focada em empresas com alta qualidade e crescimento sustentável no longo prazo.

Zeno Global

Por fim, a conversa com o Zeno, antigo Dynamo Global, trouxe uma perspectiva mais cautelosa e conservadora para o cenário de investimentos. 

“Cristiano explica que eles evitam indústrias de crescimento muito elevado, por ser mais difícil de prever a dinâmica competitiva,” conta Mérola.

Apesar de a Dynamo já ser recomendada na série Melhores Fundos há alguns anos, a abordagem global do Zeno ainda está em fase de avaliação para uma possível recomendação direta. “Mas não há dúvidas de que os princípios que formam a cultura, a qualidade do processo validado e os resultados históricos aceleram esta trajetória”, completa o gestor. 

Entre as maiores posições do fundo, que somam 91% da alocação, estão:

  • Amazon (AMZO34)
  • Ryanair (RYAAY34)
  • LVMH (LVMH34)
  • Heico (HEIC34)
  • Texas Instruments (TXIC34)

Para receber dicas atualizadas semanalmente para a sua carteira de fundos de investimentos, convido você a conhecer a série Melhores Fundos de Investimentos e aprender a alocar seu patrimônio como alguns dos maiores investidores fazem. Confira aqui.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Sobre o autor

Camila Paim

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.