A preocupação fiscal se intensificou no mercado. A equipe econômica do governo comandada pelo ministro Paulo Guedes atua para barrar o que chamou de ‘PEC Kamikaze’, uma segunda Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que permite a redução de impostos sobre combustíveis sem compensações e que, pelas avaliações iniciais, teria um impacto de R$ 100 bilhões.
“Essa ‘PEC Kamikaze’ não poderia sinalizar coisa boa, pois prevê uma enorme renúncia fiscal, desonerando energia, o diesel e subsidiando o gás. Isso passa do razoável”, criticou Felipe Miranda, nesta segunda-feira (7/02).
Além dessa PEC apresentada na quinta-feira (3/02) pelo senador Carlos Fávaro (PSD-MT) que visa desonerar e subsidiar combustíveis, incluindo um auxílio temporário de até dois anos para caminhoneiros autônomos comprarem diesel, há uma outra em jogo também ameaçando a saúde das contas públicas.
O deputado Christino Áureo (PP-RJ) tinha apresentado uma PEC parecida antes do senador. Neste caso, o custo para a União é estimado em R$ 54 bilhões.
“São duas PECs, uma pior do que a outra, o que pode gerar um tremendo rombo. Elas representam no mínimo um sinal amarelo”, disse o analista.