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‘S&P 500 vai chegar a 6 mil pontos’, avisou gestor da Empiricus no início de 2024 – índice de ações americano bate recorde; veja o que mais esperar no final do ano

João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, acerta recorde do S&P 500 em 2024 e aponta novas perspectivas para os investimentos adiante. Veja como se posicionar.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

14 nov 2024, 15:49 - atualizado em 14 nov 2024, 15:49

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Imagem: iStock/ Galeanu Mihai

“As chances são grandes de o S&P 500 se aproximar dos 6.000 pontos no final do ano”, afirmou João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, no começo deste ano. 

Em seu relatório de perspectivas publicado em janeiro de 2024, o gestor explicou por que acreditava que o índice composto de quinhentos ativos cotados nas bolsas de NYSE poderia atingir sua maior cotação neste ano. 

O que impulsiona o S&P 500 em 2024?

De acordo com Piccioni, a “previsão” de que o índice S&P 500 atingiria os 6.000 pontos até o final do ano levou em conta o seguinte racional: “a compreensão de que o ciclo de liquidez, combinado com a força dos investimentos em IA, criaria um ambiente propício para ativos de risco.” 

Além disso, ele afirma que foi essa mesma lógica que o levou a manter um posicionamento relevante em Bitcoin (BTC), que agora passa de US$ 89 mil, e em ouro, que bateu recordes consecutivos este ano, agora avaliado em mais de US$ 2.500 por onça. 

Olhando especialmente para os índices de ações, Piccioni havia antecipado que o início de afrouxamento dos juros por parte dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), junto a uma curva de juros sinalizando um alívio econômico seria o principal impulso para os principais mercados da Bolsa americana chegar em novas máximas. 

“Suportados pela liquidez do sistema advinda dos programas do Fed e da menor necessidade de caixa por parte do governo americano, a reavaliação de preço das ações que ficaram para trás nestes últimos anos poderá acontecer”, previu o analista.

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Analista “previu” alta das ações?

Antes de tudo, vale lembrar que a expressão “previsão” aqui se aplica apenas a um modo de falar, visto que não é possível realmente prever o que vai acontecer no mercado. Entretanto, com muito estudo, conhecimento e experiência na área, profissionais como os analistas e gestores da Empiricus conseguem identificar movimentos com alta probabilidade de acontecerem e como podem tentar antecipar isso para beneficiar a carteira de seus investidores.  

Segundo Piccioni, parafraseando o megainvestidor Stanley Druckenmiller, “a chave para o sucesso está na capacidade de identificar grandes movimentos e ter a coragem de aumentar as posições quando a convicção é alta”. 

Atentos ao horizonte imediato e com paciência para navegar pela volatilidade do primeiro semestre do ano e as incertezas associadas ao pleito eleitoral, os fundos da Empiricus Gestão conseguiram capturar bons lucros aos seus investidores. 

AppLovin: aposta em tech capturou ganhos de 60%

Um dos investimentos de sucesso de 2024 foi a AppLovin (Nasdaq: APP), companhia de automatização de anúncios e auxílio em monetização para plataformas.

“A exposição ao mercado através de ângulos menos óbvios, também foi fundamental para agregarmos pontos extras”, comenta Piccioni, sobre a inserção da AppLovin no portfólio de alguns fundos. No dia 6 de novembro, as ações APP deram um salto de 70% e as carteiras com alocação nelas receberam um forte impulso. 

“Até o fechamento do dia 7, os fundos Empiricus MoneyBets e Tech Chain avançavam respectivamente 9,03% e 11,47% no mês. No ano, eles sobem 72,00% e 60,07%”, aponta o analista. 

De olho em 2025: o que podemos aguardar para os índices internacionais?

Ainda sem firmar suas “apostas” de 2025, Piccioni acredita que os próximos meses vão “exigir uma postura que combine prudência com oportunismo.”

A vitória de Donald Trump, conforme recapitula o gestor, destravou o chamado “animal spirits” dos investidores, que correram para desconstruir seus hedges posicionamentos estratégicos para proteção dos investimentos – e para procurar novas apostas no mercado. 

“A rotação entre setores da bolsa americana, inclusive, ganhou tração e os índices ligados às small caps avançaram fortemente. A maior pulverização para além das mega caps tech, abre espaço para a identificação de oportunidades significativas entre ações tradicionalmente menos glamourosas”, explica o gestor, e completa: “encontrar esse novo equilíbrio dentre os diferentes segmentos será uma fonte importante de alfa em nossos portfólios.”

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Sobre o autor

Camila Paim

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.