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Bolsas flutuam com notícias da tensão Rússia e Ucrânia; falas de diretores do Fed em pauta e resultados de Rumo (RAIL3) e 3tentos (TTEN3)

Mercado continua reagindo ao sabor das assimetrias de informações sobre o conflito geopolítico, segundo Felipe Miranda. O analista também comenta destaques corporativos; confira

Por Daniela Rocha

18 fev 2022, 11:10 - atualizado em 16 maio 2022, 20:00

As bolsas lá fora iniciaram esta sexta-feira (18/02) com leve alta. Os principais indicadores das bolsas americanas – Nasdaq, S&P e Dow Jones, mostram recuperação, mas ainda devendo as perdas dos dias anteriores.

“Há assimetria de informações em relação à tensão entre a Rússia e a Ucrânia. E hoje o cenário é de não haver uma guerra iminente, na margem. A incerteza ainda é muito grande, é difícil saber como as coisas vão ficar lá na frente”, disse Felipe Miranda.

O clima conturbado abrandou pois Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, fez um convite a Sergey Lavrov, ministro de Relações Exteriores da Rússia, para uma reunião em busca de uma solução para o impasse com a Ucrânia. Segundo Blinken, o encontro seria na próxima semana.

O preço do petróleo voltou a cair por conta dessa notícia e diante da perspectiva de um novo acordo nuclear com o Irã.

As cotações do ouro e da prata também estão voltando um pouco, após subirem fortemente. 

Nesta quinta-feira (17/02), o mercado estremeceu com a possibilidade de uma guerra próxima, mas as últimas notícias sobre as negociações entre os governos russo e americano afastaram, por ora, essa possibilidade. “Ontem tivemos um risk off clássico, venda de ativos de risco, batendo na Bolsa, e a busca por segurança em treasuries, ouro e prata. Hoje, isso acontece com menor intensidade”, explicou Felipe. 

Na agenda, a fala de diretores do Fed 

Hoje, representantes do Federal Reserve, banco central americano discursam sobre economia e política monetária. “Eles darão pistas sobre como será a caminhada do aperto monetário nos Estados Unidos. Vale acompanhar”, destacou o analista.

  • Presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, e diretor do Fed, Christopher Waller, discursam sobre economia e política monetária (12h15)
  • Presidente do Fed de NY, John Williams, discursa sobre panorama econômico (13h)
  • Diretora do Fed Lael Brainard e integrante do BCE Fabio Panetta participam de evento sobre CBDCs (15h30)

Já na Zona do Euro, será divulgado o Índice de Confiança do Consumidor. 

No Brasil, os destaques corporativos

A Rumo (RAIL3) teve prejuízo líquido de R$ 384 milhões no quarto trimestre de 2021, revertendo o lucro de R$ 3 milhões do mesmo período do ano anterior. Esse desempenho negativo foi decorrente, principalmente, pela quebra da safra de milho.

O Ebitda foi de R$ 419 milhões no 4T21, uma queda de 44,6%, ante igual período de 2020. No acumulado de 2021, o Ebitda foi de R$ 3,3 bi, uma queda de 8,6%.

“Quanto à Rumo, já se esperava um resultado negativo e, de fato, veio ruim. Acho que vai ter a hora certa de comprar ações de Rumo, mas na virada para segundo semestre. Por enquanto acho que vem com yields ainda baixos, vamos ver como as coisas caminham”, comentou o analista. 

Hoje à noite, após o pregão sairá o resultado da Cosan (CSAN3) relativo ao 4T21, uma das principais posições da carteira Oportunidades de Uma Vida, que é conduzida pelo Felipe. 

Outros resultados:

  • 3Tentos (TTEN3): A companhia de soluções agroindustriais chamou a atenção lucro líquido ajustado de R$ 229 milhões no 4T21, um crescimento de 72% em relação ao mesmo período de 2020.  Já o Ebitda foi de R$ 177,3, um recuo de 4% na comparação com igual etapa de 2020. 
  •  Aeris (AERI3): A fabricante de pás para geradores de energia eólica reportou lucro líquido de R$ 18,1 milhões no quarto trimestre do ano passado, um salto de 15,9% em relação a igual período de 2020.

Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.