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As ciladas da Previdência Privada: aqui está a lista dos 150 piores fundos do Brasil

Conforme o fim do ano vai chegando, surgem mais e mais recomendações para a aplicação de recursos na Previdência Privada. O grande gatilho são os benefícios fiscais para o investidor de longo prazo, que podem aumentar – e muito – a rentabilidade de uma carteira. E por que no fim do ano? Bem, como o […]

Por João Escovar

20 dez 2021, 09:43

Conforme o fim do ano vai chegando, surgem mais e mais recomendações para a aplicação de recursos na Previdência Privada. O grande gatilho são os benefícios fiscais para o investidor de longo prazo, que podem aumentar – e muito – a rentabilidade de uma carteira.

E por que no fim do ano? Bem, como o principal benefício fiscal da previdência é vinculado ao Imposto de Renda – e a declaração do IR é sempre relativa ao exercício anterior, é necessário investir em previdência até o dia 31 de dezembro para engordar a restituição já em 2022.

Embora a maioria dos especialistas concorde que qualquer investidor com capacidade de acumulação de capital deveria ter parte do patrimônio em previdência, o ideal não é que você saia aplicando no primeiro produto que vir por aí.

Isso porque, basicamente, embora a previdência tenha se desenvolvido e mudado de patamar nos últimos anos, ainda existem muitos produtos ruins no mercado, que cobram altas taxas para ter rentabilidades baixas.

Além disso, a melhor escolha quanto à modalidade do plano e as vantagens tributárias dependem muito do valor destinado, das deduções já realizadas pelo contribuinte ou o tipo de declaração que ele faz, o que explicaremos melhor depois.

No botão abaixo, você pode baixar gratuitamente o Guia da Previdência elaborado pela Vitreo, que inclui tudo o que você precisa saber sobre o investimento e suas vantagens tributárias, além de uma “lista proibida” com os 150 piores produtos do mercado e uma planilha para simular os efeitos de um aporte na previdência de acordo com sua realidade.

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A lista de ciladas do mercado para você fugir

Com o aumento da competitividade no setor financeiro e maior interesse dos brasileiros por opções para investir melhor, a qualidade dos fundos de previdência vem evoluindo nos últimos anos. Apesar disso, o mercado ainda é dominado por produtos de “bancões”, estruturados mais para bater as metas dos gerentes do que para satisfazer o cliente.

Basicamente, essas ciladas combinam duas características que são praticamente um paradoxo do mercado financeiro: altas taxas de administração junto a estratégias extremamente conservadoras de alocação, focada principalmente em títulos públicos.

De acordo com dados de agosto da Anbima, associação que autorregula o mercado de capitais no Brasil, há R$ 1 trilhão aplicados em previdência privada no país, 80% em apenas fundos de renda fixa.

E o problema aqui passa longe do conservadorismo: a questão é que não é preciso um grande trabalho de gestão para investir apenas em títulos do Tesouro. Quando o banco cobra uma taxa alta de administração, ele acaba corroendo o retorno do investidor. Muitas vezes, o cotista do fundo de previdência tem rentabilidades reais inferiores ao CDI.

Sem falar que, por ser um produto de longuíssimo prazo, menos exposto a oscilações de preços em dias ou meses, até mesmo para o investidor mais conservador faz sentido posicionar-se em produtos com certa exposição à renda variável.

Para evitar entrar nessas furadas, a Vitreo preparou uma lista com os 150 piores fundos de previdência disponíveis do mercado, grande parte deles muito populares e concentrados nos cinco titãs da indústria financeira nacional: Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil.

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Simulador gratuito: qual o melhor modelo de previdência para você?

Apesar de existirem produtos ruins na prateleira, a previdência privada ainda é um investimento vantajoso. Ela tem vantagens fiscais em relação a outros investimentos e, a depender da situação de cada um, pode também engordar a sua restituição do Imposto de Renda do ano seguinte.

Cada investidor deve avaliar sua própria situação financeira para avaliar a melhor estratégia de investimentos em previdência privada. Isso ocorre porque as duas principais vantagens fiscais da previdência são:

  • Dedução de até 12% da renda tributável anual se colocada em um plano PGBL;
  • Possibilidade de optar pela tributação regressiva, que premia investimentos de longo prazo, chegando à alíquota de 10%.

O aproveitamento dessas vantagens, contudo, depende de uma série de fatores. O mais óbvio deles: o investidor faz declaração completa ou simplificada do Imposto de Renda? Se faz a completa, pode usar o PGBL para deduzir da sua base de cálculo, mas se faz a simplificada, ele não tem esse benefício e ainda paga imposto duas vezes, então é melhor optar por um VGBL.

Outros fatores que influenciam nesses benefícios são o tamanho dos aportes a serem destinados, o prazo pensado para a utilização do dinheiro e as deduções que o contribuinte já faz normalmente.

Para esclarecer todas as dúvidas, a Vitreo desenvolveu um Guia de Previdência Privada. Dentro dele, também há um simulador gratuito para que você veja qual o melhor modelo para a sua previdência e quanto você deve aportar para maximizar seus retornos e benefícios fiscais.

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Sobre o autor

João Escovar

Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Finanças.